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10 Junho 2024

Não se trata de não tentar entender, trata-se de que entender não paralise. Não transformar os diagnósticos precisos no sudário de qualquer energia política.
O artigo é de Sarah Babiker, jornalista, publicado por El Salto, 10-06-2024.  

Eis o artigo. 

Segunda-feira, 10 de junho, amanhece com a seguinte notícia: o trem da extrema-direita continua avançando a toda velocidade em nossa direção, persistindo em seu afã de nos atropelar. A história exibe seu gosto sádico por becos sem saída, essas obstruções do possível onde antes estiveram nossos antepassados, de onde só se sai dizimado e com um novo trauma na memória coletiva. Cheira a guerra contra a humanidade no horizonte, fede à impugnação das coisas que gostaríamos de dar como certas: o direito à vida, a justiça social, a preferência pela paz em vez da guerra, a imoralidade de qualquer genocídio. O cenário já é outro, gritam os resultados eleitorais. Nossas respostas não podem ser as mesmas.

Já sabíamos disso, e talvez por isso, na Espanha, metade das pessoas não foi votar. Muitos dos que fomos, fizemos isso de braços dados com a dúvida, com o sopro do ceticismo na nuca. A noite eleitoral ainda não havia terminado, e à tristeza de constatar o gosto descarado pelo supremacismo que volta a se espalhar pela Europa, somou-se a evidência de que o tudo isto cresce como sujeito político à sombra de boatos e efeitos sensacionalistas. Cultivar o ressentimento daqueles que acreditam merecer mais, daqueles que encontram pertencimento e comunidade em torno do ódio vitimista, dá resultado. Colhe seus frutos, penetra em um sistema em decadência e ameaça gangrená-lo completamente.
Nesta nova ressaca eleitoral, uma ressaca mais órfã de festa prévia, sinto ruminar novamente o desencanto. Florescem novos diagnósticos sobre o que aconteceu com a esquerda, blablablá, sobre a necessidade de autocrítica, de unidade, de reflexão... flores tristes de um dia. Vejo como vacas desajeitadas da democracia, presas em nossa própria parcela de pasto, onde a grama mal cresce, enquanto o trem da história, o AVE de um fascismo desprovido de humanidade, de valores, livre do peso da própria realidade, corre livre rumo ao colapso da maioria.

Esse revolver cansativo na impotência, vale a pena? Vamos passar as próximas semanas falando de esquilos? Vamos nos passear pelos lamentos do Twitter com o cilício estrangulando nossas pernas, amargando qualquer possibilidade de caminhar para outro lugar que não sejam os mesmos becos batidos? Talvez seja hora de desistir de algumas apostas. Abandonar esse jogo de apostar contra os outros, quando já não se sabe por qual futuro apostar. Parar de olhar para longe, onde nada podemos fazer, e escolher uma certa miopia, para redescobrir o que está perto, onde talvez sim, possamos fazer outras coisas. Pessoas que já estão fazendo outras coisas e não têm tempo para desperdiçá-lo comentando as jogadas dos Alvises da vida.
Não se trata de não tentar entender, trata-se de que entender não paralise. Não transformar os diagnósticos precisos no sudário de qualquer energia política. Não nos deixar envenenar de desencanto e desânimo, buscar o oxigênio fora disso. "Vamos para fora fazer acontecer", canta Biznaga em sua canção de amor e ação "El entusiasmo". Não conseguimos que o medo mudasse de lado, o que mudou de lado foi o entusiasmo. À alegria de sentir-se do lado certo da história, sucede agora a euforia de acreditar-se do lado vencedor. Uma euforia como uma droga que te distancia da realidade, repleta de boatos. Mas que colhe votos, poder e impunidade.

Talvez seja hora de olhar de outra maneira para essa juventude a quem tantos apontam como responsável por esse empobrecimento político, e ver que foi a única que soube se posicionar fora do discurso em acampamentos contra o genocídio, numa resposta internacionalista de baixo para cima, rica em novas formas de pensar os vínculos políticos, agitando o pragmatismo da afinidade entre barracas Quechua, frente à cultura do inimigo que nutre a política do Twitter. Pessoas que souberam entusiasmar-se como antes nos entusiasmamos, fora da triste coreografia das urnas, apontando certeiramente a objetivos concretos nas instituições, arrancando da cantilena da impotência algumas vitórias não menores.
Talvez seja hora de voltar a olhar para os bairros como lugares onde se tecem resistências para a sobrevivência contra este longo inverno neoliberal, deixar de olhar com medo para o precariado como um ameaçador reservatório de votos fascistas, dar uma trégua ao estudo científico dos monstros que surgem da dignidade ferida, deixar de olhar para o outro como ameaça. Diminuir nossa fascinação pelos supervilões e por aqueles que consideramos suas hordas, e lidar com a ameaça de nossa própria impotência. Nossas desculpas para não agir. Talvez a primeira ação, a primeira resistência, seja contra o desencanto. Cuidar-se buscando as flores nas valas, como diz a canção de Biznaga. Escrever artigos hoje que não pareçam epitáfios. 

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