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27 Junho 2023

"Olhar para frente, olhar com os olhos da realidade, mas também com aqueles do sonho, é a tarefa da arte", escreve Elena Stancanelli, escritora italiana, em artigo publicado por La Stampa, 16-10-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Caminhei pela galeria de tapeçarias ao lado de Laurie Anderson, leve e suave, com um sorriso de garota e cabelos grisalhos cortados rentes. Não muito longe estava Valeria Luiselli, que acabava de descer do avião vindo do México, e um pouco mais longe Amélie Nothomb, cuja gentileza misturada com ironia (aquela ironia que se tornaria uma das palavras-chave da manhã) a torna uma criatura sempre adorável.

O papa encontra artistas. E os artistas vieram de todos os lados o mundo. Às sete e meia da manhã estávamos na fila em frente à entrada dos Museus do Vaticano, todos elegantes e um pouco emocionados. Eu me pergunto quantas dessas pessoas podem se definir como crentes, católicas. Muito poucas, imagino, e isso torna o encontro ainda mais especial. Quem compilou a lista certamente não usou como critério a filiação, a uniformidade ideológica ou política. E nós nos espantamos diante de assembleias de pensamentos e ideologias múltiplas, nos confunde quem olha para o outro como alguém que raciocina e não um amigo ou inimigo. Quando me vi ao lado de Jonathan Littell, temo tê-lo encarado por um bom tempo, com a mesma intensidade com que se olha um doce na vitrine. Um momento depois estava conversando com Javier Cercas e Ken Loach.

Entramos na Capela Sistina e encontramos as cadeiras com os nossos nomes escritos nelas. Primeira surpresa: em ordem alfabética. Nenhuma hierarquia entre mim e Anish Kapoor, digamos, exceto a inicial do sobrenome. Quis a sorte que aqueles com a letra S ocupassem a terceira fila. Então me vi sentada atrás de David Van Reybrouck (o autor de Congo e Revolusi) e a poucos passos do Papa. Do outro lado estavam Ammaniti, Manuel Agnelli e Baricco, atrás deles Paolo Cognetti, Paolo Giordano e Mariangela Gualtieri, enquanto o pobre Veronesi, devido ao nome, acabou no fundo da Capela Sistina. Onde se ouvia pouco. Permito-me sugerir um engenheiro de som para organizar esse espaço maravilhoso para tornar audíveis as palavras do Santo Padre.

Sem nenhuma apresentação institucional enfadonha, entra o músico Issei Watanabe. Toca algumas peças incluindo uma suíte de Bach, em um violoncelo construído por detentos da prisão da Ópera de Milão. Metamorfose é o nome do projeto, e a madeira é a dos barcos de migrantes afundados no Mediterrâneo. O músico sai e várias pessoas entram carregando a cadeira alta. E duas cadeiras menores. Organizá-las e orientá-las de modo impecável é um pouco trabalhoso, e em seguida finalmente entra o Papa Francisco. Difícil falar para um público de pessoas que trabalham com palavras, imagens e sons. E falar com elas sobre arte.

Mas seu discurso é perfeito. Novidade, harmonia e beleza são os termos com os quais envolve a sua argumentação. Que ocasionalmente intercala com olhares para a plateia e comentários medidos, como um retórico experiente. Estamos na Capela Sistina e, portanto, é fácil para ele começar explicando que existe uma relação de amizade especial entre a Igreja e os artistas. “Faço novas todas as coisas”, diz citando o Livro de Isaías e o Apocalipse. E para nós: “vocês são os olhos que olham e sonham com novas versões do mundo, capazes de introduzir novidades na história”. A plateia está atenta e animada. Há quanto tempo não ouvíamos um discurso tão forte e revolucionário sobre o papel da arte? Acostumados como somos a ouvir lamentações sobre um passado qualquer e, portanto, a dar pouco crédito ao presente e às suas expressões.

A harmonia, diz ele, é a chave. Que não é equilíbrio, mas a possibilidade de fazer conviver muitas coisas. Fala longamente sobre a “beleza artificial”, muitas vezes cúmplice dos mecanismos econômicos que geram desigualdades. Que beleza é essa de que ele fala? Parece uma espécie de superfície lisa, um véu postiço colocado sobre a realidade que esconde suas asperezas, conflitos, complexidade. Algo que oculta e mistifica, que confunde as pessoas. Olhar para frente, olhar com os olhos da realidade, mas também com aqueles do sonho, é a tarefa da arte. Ele saúda dizendo que duas coisas são importantes para ele: os pobres e a humanidade da humanidade. Cuidem delas, ele nos diz. Criem harmonia entre as diferenças, sem anulá-las e sem uniformizá-las. E sejam intérpretes do grito silencioso dos pobres, dos que não têm voz.

Magnífico. Ah, depois ele também disse algumas coisas sobre Deus, mas dessas não me lembro. Ele vai me perdoar. Em nome da ironia, virtude maravilhosa.

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