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“Não confie nos países ricos, mas, sim, cobre impostos deles”. Entrevista com Jeffrey Sachs

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16 Dezembro 2023

De Dubai, onde participa da COP28, o economista Jeffrey Sachs, presidente da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável, da ONU, fala sobre as estratégias financeiras que deveriam ser adotadas para enfrentar a crise climática.

A entrevista é de Tais Gadea, publicada por El Tiempo, 08-12-2023. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Você disse que a COP28 deve representar o início da justiça financeira climática. O que poderia ser diferente, este ano, para que isso aconteça? Ouvimos dizer que os países ricos mobilizariam financiamento para o mundo em desenvolvimento e isso não aconteceu.

Não confie nos países ricos, mas, sim, cobre impostos deles. Essa é a minha filosofia. Precisamos de um imposto global sobre as emissões de carbono, tanto as passadas, pela responsabilidade histórica, como os fluxos atuais. Os países ricos deveriam pagar uma certa quantia por cada tonelada que emitem. É muito simples. Não deveríamos implorar-lhes para que honrem os seus compromissos. Deveríamos lhes cobrar impostos. Essa é a minha proposta.

Neste momento, os países ricos emitem aproximadamente 20 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. Estabelecer um imposto de 5 dólares por tonelada sobre essas emissões significam 100 bilhões de dólares, e isso é fácil para estas nações porque têm 50 trilhões de dólares de produção por ano. Então, 50 bilhões ou 100 bilhões de dólares mal notariam, mas são tão gananciosos que não querem dá-los. Deveríamos taxar as emissões históricas, responsáveis pelos danos que vemos neste momento.

A boa notícia é que finalmente foi criado um fundo de perdas e danos. Os Estados Unidos deram algo em torno de 17 milhões de dólares... Isto é uma brincadeira? O país que provocou um quarto de todas as emissões da história industrial dá 17 milhões de dólares, quando estamos perdendo de 100 bilhões a 200 bilhões de dólares por ano, no mínimo, em desastres climáticos. Então, precisam pagar um imposto. Isto é básico.

Penso que se cobrarmos ainda que 10 centavos por cada tonelada de emissões passadas, os Estados Unidos deveriam cerca de 40 bilhões de dólares por ano. Os países ricos, em seu conjunto, provavelmente, cerca de 100 bilhões de dólares por ano, então, começamos a falar seriamente de dinheiro.

Quando os representantes dos Estados Unidos vêm e dizem “mercado voluntário de carbono” ou coisas como as que disse John Kerry (o enviado especial do Governo dos Estados Unidos para o clima)... Não. Precisam pagar. São responsáveis. Fazem parte do mundo. E é isso que precisamos fazer.

Parece muito fácil na explicação, mas não agem...

É fácil e é claro que não estão agindo.

Como as coisas podem mudar? É o caso de realizar mudanças no sistema da ONU e mesmo na arquitetura financeira internacional?

Precisamos cada vez mais que todos os países do mundo se unam e ouçam a verdade, e não mais bobagens, porque estamos realmente na crise climática, neste momento. Não falar mais sobre estes 100 bilhões de dólares porque isso nem sequer é remotamente o suficiente para o que precisamos, e nem mesmo os países ricos conseguiram este objetivo.

Se for algo voluntário, esqueça. Precisamos de avançar em uma verdadeira globalização na tributação das emissões de CO2 e de gases do efeito estufa. Será fácil? Não. Os Estados Unidos espernearão e gritarão. Ninguém gosta de pagar impostos. Todo mundo gosta de escapar de seus impostos. Isso acontecerá na COP28? De modo algum, mas pode acontecer na COP29? Absolutamente. Na COP30? Absolutamente. Não se deve perder de vista, precisamos continuar pressionando. Precisamos que mais países digam isto, que haja um entendimento global.

Em minhas discussões, nesta conferência, acredito que cada vez mais governos em todo o mundo têm a mensagem correta, que é: queremos ver exatamente a linha por escrito. Não confiamos de modo algum em você, não acreditamos nisto dos 100 bilhões de dólares, blá, blá, blá. Queremos ver o mecanismo e queremos vê-lo especificamente e no banco. E foi isso que ouvi esta manhã nos debates sobre financiamento climático.

Este é o período em que conseguiremos realmente consertar a arquitetura do setor financeiro mundial. A arquitetura do velho sistema financeiro global basicamente foi construída após 1945. Os Estados Unidos eram muito dominantes e daí saíram algumas coisas boas, mas também muitas coisas não tão boas. Precisamos absolutamente modernizar a arquitetura financeira global.

Sobre essa mudança na arquitetura financeira, qual poderia ser o papel do setor privado e dos bancos multilaterais?

O setor privado poderia certamente ser uma parte importante do financiamento, mas o problema agora é que esse financiamento privado não flui muito facilmente para os países mais pobres. Há muitas coisas que precisam ser corrigidas. Os países ricos pagam custos bastante baixos; os países pobres, custos enormes. Isto está falido.

E se diz para ir ao setor privado. Um país de renda muito baixa pode pagar uma taxa de juros de 15% sobre empréstimos a curto prazo. Isso é uma loucura e pode quebrá-lo imediatamente. Então, precisamos encontrar mecanismos para que o capital flua para todos os países, com base em suas estratégias, não em função de seu nível de receita.

Atualmente, se você é rico, consegue financiamento; se você é pobre, é penalizado. E esse sistema se baseia em muitas ideias defeituosas, muitos projetos ruins. A forma como as agências de classificação de crédito funciona está completamente desatualizada. A propósito, inclusive a forma como o FMI e o Banco Mundial trabalham está completamente desatualizada.

Precisam criar um sistema em que os países que vão utilizar o dinheiro adequadamente obtenham o financiamento que necessitam, porque os lucros, os lucros financeiros de bons investimentos, são muito altos. É o caminho para o desenvolvimento. Não se pode dizer aos países: “você não pode pedir empréstimos” ou “pode pedir empréstimos, mas com um custo de juros de 15%” porque, então, todos acabarão quebrando.

Gostaria de saber sobre coisas boas que estão acontecendo. Talvez ainda não estejamos vendo isso no financiamento climático, mas o que você compartilharia sobre alguns exemplos de produção sustentável na indústria do café?

Estamos trabalhando com o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina e o Caribe) em um projeto maravilhoso, observando a produção de café na Costa Rica, na Colômbia e no Brasil. E a ideia é unir a indústria e os produtores para criar comunidades de desenvolvimento sustentável e melhorar a tecnologia para que a produção de café seja sustentável, o que é genial porque sou um bebedor de café. Precisamos de café sustentável.

Deparei-me com algo bastante estranho. Se olharmos para as principais empresas internacionais – e eu gosto destas empresas, trazem-me o meu café todos os dias –, na realidade, não possuem muita ligação com o agricultor. Simplesmente, compram através de um intermediário e não sabem necessariamente o que realmente está acontecendo na propriedade. Isso não vai funcionar.

Precisamos que toda a cadeia de abastecimento esteja organizada de forma sustentável e que grandes marcas como a Nestlé e outras financiem as mudanças no solo das propriedades dos pequenos produtores, onde há pessoas pobres que não vão exatamente a um banco para pedir um empréstimo bancário. E que financiem mudanças na estrutura produtiva que tornarão o cultivo do café produtivo e sustentável, mesmo quando o clima muda.

Ao mesmo tempo, podemos usar o sistema da ONU, do CAF e outros para ajudar as comunidades a obter escolas, clínicas, estradas e outras coisas que necessitam: uma torradeira ou seja lá o que for que as grandes empresas lhes peçam. Por isso, estamos tentando elaborar um pacote em que todos se beneficiem, criando uma cadeia de valor que realmente seja sustentável e robusta e possa resistir à atual mudança climática.

Algo como os três pilares: impacto econômico, social e ambiental...

É exatamente isso. E nenhuma parte interessada pode agir sozinha: nem as empresas, nem os pequenos agricultores, nem o governo. Então, a arte de tudo o que diz respeito ao desenvolvimento sustentável está em como compartilhar as responsabilidades e colaborar para tornar sustentável toda a cadeia de abastecimento e cadeia de valor. E é nisso que estamos trabalhando com um programa muito inovador do CAF.

Você trabalha em estreita colaboração com um argentino admirado em todo o mundo, o Papa Francisco. Poderia comentar sobre a sua última publicação, da qual você também participou? Quais são as mensagens-chave que você poderia compartilhar conosco?

Acabamos de ver o Papa Francisco. Ele não veio por causa de sua infecção, mas apareceu em vídeo em uma reunião, nesta manhã, com outros líderes religiosos assinando um acordo, um documento compartilhado por líderes religiosos pedindo justiça climática e chamando à solidariedade mundial. E todos ficaram com lágrimas nos olhos porque é incrivelmente inspirador, enobrece e nos ajuda a encontrar uma direção a seguir.

E o que vem nos dizendo desde a Laudato Si', depois a Fratelli Tutti, e agora a Laudate Deum, a sua mais recente exortação, é que trabalhemos juntos pela nossa casa comum e para criarmos juntos novas formas de governança responsável, para que em conjunto o mundo possa encontrar soluções. Todas as suas mensagens recentes são sobre a necessidade de encontro, paz e cooperação para resolver estes problemas. E ele ajuda a levar essa mensagem mais do que qualquer outra pessoa em todo o planeta.

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