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Raízes bíblicas do sionismo do Estado de Israel. Artigo de Frei Betto

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26 Outubro 2023

"Enquanto o povo palestino não for reconhecido em seus direitos, como exige a ONU, a guerra não terá fim", escreve Frei Betto, escritor, autor de Por uma educação crítica e participativa (Rocco), entre outros livros, em artigo enviado ao Instituto Humanitas Unisinos — IHU.

Eis o artigo.

Sionistas são aqueles que advogam a supremacia do Estado de Israel e impedem que os palestinos tenham um Estado independente, inclusive com direito a terem, como todo Estado constituído, Forças Armadas.

O atual conflito entre israelenses e palestinos deita raízes na Bíblia, em especial no Livro de Josué, que teria sido escrito no século XII a.C. Nem tudo nele possui base histórica. Segundo o relato, Deus teria assumido postura de colonizador e dito a Josué, herdeiro de Moisés, quando o povo hebreu terminava a travessia do deserto após se libertar do Egito: “Atravessa o rio Jordão e entra na terra que dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta dos pés de vocês, darei a vocês conforme prometi a Moisés” (1,2-3).

Josué então enviou dois espiões a Jericó, onde foram acolhidos pela prostituta Raab, que figura na genealogia de Jesus descrita por Mateus (1,5). O rei de Jericó mandou expulsá-los, mas Raab os escondeu e, mais tarde, orientou-os na fuga.

A “terra prometida”, genericamente conhecida por Canaã, não era um espaço vazio. Compreendia todos os territórios nos quais se encontram, hoje, Líbano, Síria, Israel e Jordânia. Ali habitavam os povos cananeus: hiteus, heveus, ferezeus, girgazeus, amorreus e gebuseus, hoje conhecidos como palestinos. Na época do domínio grego, muitos passaram a ser conhecidos como fenícios, sobretudo os que viviam no litoral.

O assalto a Jericó resultou em um massacre, “passaram a fio de espada tudo o que nela se encontrava: homens, mulheres, crianças, velhos, e até mesmo bois, ovelhas e jumentos” (6,21). Só a traidora Raab (vista pela ótica palestina) ou a heroína Raab (vista pela ótica israelita) e sua família foram salvos. “Queimaram a cidade com tudo o que ela continha, exceto ouro, prata e todos os objetos de bronze e ferro” (6,24).

A maioria dos povos cananeus foi exterminada, exceto os gabaonitas, submetidos à escravidão, e os jebuseus, aos quais se concedeu o direito de continuarem a habitar Jerusalém. Já quase centenário, Josué instruiu o seu povo: “Reparti entre vós, por sorteio, todos esses povos que restam a combater; é a herança de vossas tribos, assim como aqueles que exterminei desde o Jordão até o mar Grande, do Ocidente (Mediterrâneo)” (23,4). E admitiu no fim da vida: “Dei-vos uma terra que não lavrastes; cidades que não construístes, onde agora habitais; vinhas e oliveiras que não plantastes, das quais comeis agora os frutos” (24,13).

O Livro de Josué, além de legitimar o sionismo, serviu de referência às Cruzadas e à colonização das Américas. A arqueologia comprova, hoje, que o relato não merece credibilidade histórica. Jericó, embora seja a cidade mais antiga do mundo, nem sequer existia naquela época.

Pesquisas arqueológicas indicam que muitas cidades cananeias, consideradas conquistas de Josué, não existiam no final do Bronze Tardio, dentre elas Jeboson, capital do amorreus, Sijon, Arad, Jericó e Hai, cujas quedas são descritas com detalhes.

Outras cidades, tidas por arruinadas pela conquista feita de uma só vez foram, na verdade, destruídas em um período de tempo de várias gerações. (Kochavi, M. “The Israelite Settlement in Canaan in the Light of Archeological Evidence”. Biblical Archaeology Today, Jerusalém, v. 40, n. 3, 1985).

Já que Moisés morreu antes de ingressar na “terra prometida”, o relato atribuído a Josué é uma forma de os israelitas compensarem a frustração mosaica.

É um erro tomar a Bíblia ao pé da letra ou como livro histórico ou científico. Trata-se de um documento religioso, repleto de mitos e enxertos de tradições mais antigas. É a hermenêutica rasteira, literal, que nutre o fundamentalismo. Como se Deus tivesse de fato reservado aquele território do Oriente Médio para um determinado “povo escolhido”. No entanto, esses textos antigos continuam a alimentar o imaginário e o comportamento dos sionistas, a ponto de o atual Estado de Israel, que se gaba de ser democrático, não possuir até hoje uma Constituição. É um Estado teocrático.

Enquanto o povo palestino não for reconhecido em seus direitos, como exige a ONU, a guerra não terá fim. Pode ter pausas, mas a tensão persistirá.

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