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Com a força do Espírito. Mensagem do IX Encontro Continental de Teologia Indígena

Foto: José Jiménez | Flickr

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19 Fevereiro 2020

"Afirmamos que o Espírito de Jesus é o mesmo Espírito que se manifesta em nossos povos, porque em nossos ritos, símbolos, práticas, danças, histórias, idiomas, é esse Espírito que nos inspira, nos fala e nos move. Igualmente, é o que deu alento a nossos ancestrais para criar nossas culturas, projetos de vida e para enfrentar a colonização", escrevem os participantes ao final do IX Encontro Continental de Teologia Indígena que ocorreu em Tolé, Panamá, de 10 a 14 de fevereiro de 2020. 

Eis a mensagem.

Ngöbö dibitdi, Ngöbö ogwäbitdi, com a força de Deus, na presença de Deus. Assim iniciamos nosso encontro trienal, em Tolé (Panamá), terra ancestral dos ngäbe e bugle, terra indígena que, como todas em Abya Yala, custou sangue, suor e lágrimas. Somos de diferentes povos e culturas: Ngäbe, Guna, Bugle, Kaqchikel, K’iche’, Mam, Chuj, Náhuatl, Zapoteca, Totonaco, Tsotsil, Lenka, Pipil, Miskito, Krahô, Macuxi, Arapaso, Quechua, Kichwa, Aymara, Áva Guarani, Mbya Guarani. Somos de várias igrejas (católicos e evangélicos de diversas denominações), somos leigas, leigos, religiosas, pastores, padres e bispos; a presença solidária de outros irmãos da Europa e Estados Unidos. Nos convocou o Espírito de Deus, que inspirou a nossas avós e avôs em sua caminhada, o mesmo que impulsionou Jesus, o que nos convida a seguir, “suave brisa” que nos acaricia e nos cura, palavra-alma que nos dá vida e identidade.

Nosso caminhar

Compartilhamos, durante cinco dias, nossas experiências, sentires, dores, sonhos e esperanças, nossas flores e nossos frutos. Sabemos, e recordamos com dor, como se nega a vida em nossos povos através de projetos de morte que impulsiona o modelo neoliberal, como a mineração selvagemente extrativa, as monoculturas esterilizantes, as hidrelétricas inundadoras, a deseducação aculturante, as madeireiras assassinas, as religiões alienantes, a violência que expulsa, desintegra e suga as vidas, as drogas e o narcotráfico, os trabalhos desumanizantes, os partidos políticos que dividem e corrompem, o criminoso tráfico de pessoa; igualmente envergonham nossas divisões, egoísmo, pleitos e preconceitos dentro de nossos povos.

Porém também nos alegramos ao sentir como a vida floresce em nossas crianças, jovens, adultos através de múltiplas formas e práticas. Recordamos como o Espírito que dá vida e força se manifesta na memória ancestral, nos relatos de criação, nos ritos de purificação, nas orações de curas, nas manifestações de luta pela Mãe-Terra e em defesa dos bens naturais, na difícil unidade de nossos povos, no trabalho comunitário, nas danças e a alegria, na solidariedade entre nós, no aprofundamento de nossos ricos idiomas, no cuidado de nossa Casa Comum, nos sonhos, na defesa de nossa identidade. Bebemos das narrações de nossos anciãos e assim trouxemos à memória onde se manifesta o mesmo Espírito que motivou Jesus: no vento, na água, na terra, no fogo, em todos os seres vivos, e como motiva a nós e nos defende.

Motivados pelo mesmo Espírito

Escutemos, com reverência, a apresentação da Exortação Pós-Sinodal “Querida Amazônia”, na qual nosso irmão papa Francisco nos propõe quatro grandes sonhos: o social, o cultural, o ecológico e o eclesial. Nos faz sonhar e nos enche de esperança escutar que, neste escrito, estão encarnados não somente muitos desejos dos povos amazônicos, mas também de toda Abya Yala e nos comprometemos a assumir, dar continuidade e modo operativo às conclusões do documento final do Sínodo e da Exortação apostólica.

Detivemo-nos em ver e sentir os fios de tecido de nosso caminhar e com gozo reconhecemos que o Espírito de Jesus está presente na sabedoria dos ancestrais. Ressoam em nós as palavras do irmão papa Francisco: que somos “a memória viva do que Deus quer para nós”; que a compartilhar e ao sermos solidários, estamos expressando a presença do mesmo Espírito de Jesus; que é imprescindível que sigamos respeitando o meio-ambiente, nos organizando em defesa da Terra, valorizando nossa identidade, ensinando tudo isso a nossos filhos, porque assim fazemos mais viável a vida plena para todos e a Mãe-Terra.

Perguntamo-nos como se expressa o Espírito na vida de Jesus de Nazaré; nossa fé é nosso desejo de seguimento de Jesus transbordou: Ele era movido pelo Espírito, curava, animava, compartilhava com os pobres e pecadores, era próximo ao povo em fatos e palavras, acolhia e valorizava principalmente aos humildes, às mulheres e às crianças, enfrentou as estruturas corruptas políticas e religiosas, encarnou na história de seu povo, rejeitou o mal em todas suas formas, reconheceu a presença de Deus em outras culturas, orava ao Padre no deserto e no monte e, ao final, o mataram e o Espírito de Deus ressuscitou.

Afirmamos que o Espírito de Jesus é o mesmo Espírito que se manifesta em nossos povos, porque em nossos ritos, símbolos, práticas, danças, histórias, idiomas, é esse Espírito que nos inspira, nos fala e nos move. Igualmente, é o que deu alento a nossos ancestrais para criar nossas culturas, projetos de vida e para enfrentar a colonização; da mesma maneira, nos leva a sermos agradecidos, a perdoar, a organizarmos, a compartilhar a vida, a respeitar e proteger a Mãe-Terra, a resistir ao mal atual, interno e externo.

Comprometidos com nossos povos

Apesar dos projetos de morte que nos cercam, ameaçam e infiltram, apesar também de nossos próprios problemas e dificuldades, Deus nos dá a força de seu Espírito através de nossos antepassados, da natureza, da arte e da dança, de nossa identidade, para realizar ações que constroem nossos projetos de vida.

Em pé, conscientes de nossa pequenez, porém convencidos de que o Espírito de Jesus é muito mais que isso, nos comprometemos a seguir caminhando e tecendo nossa história. Em concreto:

1. Aprofundar no conhecimento de nossas culturas e saberes ancestrais: idiomas, histórias, ritos, costumes. Respeitá-las, defende-las, difundi-las e vive-las.

2. Conhecer a medicina tradicional, difundi-la em centros de formação.

3. Fomentar projetos que ajudem a cuidar da Mãe-Terra.

4. Trabalhar o máximo possível pela unidade de nossos povos.

5. Compartilhar com nossas comunidades toda a graça que vimos e sentimos nesse encontro.

6. Lutar por dinamizar a Educação Intercultural Bilíngue (EIB).

7. Seguir acompanhando – com ações concretas – as lutas de nossos povos. Pedir a nossos bispos e dirigentes religiosos que se comprometam nessas lutas, sobretudo em defesa da Mãe-Terra e seus bens.

8. Fomentar a coordenação a nível de regiões e espaços de diálogo e reflexão com as Igrejas locais. Especificamente formação em teologia indígena e formação política e jurídica desde as fontes dos povos e a doutrina social da Igreja.

9. Os servidores das comunidades de povos originários, querendo seguir Jesus, nos comprometemos a aprender, o melhor possível, as línguas dos povos que caminhamos juntos.

10. Reconhecer que todo dano à Mãe-Terra é um pecado grave que ofende a humanidade e a Deus.

Com o canto do povo kraho, com a oração de cura da irmã guna, com o ritual de purificação do povo ngäbe e do povo guarani, com todas as mulheres e homens que seguem lutando por uma Abya Yala na qual se possa viver mais plenamente, nos pedimos a todos os que, com boa-vontade, dia-a-dia, lutam por um mundo mais humano e, portanto, mais divino, com a força do Espírito.

Denunciamos os atropelos que seguem sofrendo nossos povos originários e a Mãe-Terra, violação aos direitos humanos, migração forçada pelo despojo de nossos territórios pela presença de companhia de mineração, entrega dos governos de concessões sem a consulta e consentimento prévio, livre e informado de nossos povos originários, impactos ambientais sociais, como a divisão nas comunidades, exploração humana e sexual, racismo e marginalidade a nossos povos.

Clamamos maior atitude profética dos pastores de nossas Igrejas acompanhando, caminhando com o povo e defendendo os direitos dos povos originários.

Exigimos dos governos de nossos países o cumprimento de leis e tratados internacionais que protegem os direitos dos povos originários e seus territórios, respeitando e promovendo sua identidade e cosmovisão.

E finalmente reconhecemos, honramos e nos unimos no sangue derramado de nossos mártires que deram sua vida em defesa de nossos povos e da Mãe-Terra, com profecia e esperança.

Jallalla. Amém.

Tolé, diocese de David, Panamá, América Central; 
Aos 14 dias do mês de fevereiro de 2020.

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