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Teologia Urbana. Artigo de Matias Soares

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13 Janeiro 2024

"As periferias geográficas e existenciais não são o problema; elas são a solução. A missão tem que partir de lá para os centros", escreve Pe. Matias Soares, mestre em Teologia Moral (Gregoriana), pós-graduado em Teologia Pastoral (PUC-Minas), membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral (SBTM), coordenador Arquidiocesano da Pastoral Universitária e pároco da paróquia de Santo Afonso M. de Ligório, Natal-RN.

Eis o artigo.

Deus habita a cidade (cf. DAp 514)). O documento da Igreja latino-americana descreve que “em meio às suas alegrias, desejos e esperanças, com também em meio às suas dores e sofrimentos. As sombras que marcam o cotidiano das cidades, como exemplo, a violência, pobreza, individualismo e exclusão, não podem nos impedir que busquemos e contemplemos ao Deus da vida também nos ambientes urbanos. Há uma leitura da realidade, com a metodologia do ver-julgar-agir, que será, mesmo que assumindo os ditames da subjetividade contemporânea, uma característica garantidora da continuidade interpretativa e prática das precedentes conferências latino-americanas. Essa teologia urbana é uma construção que urgentemente precisa ser desenvolvida para que a ação missionária da Igreja possa dar passos qualitativos e quantitativos no mundo das grandes cidades.

O documento continua afirmando que “as cidades são lugares de liberdade e de oportunidade. Nelas, as pessoas têm a possibilidade de conhecer mais pessoas, interagir e conviver com elas. Nas cidades é possível experimentar vínculos de fraternidade, solidariedade e universalidade. Nelas, o ser humano é constantemente chamado a caminhar sempre mais ao encontro do outro, conviver com o diferente, aceitá-lo e ser aceito por ele” (cf. Idem). Nas cidades há paradoxos constantes que dizem tudo do que é a cultura pós-moderna, com seus radicalismos das subjetividades, que ganham massa e são despersonalizados. Os rostos e nomes são perdidos e as formas tradicionais de vida são substituídas por estilos comportamentais estressantes da lógica do mercado. As síndromes de burnout, as epidemias de doenças mentais e as crises de sentido invadem as emoções e os afetos das pessoas, configurando uma “sociedade do cansaço” (cf. Byung-Chul Han), que busca na dependência das mídias digitais e no consumo desmedido canais de preenchimento dos vazios existenciais. A Igreja tem que ler, interpretar e pensar suas práticas pastorais com atenção a esses ditames antropológicos do hipermoderno.

No discurso do Papa Francisco, em 27 de novembro de 2014, aos participantes no Congresso Internacional de Pastoral das Grandes Cidades, há ensinamentos formidáveis sobre o panorama e desafios da pastoral urbana e sua imprescindível mudança de rota e conversão. Ele inicia a sua fala dizendo o seguinte: “Na Evangelii Gaudium eu quis chamar a atenção para a pastoral urbana, mas sem oposição à pastoral rural. Trata-se de uma excelente ocasião para aprofundar desafios e possíveis horizontes de uma pastoral urbana. Desafios, ou seja, lugares onde Deus nos chama; horizonte, isto é, aspectos aos quais, na minha opinião, deveríamos prestar uma atenção especial. Apresento apenas quatro, mas, sem dúvida, vós descobrireis outros, a saber: - Primeiro: talvez o mais difícil: realizar uma mudança na nossa mentalidade pastoral. É preciso mudar! – Segundo: O diálogo com a multiculturalidade; - Terceiro: O terceiro aspecto é a religiosidade do povo. Deus habita na cidade; e – Quarto: Continuando, eis o quarto aspecto: os pobres urbanos. Essas pistas colocadas pelo Pontífice podem e devem ser estudadas, discutidas e aprofundadas em nossas reuniões pastorais com sentimento de pertença e responsabilidade eclesiais. Vale enfatizar que tudo foi dito ainda no pré-pandemia e os problemas no pós-pandemia foram agravados.

Na constatação destes e, sem dúvida, de outros possíveis desafios encontrados na conjuntura pastoral brasileira, temos que fazer uma rápida e geral, mas necessária retrospectiva na transformação social que, a partir dos anos 60 mais especificamente, aconteceu que foi o êxodo massivo das populações rurais para as grandes cidades. Aqui existe um fenômeno demográfico que a Igreja Católica, talvez com algumas exceções, todavia não considerou com profundidade e desejo de autêntica conversão missionária e pastoral. A V Conferência de Aparecida trouxe a proposta teológica e eclesiológica, com a chamada à conversão missionária a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo, e mesmo já depois de 15 anos os frutos continuam imaturos. A sua mensagem ainda não foi recepcionada, como o próprio Concílio Vaticano II ainda encontra resistências e, por isso, outrossim, a do próprio magistério do Papa Francisco.

No contemporâneo, as periferias geográficas e existenciais não são o problema; elas são a solução. A missão tem que partir de lá para os centros. A Igreja em “saída missionária” não é mais um chavão sem forma e conteúdo. As cúrias não podem ser tratadas como lugares de burocratas, que nem para isso são preparados. A constituição apostólica, Praedicate Evangelium, deve chegar às estruturas também das Igrejas Particulares. Para nós outros, aqui na América Latina, que é o contexto do qual falo e no qual estamos, a maioria dos fiéis mais sensíveis ao projeto do Evangelho está nestas realidades de fronteira. Os ensinamentos do Papa Francisco sobre a evangelização, a sinodalidade, o combate ao clericalismo, os abusos morais e atenção ao que a Igreja é chamada a ser na sua totalidade é um projeto evangélico e genuinamente arraigado à Tradição Viva da Igreja.

No mesmo discurso sobre a Pastoral Urbana ele oferece algumas propostas, a partir da sua própria experiência como pastor de uma grande realidade urbana. Ei-las: - Primeira proposta: sair e facilitar; - Segunda proposta: a Igreja samaritana. Estar presente. As comunidades eclesiais, especialmente as paróquias não podem ser alfândegas, nem simples prestadoras de serviços eclesiásticos, com a coisificação dos sacramentos que, nem sempre, são vividos com profundidade de fé e canais de santificação. As paróquias com sua elasticidade e dinamismo podem assumir outras fisionomias e métodos que partam do coração do evangelho e contemplem a realidade do povo. Francisco, citando o seu predecessor, conclui afirmando o seguinte: “Trata-se de uma mudança, no sentido do testemunho. Na pastoral urbana, a qualidade será conferida pela capacidade de testemunhar por parte da Igreja e de cada cristão. Quando dizia que a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração, o Papa Bento XVI falava precisamente disto. O testemunho que atrai, que desperta a curiosidade das pessoas”.

Já existe a projeção de que em 2032 o Brasil não será de maioria católica. Terá maioria de fiéis protestantes. Isso porque a nossa presença nas periferias das grandes cidades é mínima, comparada ao avanço evangélico. Mesmo sem focar a nossa atenção para programas de pastoral de cunho proselitistas, esse prospecto não pode ser negligenciado. Ele diz muito do que estamos fazendo e como as nossas estruturas devem estar voltadas ao anúncio do Evangelho em todos os lugares e nos lugares todos. A começar pelo modo de tratar a própria economia das Igrejas Particulares, que são atividades meios à Evangelização. Os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que são fagulhas que sinalizam a gestão justa e honesta, com a atenção ao bem comum, inclusive sem o uso indevido dos bens eclesiais para o favorecimento pessoal, de amigos e familiares, também são necessários nesse ordenamento para o serviço da missão da Igreja. Assim como em muitos aspectos da ação pastoral, o nosso modo de gestão é de manutenção e com falta de ousadia. Sugamos muito das comunidades e não oferecemos o que poderíamos doar para o qualitativo desempenho da missão. Quem administra bem, o que é da comunidade, também serve ao projeto do Reino de Deus e testemunha a verdade do Evangelho.

Sendo assim, podemos fazer um caminho de construção de uma “teologia urbana”. Ele é urgente e exige o comprometimento de todas as forças vivas das nossas comunidades eclesiais. A visão míope, elitista, lobista e despreparada de alguns, está atrofiando e sufocando as possibilidades reais de fazermos a experiência com a “Alegria do Evangelho”. Faz-se mister que o sínodo sobre a sinodalidade nos coloque diante das possibilidades e abertura ao discernimento do Espírito Santo para que vivamos a comunhão, a participação e a missão, no campo e na cidade, sem deixarmos de sentir os sinais dos tempos, que estão sendo fomentados pela cultura urbana. Assim o seja!

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