Sob a insígnia de Matteo Ricci a chegada de D. Chow a Pequim

O bispo de Hong Kong iniciou a visita que acontece a convite dos órgãos "oficiais" da diocese da capital chinesa. Acolhido pelo bispo Li Shan e por algumas dezenas de fiéis, rezou na catedral diante de uma imagem do jesuíta pioneiro da inculturação do cristianismo na China. O objetivo de “promover trocas e interações entre as duas partes”.

A reportagem é publicada por Asia News, 18-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Começou sob à insígnia de Matteo Ricci, (1552-1610), o grande jesuíta pioneiro da missão e da enculturação do cristianismo na China, a visita a Pequim do bispo de Hong Kong, Mons. Stephen Chow. Chegando ontem à capital chinesa, à noite participou de um momento de oração na catedral da Imaculada Conceição, acolhido pelo arcebispo Li Shan - que também é presidente da Associação Patriótica dos Católicos Chineses desde o verão passado - e algumas dezenas de fiéis.

Diante do altar destacava-se uma imagem de Matteo Ricci, conhecido na China como Li Madou, que o Papa Francisco declarou em dezembro passado venerável com a promulgação do decreto sobre as virtudes heroicas, o primeiro passo para a beatificação. O bispo Chow - jesuíta como Matteo Ricci - é o primeiro bispo de Hong Kong a fazer uma visita oficial à diocese de Pequim desde que a ex-colônia britânica voltou à China em 1997. Em 2008 o então bispo coadjutor Mons. John Tong havia sido convidado a participar da cerimônia de abertura das Olimpíadas, mas não havia recebido permissão para se encontrar com Mons. Li Shan.

Mons. Chow - que está acompanhado pelo vigário geral Pe. Peter Choy e pelo bispo auxiliar Mons. Joseph Ha - permanecerá em Pequim até sexta-feira, onde está prevista uma visita a lugares e realidades significativos da comunidade católica "oficial", entre os quais o Seminário teológico onde estudam muitos dos futuros padres chineses. Ao anunciar esta viagem – que se realiza a convite da arquidiocese de Pequim – no último dia 9 de março, Mons. Chow ressaltou que "a missão da diocese de Hong Kong é ser uma Igreja ponte e promover trocas e interações entre as duas partes".

Esta viagem tão esperada chega poucos dias depois do problema pela transferência para Xangai do bispo Shen Bin, decidida unilateralmente por Pequim, apesar do Acordo com a Santa Sé sobre a nomeação de bispos assinado em 2018 e renovado pela segunda vez em outubro passado.

Foto: Asian News / Agenzie

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