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Aquela missa rezada em latim e a encruzilhada da identidade cristã. Artigo de Vito Mancuso

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09 Janeiro 2023

Será que o cristianismo poderá ser a fonte renovada de uma identidade e de uma consequente ritualidade de que precisamos urgentemente? Joseph Ratzinger, Karol Wojtyla e todos aqueles que se reconhecem com seu pensamento, começando pelos políticos soberanistas e pelos chamados ateus devotos, acreditam que sim e, por isso, tendem a olhar para trás.

A opinião é do teólogo italiano Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele de Milão e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 06-01-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Como o funeral de Joseph Ratzinger na Praça São Pedro foi celebrado em latim, talvez valha a pena começar a partir daí.

Os romanos tinham três termos para indicar a última cerimônia reservada à existência de um ser humano: funus, exsequiae, pompa. Funus, que no genitivo é funeris e de onde deriva “funeral” (além dos adjetivos “fúnebre” e “funesto”), é propriamente a cerimônia do sepultamento.

Por sua vez, exsequiae, de onde vem “exéquias”, e pompa, de onde vem “pompas fúnebres”, indicam o cortejo, o acompanhamento, a procissão, em suma, toda a prestatividade dos humanos para mostrar e demonstrar aos parentes e à sociedade sua própria participação na dor pelo desaparecimento do falecido.

Creio que, sem dúvida, podemos dizer que o funeral do dia 5 em Roma foi celebrado com “pompa magna”, prova disso é que a língua italiana, em casos como esse, sente a exigência de falar disso no plural: não mais apenas o funeral, mas “os funerais”, como os sites dos principais jornais italianos noticiavam, para sublinhar a importância do evento por meio da promoção gramatical do singular para o plural.

Eu acho que a nossa humanização ocorreu quando os nossos progenitores começaram a cuidar dos corpos sem vida de seus entes queridos. Acho que a passagem da simples vida animal para aquela complicada dimensão da vida que chamamos de “humanidade” ocorreu a partir do culto aos mortos.

Não existe civilização que esteja desprovida disso, por mais diferentes que sejam as formas. Os monoteísmos (judaísmo, cristianismo, Islã) praticam a inumação, enquanto as religiões orientais preferem a cremação, como também ocorria principalmente no mundo clássico. A religião de Zaratustra conhece as chamadas torres do silêncio, andaimes com cerca de 10 metros de altura no topo dos quais são expostos os cadáveres, para que os urubus e outras aves de rapina se alimentem deles, como que para devolver à natureza o alimento que dela foi tirado, alimentando-se durante a existência de carne animal.

Hoje, entre nós, está decisivamente em aumento a prática da cremação, condenada pela Igreja Católica até o Concílio Vaticano II (1962-1965) e ainda hoje proibida pelas Igrejas ortodoxas e pelos fundamentalistas protestantes, assim como pelo judaísmo e pelo Islã, mas que parece estar superando a mais tradicional inumação.

Falando em inumação, há também quem deseje levá-la mais a sério e, por isso, decide praticá-la em sentido literal, ou seja, segundo a etimologia do termo formado por “in” e “humus” (terra), razão pela qual informam que querem ser sepultados precisamente na terra nua, sem nenhum caixão, no máximo com um lençol, para se unirem verdadeiramente à terra e, por fim, voltarem a ser somente terra. Talvez o saibam, talvez não, mas assim põem verdadeiramente em prática as antigas palavras bíblicas: “Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás”.

No dia 5, porém, Joseph Ratzinger foi sepultado segundo a tradição com um caixão de madeira nas grutas vaticanas e, obviamente, só podia ser assim. Seu sepultamento foi um rito do qual o mundo participou, particularmente aquela parte do mundo que se chama Ocidente.

Cada rito tem uma notável função unificadora, mas eu acho que o funeral, e mais particularmente “os funerais” de um papa, a tem com ainda mais razão. De fato, trata-se de uma cerimônia religiosa que diz respeito a um líder religioso, e a religião (como indica o próprio termo cujo significado etimológico mais profundo remete a “vínculo”, “laço”) é uma força unificadora muito poderosa.

Entre nós, ela tem sido isso há muitos séculos; em outras partes do mundo, ainda o é; e o sonho de Joseph Ratzinger, e antes ainda de Karol Wojtyla, assim como de muitos políticos que estavam presentes na Praça de São Pedro no dia 5, é que ela volte a sê-lo ainda. Que as raízes cristãs da Europa voltem a ser cultivadas, a fim de restaurar o vigor à árvore um pouco murcha do Ocidente: Ratzinger continuava insistindo nisso com aquela sua gentileza combinada com teimosia.

O que é certo, a meu ver, é que nós precisamos urgentemente de ritos unificadores. Pode-se perceber isso a partir do senso de desintegração do tecido social que permeia as nossas consciências e que nos reduziu a estarmos quase totalmente desprovidos de ritos comuns: e sem ritos comuns, uma sociedade adoece e depois morre, deixa de ser “societas”, isto é, conjunto de sócios, e decai em uma massa amorfa de estranhos, desconfiados uns dos outros, até cair no estado de “guerra de todos contra todos” (“bellum omnium contra omnes”) que, às vezes, já se percebe com um arrepio em algumas zonas das nossas cidades.

Depois que Rômulo fundou Roma, Numa Pompílio, segundo rei da cidade, entendeu que devia lhe dar uma religião e os seus ritos, tendo intuído que Roma só se tornaria grande se tivesse um credo e um rito comuns. E Roma os teve e assim se tornou.

Do outro lado do mundo, Confúcio atribuía aos ritos o mesmo valor sociopolítico decisivo, e o Celeste Império Chinês, apoiando-se em sua filosofia, durou mais de dois milênios. Em particular, em relação à última cerimônia Confúcio afirmava: “Se os ritos fúnebres forem celebrados conscientemente e os antepassados forem dignamente comemorados, a virtude do povo voltará a ser genuína e profunda”.

Mas a questão é: será que o cristianismo poderá constituir a fonte renovada de uma identidade e de uma consequente ritualidade de que precisamos urgentemente? Joseph Ratzinger, Karol Wojtyla e todos aqueles que se reconhecem com seu pensamento, começando pelos políticos soberanistas e pelos chamados ateus devotos, acreditam que sim e, por isso, tendem a olhar para trás.

Hans Küng, Carlo Maria Martini, Raimon Panikkar e todos aqueles que se reconhecem em seu pensamento acham que não e olham para a frente, fazendo de seu pensar e de seu agir não um baluarte defensivo, mas um laboratório de pesquisa. Acho que é aí que começa a diferença entre a política que se define como “conservadora” e a que se define como “progressista”.

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