• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Fragmentos de espiritualidade em tempos de pandemia (IV)

Mais Lidos

  • As tensões surgiram pela primeira vez na véspera do conclave: o decano não mencionou Francisco na homilia e parabenizou Parolin no final

    LER MAIS
  • Como o Papa Francisco exerce forte influência sobre o conclave de 2025

    LER MAIS
  • O professor e ensaísta analisa como Donald Trump se transformou em um showman global da antipolítica extremista de direita

    “Toda política hoje é mesopolítica: uma política de meios e de mediações”. Entrevista especial com Rodrigo Petronio

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 3º domingo da Páscoa - Ano C - O Ressuscitado encoraja para a missão

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

08 Abril 2020

"Na esteira da pandemia, os índices econômicos sofrem pesadas baixas. E o sofrimento recai primeiramente, e com maior gravidade, sobre os estratos mais vulnerabilizados da população", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais e vice-presidente do SPM.

A primeira, segunda e terceira parte do artigo podem ser lidas nos respectivos links.

Eis o artigo.

O tempo litúrgico da quaresma dá lugar à Semana Santa. Celebra-se a passagem da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, da morte para a vida. Mas a pandemia Covid-19 ainda paira como uma nuvem de chumbo sobre boa parte do planeta. O furor letal do vírus varre vilas, cidades e países inteiros. Fantasmas sinistros e invisíveis parecem habitar as ruas e praças desertas, ao passo que os vivos, em quarentena compulsória, se acotovelam como prisioneiros em suas próprias casas. As autoridades sanitárias alertam para o colapso iminente da rede hospitalar e seus equipamentos indispensáveis. O combate envolve todo o exército disponível de médicos, enfermeiras, assistentes e outros. Não poucos desses profissionais da saúde, também eles contaminados, têm que abandonar a frente de combate.

Na esteira da pandemia, os índices econômicos sofrem pesadas baixas. E o sofrimento recai primeiramente, e com maior gravidade, sobre os estratos mais vulnerabilizados da população. No rastro macabro da pandemia vai se multiplicando, às dezenas e centenas de milhares, o número de infectados e mortos. Separações inesperadas se abatem sobre as famílias. A dor dilacera e elas choram seus entes queridos, em muitos casos não contando sequer com o consolo de acompanhá-los até o cemitério. Nesse quadro desolador, somos convidados a celebrar a Semana Santa com três olhares marcados pela fé e pela esperança: a) um olhar para a cruz; b) um olhar para o sepultamento; e c) um olhar para o túmulo vazio.

Um olhar para a cruz. Olhar a cruz é contemplar a face desfigurada do Crucificado. Nela se reflete a luminosidade do amor em seu grau mais elevado. Contra a violência humana mais cruel e gratuita, contrapõe-se a também gratuita e suprema bondade divina. Momento único e colossal na história da humanidade. Aos açoites, às calúnias, às difamações, ao abandono, aos pregos e à dor atroz da morte em cruz – reservada aos piores criminosos – Jesus responde com o perdão e ainda procura justificá-lo pela ignorância a agressividade dos torturadores: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”. Encontro sem igual, sublime e sem paralelo. A graça vence o pecado, no processo da vitória da vida sobre a morte.

A vingança do homem-Deus, no mais vil e dolorido dos sofrimentos, é o perdão para seus algozes! Na cruz, verifica-se o mais extraordinário contraste: o encontro/desencontro tremendo e incomparável entre a extrema maldade dos seres humanos, de um lado e, de outro, a infinita misericórdia do Pai. Semelhante contraste do encontro/desencontro reflete tamanha grandeza e profundidade que, a exemplo do choque elétrico de negativo com positivo, uma faísca brilha de forma, ao mesmo tempo, silenciosa e estridente. Acende-se uma luz nova e intensa. Seu brilho rasga o céu como um relâmpago e ilumina para sempre toda a face da terra. Fugaz como o raio e simultaneamente fecundo com a chuva sobre a terra ressequida. Gesto inusitado e luminoso que antecipa e anuncia a glória da ressurreição.

Mas olhar a cruz é também contemplar, junto com o Crucificado, a face igualmente desfigurada dos crucificados pela pandemia Covid-19. São hoje centenas de milhares, milhões se levarmos em conta a dor dos familiares, parentes e amigos. Dor que varre a terra como a sombra do vírus, atingido pessoas, lares e relações. A face desfigurada dos crucificados amplia-se quando os dados, os fatos e as pesquisas indicam os que se encontram mais vulnerabilizados, tendo sua vida mais ameaçada. Os números sinistros alertam sobretudo para os “soldados do grande exército” representado por todos os profissionais do sistema de saúde. Medo, pânico e terror se espalham com a velocidade do contágio. A incerteza do fim do túnel aumenta a ansiedade.

Olhar a cruz, a face do Crucificado e o rosto de todos os crucificados – com os olhos da fé e da esperança – é dar-se conta que, por mais paradoxal que possa parecer, a mesma luz que se acendeu no alto da cruz ilumina o rastro devastador da pandemia. A crise e o sofrimento, na história pessoal ou coletiva, por mais que sejam mensageiros de tragédias, ajudam a depurar, a purificar, a tornar mais sóbrios e essenciais os valores culturais e humanos. Nossas atitudes nos momentos de cruz, nas situações-limites da vida, podem iluminar o processo de superação da morte. Neste sentido, não seria exagero afirmar que o momento crucial da revelação salvífica está muito mais no alto da cruz do que na própria ressurreição. A clamorosa luminosidade que se revela a partir do encontro/desencontro entre a violência humana e o perdão divino tornar-se-á um farol para toda a trajetória do cristianismo. Tanto maior é o sofrimento de hoje, tanto mais sólida será a esperança num amanhã recriado.

Olhar o sepultamento. Jesus é retirado da cruz e sepultado. Principais protagonistas aqui são um grupo de mulheres, junto com José de Arimateia. Por que o extremo cuidado das mulheres com o corpo do falecido? Por que o cuidado dos familiares, amigos e parentes com o corpo dos falecidos pela pandemia, apesar das restrições para velórios e funerais? A resposta é a superação pela fé e pelo amor. Aquela faísca da cruz, a luminosidade fantástica daquele relâmpago é como uma semente. A superação da violência com o gesto de perdão constitui uma luz tão viva que não pode morrer. Da mesma forma, a relação dos que ficaram com os que partiram, vitimados pelo coronavírus, contém tanta intimidade e tantos segredos que não pode morrer. Em ambos os casos, os corpos que descem à sepultura de forma tão trágica são como sementes que haverão de brotar. Essa é a intuição das mulheres ao sepultarem o corpo do Mestre. Usam óleos caros, panos de linho puro e todo o cuidado porque esse corpo não pode permanecer nas profundezas da terra. Desce ao abismo dos infernos para subir aos céus. A exemplo de toda semente, busca a terra úmida, escura e fria, para depois erguer-se ao azul do firmamento. Cresce para baixo no sentido de, com vigor redobrado, crescer para o ar livre. E produzir tronco, ramos, folhas, flores e frutos. É como se, pela luz do madeiro, Jesus tivesse ressuscitado antes mesmo de morrer!

Também neste caso, não seria exagero afirmar que o corpo do homem de Nazaré não será propriamente sepultado, mas semeado. Deve levantar-se do chão com o potencial invisível de toda semente. Como a flor, a espiga e o edifício – sua memória viva tem raízes no chão, mas tem simultaneamente tem as asas da brisa suave e confortadora. Somente assim os ventos da violência e da fúria histórica nada poderão contra sua obra de salvação. Em outras palavras, e agora concentrando-nos estragos desoladores da pandemia, tanta morte e tanto sofrimento sobre a face da terra, não podem ser em vão. Navegar com a bússola da fé e da esperança, apesar da fragilidade de nossa embarcação comum, e num momento que nos dilacera a todos, é a melhor forma de manter viva e ativa a utopia do Reino.

Olhar o túmulo vazio. Na madrugada do terceiro dia, dizem os quatro relatos evangélicos, vozes estranhas começaram a circular. Primeiro de algumas mulheres, depois de alguns apóstolos, e por fim do grupo de apóstolos como um todo. A novidade é inusitada: o túmulo está vazio! Terão os soldados escondido o corpo de seus seguidores? Ou alguém o terá roubado? Por que o teriam levado? Ele próprio, o Crucificado-Ressuscitado, ainda segundo os mesmos relatos, acaba aparecendo aos seus amigos mais íntimos – no caminho, à beira mar, no lugar onde estavam fechados por medo das autoridades.

Então as pequenas luzes de sua pregação, juntamente com a sublime e espantosa luz do ato da crucifixão e morte começaram a brilhar retrospectivamente. Iluminam suas mentes, aquecem seus corações e conferem novo significado às suas almas atormentadas. Palavras, gestos, fatos, milagres, encontros, parábolas e discursos do homem de Nazaré – antes obscuros, envoltos em névoa e misteriosos – passam a ganhar um novo e mais profundo sentido. Os seguidores tratam de ressignificar tudo aquilo que Ele tinha feito e ensinado. E passam também a reunir-se em pequenos grupos, nas casas dos primeiros convertidos, para relembrar sua memória do Mestre e nutrir-se de sua presença viva e eucarística.

Nascem as primeiras comunidades cristãs. Os discípulos se convertem em missionários (para usar a terminologia do Doc. De Aparecida. Surgem as cartas neotestamentárias, além dos Atos dos Apóstolos e do Apocalipse. A teologia, a eclesiologia e a evangelização ganham terreno e a Igreja mantém-se firme com os pés no chão e “os olhos fixos em Jesus”.

Leia mais

  • Fragmentos de espiritualidade em tempos de pandemia (I)
  • Fragmentos de espiritualidade em tempos de pandemia (II)
  • Fragmentos de espiritualidade em tempos de pandemia (III)
  • Uma espiritualidade cristã em tempos de coronavírus
  • Pandemia e espiritualidade
  • A fé em tempos de coronavírus. Artigo de James Martin
  • A fé em Deus diante do coronavírus. Deus não castiga ou testa ninguém: Respeita, mostra solidariedade, ajuda...
  • A liturgia em quarentena e um modelo de celebração (de A. Grillo e M. Festi)
  • Ética e Espiritualidade face aos desastres ecológicos atuais
  • Evangelho de João 4, 5-15. 19-42
  • Propagando o cuidado: Olhares pastorais diante da pandemia
  • Reclusão: as dicas dos monges
  • Dez dicas para enfrentar a reclusão
  • Seis chaves para entrar em oração em tempo de reclusão
  • O que a Covid-19 significa para a postura pró-vida da Igreja Católica
  • Onde estão os bons católicos nestes tempos de coronavírus?
  • Religiosos e religiosas: manifestações na pandemia
  • Vaticano proíbe as missas com fiéis durante Semana Santa nos países afetados pela pandemia
  • Covid-19: Vaticano anuncia modificações nas celebrações da Semana Santa
  • Estilo curial e um olhar para a realidade. Calendário e ritos do tempo de Páscoa, confissões e indulgências em condições de pandemia
  • A frustração do Papa Francisco com o coronavírus e o “confinamento litúrgico”
  • Coronavírus e a importância das atividades religiosas em casa
  • A dimensão espiritual da crise do coronavírus
  • “Não desperdicem esses dias difíceis”. Entrevista com o Papa Francisco
  • Reclusão em tempos de coronavírus: “Isolar-se é um gesto de solidariedade”. Artigo de Michela Marzano
  • 'Tenho esperança na Humanidade. Vamos sair melhores', aposta o papa Francisco
  • Onde está Deus em uma pandemia? Artigo de James Martin, SJ
  • ‘Por que Deus permite uma pandemia e se cala? É um castigo? Onde está Deus?’. Artigo de Víctor Codina
  • Onde está Deus? Deus sofre com o homem. O contágio desafia a fé
  • Solidão do ser humano, solidão de Deus. Artigo de Timothy Radcliffe
  • O coronavírus e a miopia (religiosa) em massa. Artigo de Massimo Faggioli
  • Coronavírus, distanciamento social e a companhia da fé. Artigo de Massimo Faggioli
  • ‘Após o coronavírus, o mundo não voltará a ser o que era’
  • Quatro ameaças à Humanidade e uma saída
  • ‘Após o coronavírus, o mundo não voltará a ser o que era’
  • O grito do Nobel Mukwege: “Sem defesas contra o coronavírus corre-se o risco de hecatombe”
  • Movimentos sociais lançam plano de 60 propostas contra a covid-19 e a crise econômica
  • Santidade no tempo de COVID-19. Artigo de Fábio Py
  • Franciscanos do Brasil lançam Podcasts sobre pandemia do novo coronavírus
  • Coronavírus: risco da disseminação é maior com a circulação de assintomáticos
  • Novo coronavírus e a falácia dos negacionistas: ‘Morreu, mas era idoso e tinha diabetes’
  • Os esquecidos na pandemia
  • A pandemia de Covid-19 avançou rapidamente na última semana
  • IHU para a quarentena. O Indivíduo e a Sociedade em introspecção
  • A fé em Deus diante do coronavírus. Deus não castiga ou testa ninguém: Respeita, mostra solidariedade, ajuda...
  • Coronavírus: a ética começa com o reconhecimento das nossas limitações
  • Covid-19: “a humanidade inteira” ameaçada, ONU lança plano
  • O mundo depois do coronavírus. Artigo de Yuval Noah Harari
  • Coronavírus: Qual a relação do meio ambiente com a pandemia? Artigo de Bernardo Egas
  • “A capacidade da poluição no transporte do vírus ainda é pouco conhecida”. Entrevista com Olivier Blon

Notícias relacionadas

  • Bispo é preso entre manifestantes que tentavam ocupar uma igreja em Nova York

    A três meses do início de seus protestos contra o sistema financeiro norte-americano, centenas de manifestantes saíram às ru[...]

    LER MAIS
  • O combate à Aids na África e o papel das religiosas

    Depois de uma longa carreira na academia, a maioria dos estudiosos esperam por uma aposentadoria livre das demandas do ensino, da [...]

    LER MAIS
  • “A experiência do espírito vai muito além das distinções espaço-temporais e de gênero”. Entrevista especial com Marco Vannini

    Para se entender a mística, é preciso partir da antropologia clássica e cristã: “Não bipartida em corpo e alma, mas tripart[...]

    LER MAIS
  • Igreja e internet: uma relação de amor e ódio. Entrevista especial com Moisés Sbardelotto

    Embora a Igreja tenha mantido uma relação de amor e ódio com os meios de comunicação e, em especial, com as mídias digitais,[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados