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Quem são os jovens da Geração Z que estão tomando as ruas?

Fonte: Pixabay

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14 Outubro 2025

“Os jovens da Geração Z são tanto filhos da precarização quanto impulsionadores de novas formas e possibilidades de imaginar o trabalho. Sua demanda por propósito, flexibilidade e justiça social convive com uma realidade de empregos instáveis e protestos de rua. Se o século XX foi marcado pela consolidação do emprego assalariado e a ação sindical, o século XXI parece ter nesta geração o germe de um novo capítulo na luta entre trabalhadores e capitalistas”, escreve Diego Lorca, diretor do Observatório Internacional do Trabalho do Futuro (OITRAF), em artigo publicado por Nodal, 08-10-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

A Geração Z - nascida entre 1990 e 2010 - tornou-se protagonista de uma mudança de época. Hoje, seus membros, com idades entre 13 e 30 anos, são os primeiros verdadeiros nativos digitais, uma geração que nunca conheceu um mundo sem internet, redes sociais e smartphones. Essa condição marca não apenas sua forma de se comunicar, mas também sua maneira de conceber o trabalho e protagonizar protestos que, em diferentes pontos do planeta, questionam tanto governos quanto corporações.

No âmbito do trabalho, os jovens desta geração expressam reivindicações que vão além do paradigma clássico do emprego assalariado. Não basta um salário ao final do mês e uma jornada de trabalho de 8 horas. A possibilidade de que o trabalho contribua para causas sociais e ambientais é tão relevante quanto a remuneração. Por isso, conceitos como sustentabilidade, diversidade e justiça social ocupam um lugar central em suas expectativas. Valorizam a autonomia, a flexibilidade de horários e locais, a aprendizagem contínua e a saúde mental como eixos irrenunciáveis. Em outras palavras, desejam um emprego que permita o seu desenvolvimento sem sacrificar o bem-estar.

No entanto, a realidade trabalhista que enfrentam está muito longe desses ideais. O relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Tendências globais de emprego juvenil, alerta para uma lacuna de 79 milhões de postos de trabalho faltantes para a juventude, dos quais 91% correspondem a mulheres. Nos países em desenvolvimento, dois em cada três jovens estão presos em empregos informais, mal remunerados ou que não correspondem ao seu nível educacional. A desocupação também afeta muito mais os jovens. Enquanto a média mundial é de 5%, entre os jovens, sobe para mais que o dobro, com 12,4% e 13,6% na América Latina, de acordo com o último relatório da OIT chamado Perspectivas sociais e de emprego no mundo: Tendências 2025.

A precarização e o pluriemprego não são apenas estatísticas, são uma experiência cada vez mais frequente para milhares de jovens que oscilam entre práticas profissionais sem salário, contratos temporários e plataformas digitais que oferecem rendas fragmentadas e instáveis. É aqui que a situação da Geração Z se conecta com a nova arquitetura do trabalho. Como advertíamos em nossa última nota, “o trabalho de plataforma redesenha uma nova arquitetura do trabalho”. O modelo industrial clássico – com contrato formal, empregador identificado, local de trabalho físico e direitos trabalhistas conquistados – está sendo substituído por esquemas digitais nos quais a relação de trabalho é mascarada sob a figura de “colaboradores independentes” ou “empreendedores”.

A chamada “autonomia” prometida pelas plataformas é, na prática, uma autonomia fictícia. Os trabalhadores dependem de algoritmos que atribuem tarefas, pagamentos, avaliam e punem os trabalhadores, sem transparência ou possibilidade de defesa, naquilo que importantes atores do setor estão chamando de “opacidade algorítmica”. O custo das ferramentas e tempos mortos também corre por conta do trabalhador, enquanto a empresa se disfarça de mera intermediária.

Essa guinada afeta de cheio a Geração Z. Para muitos de seus integrantes, o emprego formal não só é escasso, mas também pouco atraente, pois envolve longas jornadas com salários que não conseguem cobrir as necessidades básicas. Por isso, voltam-se à monetização em redes sociais, ao trabalho freelancer ou a aplicativos de entrega e transporte, mesmo sabendo que essas alternativas carecem de direitos consolidados. Conforme ressalta Lucas Aguilera, diretor de pesquisas de NODAL, o que mudou é a própria concepção de trabalho. O anseio não é mais tanto o “emprego estável”, mas a capacidade de gerar rendas múltiplas, flexíveis, à custa de maior incerteza. Passamos das fábricas para as plataformas como novo locus standi.

Esse choque entre anseios ideais e a realidade material também explica por que a Geração Z se tornou um ator central nas ruas. Ao longo de 2025, os exemplos se multiplicam. No Nepal, milhares de jovens foram às ruas para protestar contra a proibição de redes sociais, exigindo liberdade de expressão e transparência política, culminando na renúncia do primeiro-ministro KP Sharma Oli. No Marrocos, o movimento GenZ 212 mobilizou multidões contra os gastos públicos com estádios, em um país onde faltam emprego, saúde e educação. Em Madagascar, os cortes de água e energia acenderam a fúria juvenil, levando a protestos em massa contra a corrupção e os serviços ruins. Na Turquia, estudantes universitários enfrentam medidas autoritárias e prisões arbitrárias, assim como na Indonésia. Na França, o movimento Bloquons tout encabeça greves e bloqueios contra os cortes orçamentários. A Geração Z também se levanta na América Latina, sendo o Peru o principal palco de protestos contra uma reforma previdenciária regressiva e um governo carente de legitimidade social. Em todos esses casos, os jovens são a força motriz da mobilização, desafiando governos e exigindo uma vida digna.

Todos os protestos mencionados foram duramente reprimidos, deixando um saldo de vários mortos, feridos e detidos. A polícia do Nepal usou força letal para reprimir protestos juvenis, no dia 8 de setembro de 2025, e pelo menos 19 pessoas foram mortas e mais de 300 ficaram feridas, segundo informou a Human Rights Watch. Em Madagascar, a Anistia Internacional relatou 22 assassinatos e mais de 100 feridos. Finalmente, no Marrocos, a repressão policial deixou um saldo de dois manifestantes assassinados e dezenas de presos.

Um símbolo novo, mas recorrente nessas manifestações, é a bandeira de One Piece. Um manifestante no Peru declarou à imprensa: “Todos os jovens entendem qual é a referência... é uma referência a um anime que nos ensina a importância de lutar por justiça e salvar um país da corrupção”.

O território digital ocupa um papel central na organização de protestos, como já observamos há vários anos. Nesse caso, foram utilizadas plataformas como Instagram, TikTok e Discord para convocar, disseminar e disputar o sentido do protesto. As redes sociais são o campo de batalha de onde irradiam slogans, símbolos, formas de luta e onde conhecimentos são trocados. Em uma análise mais aprofundada, nas redes se produz o poder exercido nas ruas. Elas ocupam o lugar que partidos políticos, sindicatos e outras organizações da sociedade civil ocupavam na organização política tradicional.

A Geração Z não se limita a esperar passivamente um lugar no mercado de trabalho que provavelmente não virá. Desafia o sistema com seus valores e, quando necessário, o confronta com o seu protesto. Ao mesmo tempo, sua inserção na “gig economy” demonstra que um conflito central do trabalho no século XXI será o reconhecimento da laboralidade em contextos mediados por algoritmos. O que está em jogo não é apenas uma relação trabalhista, mas o próprio sentido do trabalho como atividade humana e social, frente à lógica do capitalismo digital.

Em definitivo, os jovens da Geração Z são tanto filhos da precarização quanto impulsionadores de novas formas e possibilidades de imaginar o trabalho. Sua demanda por propósito, flexibilidade e justiça social convive com uma realidade de empregos instáveis e protestos de rua. Se o século XX foi marcado pela consolidação do emprego assalariado e a ação sindical, o século XXI parece ter nesta geração o germe de um novo capítulo na luta entre trabalhadores e capitalistas.

Leia mais

  • A Geração Z conquista o mundo. Artigo de Stefano Pancera
  • Por que a Geração Z se rebela? Artigo de Rudá Ricci
  • De Madagascar ao Marrocos: protestos da Geração Z abalam a África
  • No Marrocos, na Ásia ou no Peru, movimento Geração Z ganha impulso com 'efeito espelho’ na internet
  • Causas e consequências da "revolução" nepalesa. Artigo de Roman Gautam
  • Guerra Mundial Z. Artigo de Victor Lapuente
  • Geração Z: como mitigar o mal-estar da Era Digital?
  • Geração online: muitos jovens querem viver sem redes sociais
  • Nepal: por que a geração Z se amotinou. Artigo de Atul Chandra e Pramesh Pokharel
  • Na Croácia, do Nepal e do Burundi. As vidas rejeitadas nas fronteiras da Europa
  •  A geração dos oito segundos
  • A geração Z é a geração ‘do Fim do Mundo’. Entrevista com Carlos Tutivén Román
  • Geração Peter Pan. Artigo de Enzo Bianchi
  • “Entrelinhas pontilhadas”, o lamento de uma jovem geração. Artigo de Paolo Benanti
  • A perda de espaços contemplativos: a geração Z, a comunicação escrita e o trabalho. Artigo de Robson Ribeiro
  • Geração Z estadunidense apoia regulamentação das mídias sociais
  • Geração Z questiona impactos das redes sociais
  • Geração Z e vulgarização da política. Artigo de Frei Betto
  • A geração Z, trabalho remoto e a condição do entretenimento. Artigo de Robson Ribeiro de Oliveira Castro Chaves

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