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“Nenhum profissional de saúde pode se calar sobre Gaza”

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04 Julho 2025

Na Unifesp, Mustafa Barghouti, um ícone da luta palestina, expôs o horror. Equipamentos de saúde foram destruídos, faltam água, comida e remédios. Não há vacinas, epidemias alastram-se. É hora de o Brasil cortar relações diplomáticas e impor sanções a Israel.

A reportagem é de Luiza Brazuna, socióloga e jornalista do Outra Saúde, em artigo publicado por Outras Palavras, 03-07-2025.

Eis o artigo.

Desde 07-10-2023, a crescente agressão de Israel sobre os territórios palestinos causou 132 mil feridos e mais de 55 mil mortos. Já são 20 meses de genocídio na Palestina ocupada ilegalmente por Israel. Os números correspondem a 10% de toda a população do enclave – proporcionalmente falando, seria como se 16 milhões de brasileiros ou 33 milhões de estadunidenses tivessem sido atingidos. A comparação aterradora foi feita por Mustafa Barghouti, médico e ativista político palestino, em sua participação na mesa “Sob fogo: a saúde da população de Gaza”, que aconteceu nesta terça-feira (1º) na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Barghouti fez uma ampla exposição do terror sofrido pelos palestinos. Além daqueles que não conseguiram escapar aos bombardeios em massa e dos que foram “enterrados” sob os escombros, há 2 milhões de palestinos em escassez prolongada de alimentos; quase meio milhão de pessoas em situação catastrófica de fome, desnutrição aguda, inanição, doenças e morte; 15 mil mulheres grávidas sem acesso a qualquer tipo de procedimento pré-natal; e incontáveis pessoas sem acesso a água para atender direitos básicos como saneamento básico ou, simplesmente, se hidratar.

Em 20 meses, 94% de todos os hospitais da Faixa de Gaza foram danificados ou destruídos, e cerca de 700 ataques a equipamento de saúde foram orquestrados por Israel, de acordo com dados da OMS (dezenas de vídeos com imagens sobre os serviços de saúde atacados em Gaza podem ser encontrados aqui). A falta de suprimentos médicos, alimentos, água e combustível praticamente esgotaram um sistema de saúde já com poucos recursos.

Ataques nos territórios palestinos ocupados mataram e feriram profissionais de saúde e pacientes – em sua grande maioria mulheres, idosos e crianças –, além de terem danificado instalações de saúde e ambulâncias. Não há mais vacinas, e doenças como a poliomielite, que havia sido erradicada há 30 anos, tornaram-se epidemias. Aos hospitais que restaram, falta acesso, já que os palestinos perderam inclusive seu direito de ir. Mas parece evidente que qualquer dano de saúde irá parecer um mal menor perto do risco iminente de ser assassinado ao buscar um saco de farinha…

O evento que reuniu Mustafa Barghouti e Paulo Buss, médico e atual diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, foi organizado pela Cátedra Edward Saïd junto de estudantes, professores, técnicos da universidade e participantes da Rede de Solidariedade ao Povo Palestino, o debate, com mediação da professora Rosemarie Andreazza, da Escola Paulista de Medicina.

Ao apresentar os fatos, Mustafa foi enfático: “O que Israel quer é tornar nosso país inabitável, o que faz parte do projeto de limpeza étnica que começou com a Nakba em 1948”. A cada minuto que passa, lembrou o médico, palestinos morrem por bombardeios, fome e doenças. Enquanto isso, o Estado sionista de Israel se aproveita da crise sanitária-humanitária para criar o que chamou de “pontos de distribuição de ajuda humanitária”, que são, na verdade, campos de concentração – como bem chamou Barghouti.

Diante de tudo isso, o que tem feito o mundo além de observar a terra palestina tornar-se um cemitério a céu aberto? Traçando um paralelo histórico, Barghouti lembra que, na época do Holocausto, o mundo também se calou diante do genocídio. “Hoje, nós [palestinos] estamos enfrentando o mesmo nível de covardia – agora das pessoas estão em silêncio sobre a Palestina”, disse ele.

Como a saúde palestina resiste – e qual o papel do Brasil

Perguntado sobre como têm se organizado as autoridades sanitárias na Palestina, Barghouti enfatiza que tanto os médicos independentes como as organizações e o próprio Ministério de Saúde local estão fazendo o possível. A Sociedade Palestina de Assistência Médica (PMRS), grupo de médicos e profissionais de saúde, é um exemplo da resistência médica palestina, que não começou em 2023. Fundada em 1979, a organização busca complementar um sistema de saúde deteriorado pelos mais de 75 anos de ocupação militar israelense, criando de fato uma infraestrutura nacional de saúde. Entretanto, com a ampla destruição de quase todos os equipamentos de saúde na Palestina ocupada, a PMRS não tem conseguido trabalhar sozinha – contexto em que é extremamente importante “organizar uma cooperação entre a saúde palestina e a saúde brasileira”, segundo Mustafa.

“Contudo, a coisa mais importante agora é impor sanções econômicas e cortar relações diplomáticas com Israel”, disse o ativista palestino. Um relatório produzido por Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, divulgado em 30 de junho, aponta a Petrobras como parte de uma vasta rede que financia o Estado de Israel. O documento mostra que a empresa brasileira detém as maiores participações em campos fornecedores de petróleo bruto, que abastecem, por sua vez, as duas principais refinarias em Israel – sem mencionar que a empresa fornece combustível para jatos militares.

O Brasil, enquanto país signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, não pode seguir financiando o projeto racista e imperialista de um país que se construiu e se consolidou a partir da colonização e destruição de outro. Nesse contexto, a recomendação de Barghouti – que chegou a agradecer a solidariedade brasileira, mas pediu ações concretas – torna-se um dever.

Em suma, o mundo está assistindo aos crimes de guerra mais terríveis, e grande parte deles são ataques diretos à saúde palestina. Portanto, como bem lembra Barghouti, “nenhum profissional de saúde pode ficar calado diante do que está acontecendo na Faixa de Gaza”. Enquanto a Palestina ocupada corre o risco de não mais existir, de que lado estará o Brasil e a saúde brasileira: dos que permaneceram calados ou dos que se revoltaram com o extermínio em tempo real de todo um povo?

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