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Ditadura, memória e história na UFSC. Artigo de Michel Goulart da Silva

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08 Mai 2025

A proposta de mudança no nome do campus da universidade se deve à estreita relação do antigo reitor com a ditadura

O artigo é de Michel Goulart da Silva, publicado por Sul21, 07-05-2025.

Michel Goulart da Silva é doutor em história pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e técnico-administrativo no Instituto Federal Catarinense (IFC). Autor do livro “Golpe e ditadura em Santa Catarina”

Eis o artigo.

Na última reunião do Conselho Universitário (CUn) da UFSC, realizada no dia 29, um tema que suscitou grande polêmica foi a proposta de mudança do nome do campus da universidade. O campus leva o nome do primeiro reitor da universidade, João Davi Ferreira Lima, que ocupou o cargo entre 1961 e 1972. Essa proposta de mudança no nome do campus da universidade se deve à estreita relação do antigo reitor com a ditadura.

Embora tenha iniciado seu mandato como reitor antes de golpe de 1964, Ferreira Lima adotou uma postura alinhada aos interesses do governo, respaldando ideologicamente a perseguição e a denúncia de servidores e estudantes. Em sua gestão, colaborou com os órgãos de repressão e de vigilância contra estudantes e servidores considerados perigosos pelo regime ditatorial.

Aqueles que são contra a mudança do nome tentam personalizar a discussão, afirmando que a manutenção da homenagem deveria ser garantida por conta de sua atuação do reitor no desenvolvimento da UFSC. Contudo, esse debate não pode ser tratado como uma questão pessoal, mas como parte de um processo mais amplo que a sociedade deve enfrentar no sentido de elaborar seu passado. Esse processo passa tanto por questões de importância política, como a condenação e prisão dos criminosos que agiram na repressão e assassinato de trabalhadores durante a ditadura, como por questões simbólicas, entre as quais s retirada de homenagens a ditaduras de ruas, escolas e outros espaços públicos.

Outro aspecto passa pelo fato de que o nome de Ferreira Lima nesse debate é somente uma questão simbólica. Conforme procuro mostrar em livro que recentemente publiquei, com o título Golpe e ditadura em Santa Catarina, houve uma ampla participação de intelectuais no sentido da defesa do regime ditatorial, muitos dos quais vinculados à UFSC. Essa intelectualidade aderiu às ideias de modernização conservadora levadas a cabo pela ditadura, em que o desenvolvimento econômico – e de pesquisas e inovação – foi impulsionado pela ampliação da exploração da força de trabalho, pelo arrocho salarial e pela marginalização da classe trabalhadora das cidades grandes e médias.

Conforme eu demonstro do livro, muitos membros da comunidade universitária da UFSC foram defensores dessas ideias e colaboraram na sua elaboração e difusão. Esses intelectuais, muitos dos quais atuavam como técnicos subordinados à política do regime ditatorial, passaram pelos ciclos de estudos da Associação da Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG). Esses ciclos, que tiveram inclusive apoio institucional da UFSC, eram espaços privilegiados para que o governo ditatorial, por meio de seu braço ideológico, a ESG, pudesse difundir suas ideologias de segurança e desenvolvimento e preparar os quadros que atuavam tanto na garantia da gerência do Estado como na construção de justificativas para a repressão contra a oposição.

Portanto, a discussão sobre a possível mudança do nome do campus da UFSC é muito mais ampla do que a tristeza de familiares do antigo reitor ou de eventuais qualidades pessoais que talvez tivesse Ferreira Lima. O debate passa, centralmente, por encarar um passado traumático e tomar uma posição sobre ele, entendendo que não se está discutindo as características subjetivas dos ditadores e de seus colaboradores. Estamos discutindo, sim, como vamos elaborar o nosso passado e, com isso, qual postura política vamos assumir, ou seja, se vamos minimizar os crimes cometidos pela repressão, anistiando os golpistas do passado e do presente, ou se vamos denunciar as práticas de perseguição, repressão e tortura cometidas pelos ditadores e por seus colaboradores.

Ferreira Lima optou por um lado e isso não pode ser escondido, minimizado ou relativizado, mas apontado em fatos que mostram sua relação com a ditadura e sua colaboração com a perseguição de estudantes e servidores da UFSC.

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