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O mundo mudou, a Igreja não. Dessa forma, as mulheres permanecem invisíveis. Artigo de Raffaella Romagnolo

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07 Mai 2025

"Se a Igreja quiser estar no século/mundo, algum raciocínio a mais, nas salas secretas, precisará ser feito. Lembrar-se dos passos de Francisco nessa direção, as nomeações de mulheres para cargos importantes. Pessoas (não homens, não mulheres), pessoas certas no lugar certo", escreve Raffaella Romagnolo, escritora italiana, em artigo publicado por La Stampa, 05-05-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Conheci muitas freiras. As primeiras, no jardim de infância. Uma se chamava Irmã Clemente, um nome de homem e o jeito de um general prussiano, inesquecível. Outra trabalhava no hospital da pequena cidade onde cresci, Irmã Tersilla. Era tão prestativa, atenciosa e querida que, em um determinado momento, foi premiada como Cidadã do Ano. Conheci muitas freiras na escola e, no ensino médio, elas me ensinavam italiano, história, geografia, música e ginástica (sim, ginástica).

Conheço várias que dirigem o asilo de idosos perto de minha casa. De outras, só ouvi as vozes, ouvi-as cantar na igreja do convento de clausura a dois quilômetros de onde moro.

A última que conheci tem mais ou menos a minha idade e fez seus votos como adulta, depois de ter aprontado muito (palavras dela). Mulheres diferentes, inclusive bastante, simpáticas, antipáticas, acolhedoras, intratáveis, ambiciosas, pacientes, generosas, manipuladoras. Mulheres de diferentes talentos, no sentido evangélico do dever a ser cumprido para aproveitar ao máximo o dom que o Pai Eterno lhes deu ao trazê-las ao mundo. Elas têm em comum dois traços essenciais: consagraram suas vidas a Deus e, ao contrário dos homens consagrados, não podem se imaginar como pároco, bispo, cardeal ou papa.

Vão dizer que sempre foi assim, que sabiam disso antes de vestirem o véu. Que o “século” (ou seja, o mundo, na antiga linguagem da Igreja) não é para elas. Regra pelo menos tão arcaica quanto a palavra (talvez mais). Mas, nesse meio tempo, o século/mundo mudou e hoje as mulheres podem se imaginar e se tornar gerente, magistrada, astronauta, diretora da Confindustria, secretária-geral da CGIL, ministra, primeira-ministra e, pelo menos teoricamente (mas acredito ser apenas uma questão de tempo), presidente da República. Não é fácil, não é uma estrada em descida, mas é um caminho possível e percorrido. Para as mulheres consagradas, não.

A igualdade é o horizonte e o projeto de toda democracia, o que é diferente da monarquia absoluta que nestes dias se prepara para celebrar o rito de substituição do chefe. Cerimônia oficiada por uma espécie de conselho de anciãos que escolherá seu próprio membro (vem funcionando assim desde 1389, diz a Wikipédia).

Para os crentes, inclusive eu, serão guiados pelo Espírito Santo. Que, no entanto, espero que isso não seja uma blasfêmia, não consigo imaginá-lo questionando se as mulheres, por serem mulheres, seriam indignas do cargo mais alto ou mesmo de rezar a missa. Mas ainda se verá de mãos atadas, o Espírito Santo, atadas por humanos do sexo masculino que estabeleceram as regras, e em um homem terá, portanto, que angariar as preferências dos votantes. E assim, mais uma vez, se renova o desconforto, ou melhor, a intolerância que sinto sempre que, quando algo importante é decidido, as mulheres não são convidadas para a mesa. A sensação de não sermos vistas, respeitadas, valorizadas em nosso talento, sempre no sentido evangélico, o dever de viver em plenitude a própria vida. É uma intolerância crescente, muitas de nós a sentimos, cada vez mais.

Na mesa onde trabalho, tenho uma bela imagem de Nossa Senhora. É um cartão postal que a retrata como Piero della Francesca a pintou no Políptico da Misericórdia, conservado no Museu Cívico de Sansepolcro. Fundo dourado deslumbrante, Maria em pose hierática, seu rosto um oval perfeito, uma criatura sólida, poderosa, de outro mundo. Sob seu manto, acolhe homens e mulheres, bons e maus, até mesmo o carrasco. Trata-se de um tema tradicional, medieval, que fala da proteção e, para mim, fala do presente.

Fala que não há necessidade de ter medo, que há esperança. No entanto, não é suficiente que o papa passado e o papa futuro se ajoelhem diante da Virgem. Se a Igreja quiser estar no século/mundo, algum raciocínio a mais, nas salas secretas, precisará ser feito. Lembrar-se dos passos de Francisco nessa direção, as nomeações de mulheres para cargos importantes. Pessoas (não homens, não mulheres), pessoas certas no lugar certo.

É preciso, mais ainda, coragem. A alternativa é ficar de fora, fora do século/mundo, cerimoniosamente trancado em uma sala com afrescos maravilhosos, na qual, no entanto, metade dos seres humanos, mantidos à porta, tem cada vez menos vontade de entrar. 

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