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13 Março 2025

"No contexto materialista do capitalismo contemporâneo, a figura do santo de Assis desponta como uma voz de humanidade contra o vírus do cinismo. Suas ideias e seu impacto nos ajudam a traçar nosso próprio caminho rumo a uma sociedade mais justa, solidária e orientada para a fraternidade universal", escreve Dom Roberto Repole, arcebispo de Turim e bispo de Susa, em artigo publicado por Avvenire, 09-03-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Não é um personagem relegado aos séculos passados, mas uma presença vibrante que ainda fala diretamente aos homens e às aspirações de nosso tempo. Venerado como padroeiro dos comerciantes, dos estofadores, dos ecologistas, dos animais e também da Itália, o “santo poverello” conserva ainda hoje a sua atualidade, provavelmente por ser um radical evangélico e um profeta da “revolução” dos valores cristãos: Francisco soube enfrentar as mudanças de sua época histórica na lógica do Evangelho e, por essa sua capacidade, continua a nos inspirar hoje, diante das grandes e surpreendentes transformações do mundo contemporâneo.

Por isso, é útil e extraordinariamente interessante “ler” Francisco como uma bússola capaz de nos orientar nos desafios aos quais a humanidade está submetida neste início do terceiro milênio. Como outro Francisco, o Papa, frequentemente nos lembra, hoje não estamos simplesmente vivendo em uma época de mudanças: estamos no meio de uma mais radical mudança de época. Isso envolve nosso modo de ser seres humanos, os valores de referência, os estilos de vida, as relações intergeracionais, as relações entre os povos, o modo de existir e de transmitir o Evangelho da comunidade de crentes em Cristo.

Com relação aos desafios que somos chamados a enfrentar, o que São Francisco pode nos dizer? Ele representa um interlocutor esclarecedor e um companheiro de viagem que nos ajuda a nos orientar?

Sim, certamente que sim. Diante das transformações de sua época, ele foi capaz de encarnar um grande modelo de adaptação e de resiliência. Sua capacidade de discernir entre novas ideias e a sabedoria tradicional ainda hoje nos ensina a importância de equilibrar a inovação (hoje especialmente a inovação tecnológica) com a continuidade. Por meio de seu exemplo, entendemos que todo tempo é iluminado pela presença de Cristo e do Espírito, e isso oferece a serenidade para enfrentar as metamorfoses culturais, sociais e eclesiais. Mesmo as mais disruptivas.

Se hoje o nosso pensamento parece ameaçado pelo niilismo cultural, o testemunho de Francisco nos faz descobrir que a fé não é apenas uma formalidade, mas uma escolha existencial que pode transformar o mundo. Para melhor. Francisco nos convida a voltar às raízes do Evangelho, a uma fé pura e sem adereços. Neste terceiro milênio em que Deus parece ter se tornado o principal ausente, especialmente na sociedade ocidental, o chamado do santo de Assis ao radicalismo evangélico ressoa com urgência. Sua escolha de abraçar a pobreza - que se torna um antídoto para a desigualdade - combinada com seu modelo de uso responsável dos recursos, nos leva a considerar a verdadeira essência da “posse”. Aprendemos que a verdadeira grandeza humana reside no amor e na compaixão; não em possuir, mas em usar para o bem dos outros.

No contexto materialista do capitalismo contemporâneo, a figura do santo de Assis desponta como uma voz de humanidade contra o vírus do cinismo. Suas ideias e seu impacto nos ajudam a traçar nosso próprio caminho rumo a uma sociedade mais justa, solidária e orientada para a fraternidade universal. Estamos em um tempo marcado pela ganância, pelo frenesi, pelos mitos do sucesso econômico e da fama, mas a imagem de Francisco nos dá um vislumbre da alternativa. Ele nos ensina que a verdadeira riqueza não está no acúmulo de bens materiais, mas na abertura do coração e no compartilhamento com os outros. Sua decisão de se “casar” com a miséria material - não como uma privação, mas como uma via de libertação - nos incita a reavaliar a nossa relação com o dinheiro e com as coisas materiais. E nos demonstra que é possível ser plenamente felizes sem ter muito, aprendendo a praticar a simplicidade e disseminando o sentido de gratidão. Diante dos slogans do consumismo, Francisco nos ajuda a refletir sobre a distinção entre ser e ter: ele nos adverte que, se nos concentrarmos exclusivamente no ter, acabaremos nos consumindo e nos sentiremos tão deterioráveis quanto as coisas que possuímos. A pobreza, entendida como um estilo de vida, nos mostrará, ao contrário, como reconsiderar os nossos valores, identificando o que realmente conta.

E, além disso, há seu “grande sonho”: uma fraternidade universal que celebre as diversidades humanas. Diante dos grandes debates de nosso tempo sobre globalização e fenômenos migratórios, a visão franciscana do acolhimento e da integração entre culturas diferentes nos desafia e encoraja. São Francisco caminha pelas ruas de um mundo marcado por grandes mudanças, mas, em vez de recuar, ele se apaixona por sua contemporaneidade e espalha e compartilha sua mensagem de amor e compaixão para com todos. Sua visão de uma fraternidade universal, que acolhe e celebra as diferenças entre as pessoas, é mais relevante do que nunca em meio aos espectros atuais das divisões e das discriminações. Ela pontua de forma clara que todos somos parte da mesma família humana e que precisamos aprender a viver juntos em harmonia e respeito mútuo, caso contrário, estaremos caminhando para a autodestruição da humanidade. A fraternidade obviamente não é “uniformidade”, mas harmonia nas diferenças. Isso significa aceitar, mas também valorizar as várias identidades e vocações. Isso se aplica à sociedade civil, mas também dentro daquela comunidade singular que é a Igreja.

Por fim, um aspecto crucial da obra de Francisco diz respeito à reforma da Igreja. A vida do santo de desenrola em um momento de transformação política e social, com a antiga ordem feudal dando lugar ao sistema das cidades e do mercado. A Igreja participa da grande mudança com a reforma gregoriana e o surgimento de novas ordens religiosas, mas tem dificuldades para interpretar plenamente os sinais dos novos tempos, às vezes caindo na tentação de privilegiar o poder temporal e o dinheiro em detrimento da espiritualidade e da missão evangélica. Movimentos religiosos alternativos, como os cátaros e os valdenses, destacam a necessidade de uma reforma mais radical e autêntica. Eis que Francisco nos explica - com palavras e, acima de tudo, com gestos e ações - que a verdadeira reforma deve vir de dentro, da transformação pessoal e comunitária. Sua visão de uma Igreja fraterna, onde cada pessoa vive e age para o bem do outro, representa um desafio radical a uma instituição frequentemente tentada pelo poder e pelo prestígio. É nessa situação que o santo se destaca como uma figura profética, capaz de captar o coração do Evangelho e vivê-lo concretamente na realidade, na vida cotidiana.

A esperança é que o diálogo com Francisco nas páginas deste pequeno livro nos torne mais capazes de perceber o peso de nossa responsabilidade no tempo que estamos vivendo. A história não é um destino já escrito. O tempo presente não precisa necessariamente abrir cenários de morte, de guerra e de desespero. A história de Francisco, de tantos séculos atrás, nos mostra que ainda é possível ter esperança. Desde que nos sintamos profundamente vivos; desde que não nos alienemos do mundo e da humanidade em que vivemos; desde que percebamos toda a riqueza e a responsabilidade do nosso sermos mulheres e homens.

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