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O Papa na África. D. Carlassare: Levei a Nossa Senhora as balas com que me feriram

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06 Fevereiro 2023

Fala o bispo de Rumbek, no Sudão do Sul vítima de um atentado em 2021: hoje posso dizer que foi um momento de graça. Espero que a visita do Papa dê mais coragem para buscar a paz.

Christian Carlassare é um bispo em caminho. Não apenas porque ele tenta seguir o evangelho, mas em sentido literal. De fato, ele preparou a chegada do Papa com uma peregrinação “ecumênica” a pé. Uma iniciativa de paz protagonizada por oitenta jovens de diferentes denominações cristãs, que de 25 de janeiro a quinta-feira passada percorreram vinte quilômetros por dia, encontrando as comunidades, rezando, refletindo sobre figuras bíblicas que responderam ao chamado de Deus. “Foi uma oportunidade – explica – para transmitir a mensagem de comunhão e de esperança trazida pelo Papa e que queremos continuar a difundir mesmo depois de sua partida”.

Missionário comboniano de 45 anos, natural de Schio, na zona de Vicenza, Carlassare é desde 25 de março de 2022 bispo de Rumbek, diocese do Sudão do Sul que se estende por uma área de cerca de 60.000 km², abrangendo todo o estado dos lagos. No entanto, o seu nome remete inevitavelmente ao noticiário, mais precisamente à noite de 25 de abril de 2021, quando foi ferido às pernas numa emboscada que o obrigou a adiar a sua consagração episcopal por quase um ano. Por aquele ato criminoso, ligado a conflitos intertribais, um sacerdote e quatro leigos foram condenados a sete anos de prisão. “Da visita do Papa - ressalta Carlassare - esperamos que dê mais coragem às instituições para realizar o que está previsto pelo acordo de paz, fazendo crescer o diálogo com os grupos que não aderiram a ele. E que estes últimos estejam mais disponíveis a se colocar em caminho juntos, privilegiando o bem comum sobre os interesses partidários”.

A entrevista é de Riccardo Maccioni, publicada por Avvenire, 04-02-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

E o que as pessoas pedem?

Serem realmente "visitadas" pelo Papa e pelos outros líderes religiosos. Porque, para além do governo e das instituições, a paz é possível quando a população descobre uma nova forma não violenta de resolver os problemas, deixando de lado as armas, a raiva, a insatisfação e a memória negativa do passado.

E para a Igreja o que vocês esperam?

Um renovado dom do Espírito para uma comunidade cristã cada vez mais ao serviço da justiça e da paz. Uma comunidade que evangeliza e anuncia uma Palavra que chama à reconciliação com o próprio passado, com as pessoas que somos, na sociedade, nas realidades locais e, certamente, com Deus.

Como trabalhar para superar as tensões tribais?

Há narrativas violentas de injustiças, tensões, medos, preconceitos. Ainda se tende demais a ver o outro como inimigo. É preciso superar essa dicotomia e entender que existe uma história comum da qual todos fazem parte e que não há vida nem futuro se os 64 grupos locais não souberem se reconhecer como cidadãos com a mesma tarefa e o mesmo destino. Os Sudaneses do Sul vivem juntos há centenas de anos, há casamentos mistos. Contra as histórias negativas de medo e preconceito para com o outro, é preciso levar adiante histórias de esperança, justiça, comunhão, perdão entre as diferentes comunidades.

Muitos ainda têm no olhar a imagem de Francisco que, para invocar a paz, beija os pés dos líderes sul-sudaneses.

Creio que aquele gesto forte e profético foi acolhido com grande sentido de responsabilidade. A começar pelos principais líderes institucionais que assinaram um acordo de paz e formaram um governo de unidade nacional. Obviamente, o caminho para a estabilidade não é fácil, ainda há muitas feridas a serem curadas, mas naquele dia o Papa realmente tocou o coração de muitas pessoas, conscientes de que só é possível estarmos juntos se formos capazes de reconhecer um no outro um irmão necessitado, colocando-se ao serviço de quem sofre. O bem-estar do país é dado pelo bem-estar de cada cidadão.

Se não se importa, voltemos por um momento ao atentado que sofreu assim que foi nomeado bispo. Como interpreta tal gesto hoje? Raiva? Amargura? Serenidade?

Claro que foi um momento muito difícil. Eu experimentei impotência, medo e até frustração por ter feito parte de um momento gerador de tanta divisão dentro da minha própria diocese. Mas eu me entreguei a Deus tanto no momento do atentado quanto depois, para que sua vontade se cumprisse, em mim como nas pessoas que tanto amam esta Igreja.

E hoje?

A minha presença, desde o meu retorno, é sinal de serenidade, de confiança, de desejo de comunhão, de superar as divisões do passado e criar uma fraternidade que nos permita evangelizar não só com palavras, mas com obras e exemplo. Sobretudo com a cruz carregada juntos, porque só a cruz pode fazer-nos superar os ciúmes, as incompreensões, os egoísmos que podem tomar conta da pessoa humana que se afasta de Cristo.

Você chegou a definir o ataque como uma graça.

Uma graça para mim e para a Igreja, porque nos fez cair a todos, como Jesus carregando a cruz, para depois nos levantarmos juntos apoiando-nos uns aos outros para continuar o caminho na verdade e na justiça, na solidariedade.

Você "ofereceu" as balas do atentado à Nossa Senhora.

Achei que não deveria guardar uma lembrança negativa do que aconteceu, mas de graça. Porque o Senhor se fez presente em cada momento e me senti guiado por ele a viver esse momento como uma passagem necessária para minha vida e meu ministério. Assim, uma vez na Itália, pensei em deixar as balas no santuário de Nossa Senhora do Anjo, ao qual sou bastante apegado. Ali aprendi a rezar, a amar o Senhor, a pedir a intercessão de Nossa Senhora e a sentir a sua presença amorosa. E devo dizer que em troca das balas recebi muita paz e serenidade. Além disso, o pároco me deu uma medalha de Maria que eu uso incrustrada em meu cajado pastoral.

Falando do Sudão do Sul, não se pode deixar de pensar em D. Cesare Mazzolari (bispo de Rumbek de 1999 a 2011, quando morreu) que muitos reconhecem como um pai da nação. Que legado ele deixou?

Em tempos de conflito deu dignidade aos mais pobres e abandonados, aos que mais sofriam. Esteve presente com a luz da fé, o anúncio do Evangelho, mas também com muitos serviços de promoção da humanidade: ambulatórios, escolas, formação de médicos, professores, catequistas. Padre Mazzolari foi um "bom pastor" próximo às suas ovelhas, um missionário cheio de energia e sem outra paixão senão por esta Igreja martirizada. Grande filho de Daniele Comboni, a quem tanto se assemelhava.

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