Igreja anglicana critica plano de Boris Johnson de enviar refugiados para Ruanda

Foto: Wikimedia Commons

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18 Abril 2022

 

Para o arcebispo de Canterbury, “terceirizar” as obrigações do Reino Unido “é o oposto da natureza de Deus, que assumiu a responsabilidade por nossos fracassos”.

 

A reportagem é publicada por Deutsche Welle, 17-04-2022.

 

Os líderes espirituais da Igreja da Inglaterra criticaram abertamente neste domingo (17.04.2022) o controverso acordo do governo Boris Johnson para enviar requerentes de asilo que chegaram ilegalmente ao Reino Unido para Ruanda.

O objetivo do acordo é evitar que refugiados façam travessias perigosas pelo Canal da Mancha, que estão aumentando em número apesar das promessas de que o "Brexit" traria melhor controle de fronteiras, criticado por organizações de direitos humanos e até pela ONU.

Em seu sermão de Páscoa, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, disse que o envio de requerentes de asilo para o exterior levantou "sérias questões éticas".

“Terceirizar nossas responsabilidades, mesmo para um país que busca fazer o bem, como Ruanda, é contrário à natureza de Deus, que assumiu a responsabilidade por nossos fracassos”, disse o clérigo.

Por sua vez, o arcebispo de York, Stephen Cottrell, considerou “muito deprimente e angustiante” que “os requerentes de asilo fugindo da guerra, da fome e da opressão não sejam tratados com a dignidade e compaixão que todo ser humano merece”.

 

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