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21 Novembro 2020

"O Papa Francisco os chama de “descartáveis”, outros os classificam como “sobrantes”. De uma forma ou de outra, porém, encontram-se inseridos no mercado trabalho. Inseridos às avessas, pela porta dos fundos. Mais do que excluídos, afirmam alguns sociólogos, estão sim incluídos, perversamente incluídos. Na fronteira ambígua entre o mercado formal e informal, consciente ou inconscientemente, exercem uma função fundamental para a lógica dos que comandam a lei do lucro a qualquer preço e da acumulação do capital. Aparentemente invisíveis ou ignorados, pressionam os salários para baixo", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais e vice-presidente do SPM – São Paulo.

Eis o artigo.

A frase refere-se à figura de Abraão, aquele que pode ser descrito como o pai das religiões do livro: judaísmo, cristianismo e islamismo. Encontra-se nas páginas bíblicas no chamado “credo histórico” do Povo de Israel (Dt 26,5-10). Povo do êxodo e do deserto, do exílio, da diáspora e do caminho. Aqui não falamos tanto dos migrantes, refugiados ou dos prófugos. Tampouco falamos dos deslocados internos ou de quem se move para garantir os meios de transporte. Falamos antes dos que surfam e tentam equilibrar-se nas ondas oscilantes e instáveis do capital. Ou melhor, rastejam na espuma sobrante dessas ondas incertas que morrem na praia. Daqueles que sobrevivem de bicos transitórios, ocultos nas dobras de um tecido social cada vez mais dilacerado e disputado pela lei feroz e férrea do mercado. De tão vulnerabilizados, prestam-se a todo tipo de serviço, por mais pesado e sujo, por mais perigoso e mal remunerado que seja.

Falamos dos pobres “lázaros” que se nutrem das migalhas que, episodicamente, caem da mesa dos “ricos avarentos”. Gente cansada e abatida, com duros calos no corpo e na alma, feridas históricas e mal cicatrizadas. E com chagas vivas e sangrentas, expostas em praça pública. Pessoas isoladas e famílias inteiras, as quais, na luta desesperada pela vida perderam o sagrado pudor de revirar as latas de lixo, ignoram os olhares alheios, desconfiados e hostis, por uma razão muito simples: necessitam comer. Na busca diária, rasteira e elementar pelo pão, não sobra tempo para as conveniências éticas, morais ou sociais. Referimo-nos àqueles que não moram nem possuem endereço fixo. Escondem-se ou acampam debaixo de um viaduto, de uma ponte, de uma casa abandonada ou ao abrigo provisório de qualquer entrada comercial, sendo não raro despertados e surpreendidos por gritos, pontapés ou xingamentos. Então tomam seus míseros pertencentes e deslocam-se de ponto em ponto, de rua em rua, de praça em praça, tentando encontrar uma espécie de porto seguro, onde a caridade às vezes retórica e verbosa tenha-se materializado em ação concreta. Não é isso que buscam, entretanto. A esmola rega o pão de cada dia com as lágrimas da vergonha e da impotência. Buscam trabalho e um futuro menos amargo, tem mãos e braços sadios, dispõem-se a migrar de um lado para outro conforme os ventos de uma eventual oportunidade. Mas as portas lhes estão cerradas.

O Papa Francisco os chama de “descartáveis”, outros os classificam como “sobrantes”. De uma forma ou de outra, porém, encontram-se inseridos no mercado trabalho. Inseridos às avessas, pela porta dos fundos. Mais do que excluídos, afirmam alguns sociólogos, estão sim incluídos, perversamente incluídos. Na fronteira ambígua entre o mercado formal e informal, consciente ou inconscientemente, exercem uma função fundamental para a lógica dos que comandam a lei do lucro a qualquer preço e da acumulação do capital. Aparentemente invisíveis ou ignorados, pressionam os salários para baixo. A simples existência desse gigantesco e crescente “exército de reserva” faz com que a classe trabalhadora se mantenha de mãos atadas. As forças vivas organizativas perdem seu poder e potencial de mobilização.

Eles costumam ser convertidos em números, estatísticas, percentuais. Embora se contem aos milhares e milhões, a sociedade insiste em escapar de um olho-no-olho ou face-na-face, na vã tentativa de escapar ao encontro. Esconde-se e ao mesmo tempo os esconde atrás de um véu tênue e fictício. A pandemia do Covid-19 e o consequente “auxílio emergencial”, entretanto, rasgaram esse véu mal costurado, trazendo-os à plena luz do dia. Conferiu-lhes uma incômoda e imprevista visibilidade. As filas se multiplicaram pelas agências da Caixa Econômica. E então, meio que confusos e envergonhados, todos descobrimos que essa multidão errante, às vezes sem os documentos em dia e mesmo sem registro de qualquer espécie, possui nome e sobrenome, rosto único, histórico pessoal e familiar, além de sonhos e esperanças. E mais, constamos que em lugar de uma ajuda eventual, de um olhar complacente ou da caridade pura e simples, o que eles de fato desejam e revelam é o desejo de encontrar emprego, de trabalhar, de ganhar o pão e sustentar a família com o suor da dignidade humana.

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