Cientistas fazem novo apelo por liderança ética global diante da pandemia

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19 Mai 2020

Após carta enviada à Organização das Nações Unidas em 21 de abril, com mais de 120 entidades instando a agência a convocar uma “Força-Tarefa pela equidade global em saúde” com o dever de exercer uma liderança global para resposta à pandemia, cientistas publicaram um novo texto na revista científica The Lancet.

A reportagem é de Pedro Martins, publicada por Associação Brasileira de Saúde Coletiva - Abrasco, 18-05-2020. 

Coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris/Fiocruz), o abrasquiano Paulo Buss é um dos autores da nova carta que reafirma a necessidade de liderança ética global diante da pandemia apontando que “as pessoas desfavorecidas têm maior risco de infecção e morte por Covid-19 e têm menos acesso aos cuidados devido a sistemas que tratam a saúde como uma mercadoria e não como um direito humano”.

No documento, intitulado “Iniquidade em saúde durante a pandemia do COVID-19: um apelo pela liderança ética global“, os cientistas também denunciam que “apesar de atos de solidariedade generalizados, estamos testemunhando estoques inescrupulosos de países ricos e tentativas de muitos de obter lucros da crise”. O texto ainda retoma todo o histórico de propostas da carta de 21 de abril, como, por exemplo, a necessidade de promover medidas para fortalecer os sistemas universais de assistência à saúde em todo o mundo.

Confira o texto na íntegra

Leia um trecho do texto:

Iniquidade em saúde durante a pandemia do COVID-19: um apelo pela liderança ética global

Relatórios amplos de impacto desproporcional da pandemia do COVID-19 entre comunidades já vulneráveis ​​em todo o mundo, da cidade de Nova York a Nova Orleans e Chicago, às imagens chocantes de corpos nas ruas do Equador, representam um prelúdio do impacto na população de baixa renda e países de renda média, onde vive mais de 80% da população mundial. As pessoas desfavorecidas têm maior risco de infecção e morte por COVID-19 e têm menos acesso aos cuidados devido a sistemas que tratam a saúde como uma mercadoria e não como um direito humano. Além disso, a maioria dos sistemas de saúde não está preparada para lidar com uma pandemia dessa magnitude. Os sistemas oprimido da Europa e dos EUA são lembretes ameaçadores dos desafios enfrentados nos países pobres.

Apesar de atos de solidariedade generalizados, estamos testemunhando estoques inescrupulosos de países ricos e tentativas de muitos de obter lucros da crise. A acumulação e a especulação devem ser condenadas nos termos e medidas mais fortes adotados globalmente para garantir acesso equitativo aos países com menos recursos.

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