Após caso da carta de Ratzinger, Viganò renuncia

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22 Março 2018

A carta de Bento XVI que foi lida pelo prefeito da Secretaria para a Comunicação, durante a apresentação da coletânea de 11 volumes sobre a teologia do Papa Francisco, ganhou tamanha dimensão que obrigou o próprio prefeito a renunciar. O Papa aceitou sua renúncia. Até a nomeação do novo prefeito, o Dicastério ficará sob a direção do secretário, monsenhor Lucio Adrián Ruiz. O anúncio foi realizado pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke.

A reportagem é de Domenico Agasso Jr., publicada por Vatican Insider, 21-03-2018. A tradução é do Cepat.

Com o comunicado, o Vaticano revelou a carta que o Pontífice enviou a monsenhor Dario Edoardo Viganò e também a do destinatário. Nesta segunda, lê-se: “nos últimos dias, surgiram muitas polêmicas sobre minha atuação que, para além das intenções, desestabiliza o complexo e grande trabalho de reforma que o senhor me encomendou, em junho de 2015, e que agora vê, graças à contribuição de muitíssimas pessoas a partir do pessoal, cursar a reta final”.

Agradecendo ao Papa “pelo acompanhamento paternal e firme que me ofereceu com generosidade, neste tempo, e pelo renovado apreço que quis me manifestar até nosso último encontro”, Viganò pede que Francisco aceite “meu desejo de ficar de lado e me colocando, caso o senhor deseje, à disposição para colaborar em outras modalidades”.

E faz isso, afirma a mensagem, “no respeito às pessoas que comigo trabalharam, nestes anos, e para evitar que minha pessoa possa de alguma maneira atrasar, prejudicar ou até mesmo bloquear o já estabelecido pelo Motu Proprio O atual contexto comunicativo, de 27 de junho de 2015”, e, sobretudo, “por amor” à Igreja e ao Papa.

Em sua carta de resposta, publicada hoje pelo Vaticano, o Papa Francisco aceita esta renúncia “não sem esforço”. Após seus últimos encontros, lembrou o Pontífice, “e depois de ter refletido e ter ponderado atentamente as motivações de seu pedido de dar “um passo para trás” na responsabilidade direta do Dicastério para as Comunicações, respeito sua decisão e aceito, não sem esforço, a renúncia como Prefeito”.

Desse modo, Viganò conclui seu mandato, que se iniciou com a instituição, por parte do Papa Francisco, pelo Motu Proprio de 27 de junho de 2015 (segundo lembrou o próprio Viganò, em sua carta), da Secretaria para a Comunicação. Este novo organismo foi um dos primeiros resultados da reforma da Cúria que Francisco colocou em marcha, desde que começou seu Pontificado. Foi encomendado ao dicastério o sistema de comunicações da Santa Sé, integrando “todas as realidades que, de diversas maneiras, até agora, se ocuparam da comunicação”, com o objetivo de responder “cada vez melhor às exigências da missão da Igreja”.

Nele confluíram o Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, a Sala de Imprensa da Santa Sé, o Serviço Fotográfico, a Livraria Editora Vaticana, a Rádio Vaticano, o Centro Televisivo Vaticano, o Serviço de Internet do Vaticano. Ainda restam, como recordou o próprio Papa, L’Osservatore Romano e a Tipografia Vaticana, que se incorporarão em breve.

Também lhe foi encomendada a gestão do sítio institucional da Santa Sé (www.vatican.va) e as contas nas redes sociais do Papa (Twitter@pontifex e Instagram@Franciscus). Além disso, há pouco, a Secretaria inaugurou o novo portal multimídia Vatican News.

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