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Cresce a pluralidade religiosa nas capitais brasileiras entre 1991 e 2022. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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24 Junho 2025

Com o avanço da democracia, urbanização e pluralismo, o Brasil passou a ser um país religiosamente diversificado.

O artigo é de José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia, publicado por EcoDebate, 23-06-2025.

Eis o artigo.

A história do Brasil está intrinsecamente ligada à presença da Igreja Católica. A hegemonia católica no Brasil até o final do século XX foi resultado de uma construção histórica, institucional e cultural. Durante muito tempo o brasileiro foi sinônimo de católico.

A Igreja Católica foi designada como religião oficial desde a colonização portuguesa. O Padroado (sistema pelo qual o rei de Portugal controlava a Igreja no Brasil) significava que a Igreja era parte do aparelho do Estado: padres eram pagos pelo governo e só a Igreja podia realizar casamentos, batismos, outros registros civis e até sepultamento.

Durante séculos, educação, assistência social e moral pública estavam nas mãos da Igreja. Havia presença obrigatória da Igreja nas escolas e eventos públicos, com influência direta sobre costumes e valores. Outras religiões eram proibidas ou discriminadas. O protestantismo, por exemplo, só cresceu lentamente entre imigrantes e em regiões marginais. Religiões afro-brasileiras eram perseguidas como crime ou feitiçaria.

A Igreja construiu uma rede capilar de paróquias por todo o país, especialmente nas áreas rurais, o que a manteve como presença constante na vida cotidiana. Ela era uma das instituições mais respeitadas e enraizadas da sociedade brasileira.

O primeiro censo demográfico brasileiro, realizado em 1872, na comemoração dos 50 anos da Independência, indicou que a Igreja Católica abarcava 99,7% da população brasileira. No segundo censo, em 1890, no primeiro ano da República, as filiações católicas representavam 98,9% da população.

Cerca de cem anos depois, em 1991, a Igreja Católica perdeu em média 1,5% de fiéis por década, mas continuava muito forte, alcançando 83,3% da população brasileira. A tabela abaixo mostra que, em 1991, Teresina – capital do Piauí – tinha 92,2% de católicos, 4,1% de evangélicos, 1,9% de sem religião e 1,8% de outras religiões. A maioria das capitais do Nordeste e do Norte tinham mais de 80% de filiações católicas e menos de 10% de evangélicos, além de baixas percentagens do grupo sem religião e de outras religiões.

Reprodução: EcoDebate

A maioria das capitais do Sudeste, Sul e Centro-Oeste tinham percentagens de católicos entre 70% e 80%. A cidade do Rio de Janeiro tinha a menor percentagem de católicos, a sexta maior percentagem de evangélicos e as maiores percentagens do grupo sem religião e de outras religiões. A capital fluminense tinha a maior pluralidade religiosa das capitais brasileiras.

Além da distribuição percentual do quatro grupos religiosos, a tabela abaixo mostra o índice de Gini foi adaptado para medir a concentração ou o monopólio religioso e, inversamente, o grau de pluralidade religiosa de uma população. O índice de Gini é mais utilizado para medir a desigualdade de renda. Ele varia de 0 a 1: onde 0 = igualdade perfeita (todas as pessoas ganham o mesmo) e 1 = desigualdade total (uma pessoa tem tudo e as outras nada).

Aplicando a mesma fórmula à distribuição religiosa, o índice de Gini mede quão desigualmente a população está distribuída entre as diferentes religiões: 0 = pluralidade máxima: todos os quatro grupos têm a mesma proporção de fiéis e 1 = monopólio total e 100% da população segue uma única religião.

Em 1991, todas as capitais (com exceção de uma) tinham índice de Gini alto e acima de 0,500. Para o Brasil o índice era de 0,613 e Teresina com Gini de 0,684 era a capital com a maior concentração religiosa, com 92,2% de filiações católicas. Além de Teresina havia mais 12 capitais com índice de Gini acima de 0,600.

A única capital com Gini abaixo de 0,500 era a cidade do Rio de Janeiro que tinha 69,3% de filiações católicas, 10,3% de filiações evangélicas, 11,5% de pessoas sem religião e 9% de outras religiões, com Gini de 0,455 em 1991. Mas em três décadas a situação mudou bastante.

Os dados da tabela acima também mostram que a única capital, em 2022, com índice de Gini acima de 0,500 foi Teresina, que continua a capital com a maior concentração religiosa, embora tenha aumentado o grau de pluralidade, pois o Gini passou de 0,684 em 1991 para 0,526 em 2022. Na capital do Piauí os católicos continuam fortes, com 70,2%, embora valor menor do que o percentual de 1991. Os outros 3 grupos também aumentaram, mas ficaram abaixo da média nacional.

O índice de Gini caiu no Brasil e em todas as capitais, mostrando que o avanço da transição religiosa tem contribuído para uma menor concentração religiosa e uma maior pluralidade e diversidade de crenças. As cidades de Boa Vista (RR), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ) apresentam os menores índices de Gini (em torno de 0,240) e o menor grau de desigualdade.

Embora o índice de Gini tenha caído em todas as capitais, foi no Nordeste que as quedas foram menores e foi na região Norte que as quedas foram mais significativas no período. No Centro-Oeste as quedas também foram expressivas.

De fato, a partir de 1991, o Brasil começou a viver uma aceleração da pluralização religiosa. Esse fenômeno ocorreu por uma combinação de transformações sociais, políticas, econômicas e culturais: A Constituição de 1988 garantiu liberdade plena de culto e igualdade entre as religiões, encerrando formalmente qualquer privilégio da Igreja Católica. Isso permitiu o florescimento de grupos antes marginalizados ou reprimidos.

Igrejas pentecostais e neopentecostais, como a Assembleia de Deus e a Igreja Universal, expandiram-se rapidamente. Seu modelo é mais flexível e emocional, com foco em curas, milagres, mídia e inserção nas periferias urbanas.

A urbanização e a migração interna enfraqueceram a estrutura social tradicional — incluindo o catolicismo paroquial. A vida urbana favoreceu opções religiosas mais adaptáveis ao contexto moderno, como as igrejas evangélicas, espiritualistas e até o crescimento dos “sem religião”.

O catolicismo permaneceu importante, mas perdeu o monopólio da identidade religiosa. Muitos brasileiros passaram a escolher ativamente suas crenças, alternando entre religiões ou optando por não se filiar a nenhuma (crescimento dos “sem religião”).

A Igreja Católica teve dificuldades em renovar seus quadros e competir com a agilidade das novas igrejas, especialmente nas periferias. Seu discurso tradicional responde menos às demandas de consumo religioso contemporâneo. O gráfico abaixo resume como se deu a redução do índice de Gini no Brasil e capitais.

Reprodução: EcoDebate

Em síntese, a hegemonia católica foi sustentada por séculos de vínculo com o Estado e o domínio social, mas a partir de 1991, com o avanço da democracia, urbanização e pluralismo, o Brasil passou a ser um país religiosamente diversificado. A partir de então, vive-se uma transição religiosa, com forte pluralidade e declínio contínuo da participação católica e aumento dos outros três grupos, ainda que o catolicismo continue numericamente relevante. O Brasil ainda mantém o título de maior país católico do mundo.

Referências:

ALVES, JED et al. Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil, Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 29, n. 2, 2017, pp: 215-242

ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI, Escola de Negócios e Seguro (ENS), (com a colaboração de Francisco Galiza), maio de 2022.

ALVES, JED. A transição religiosa no Brasil: 1872-2049, Ecodebate, 09/06/2025

ALVES, JED. Transição religiosa em Japeri (RJ) e no Brasil, Ecodebate, 16/06/2025

Leia mais

  • Dados sobre as religiões no mundo e no Brasil. Artigo de Faustino Teixeira
  • Transição religiosa em Japeri (RJ) e no Brasil. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
  • O que os números do Censo de 2022 dizem sobre a pertença religiosa no Brasil? Artigo de Geraldo Luiz De Mori, SJ
  • Censo religioso: desafios e brechas para a caridade coletiva. Artigo de Roberto Malvezzi
  • O panorama religioso no Brasil: perspectivas para as próximas décadas com base no Censo 2022. Artigo de Robson Ribeiro
  • Censo 2022: Crescimento de sem religião favorece a laicidade nacional
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