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07 Junho 2025

"O avanço dos evangélicos no Brasil confirma uma tendência contínua de crescimento e maior presença social, política e cultural. No entanto, os dados do Censo de 2022 revelam um ritmo de expansão menor do que o observado entre 2000 e 2010, contrariando parte das projeções que apontavam para uma possível ultrapassagem dos católicos já neste ciclo", comenta Jeferson Batista, jornalista, mestre e doutorando em Antropologia Social na Unicamp.

Eis o artigo.

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (6) os dados sobre religião do Censo Demográfico 2022. Entre as estatísticas, três recortes concentram maior expectativa: a proporção de evangélicos, católicos e pessoas sem religião no Brasil. Além deles, chamam atenção os números de adeptos de religiões de matriz africana.

É preciso, no entanto, colocar uma lente crítica sobre esses dados. A identidade religiosa, por mais central que possa ser na vida das pessoas, precisa ser articulada com outras dimensões — como raça, gênero, classe e território. A análise se torna mais relevante quando combina dados quantitativos com interpretações qualitativas e sensíveis ao contexto social.

Entre 2010 e 2022, o catolicismo apostólico romano caiu de 65,1% para 56,7% da população, uma redução de 8,4 pontos percentuais. Em números absolutos, são 100,2 milhões de católicos com 10 anos ou mais. No mesmo período, os evangélicos cresceram de 21,6% para 26,9% — somando 47,4 milhões de pessoas — e os sem religião passaram de 7,9% para 9,3%. Umbanda e candomblé, juntos, triplicaram sua proporção, de 0,3% para 1,0%. Já o espiritismo teve uma leve queda, de 2,2% para 1,8%.

O avanço dos evangélicos no Brasil confirma uma tendência contínua de crescimento e maior presença social, política e cultural. No entanto, os dados do Censo de 2022 revelam um ritmo de expansão menor do que o observado entre 2000 e 2010, contrariando parte das projeções que apontavam para uma possível ultrapassagem dos católicos já neste ciclo. Ainda assim, mudanças simbólicas indicam o fortalecimento evangélico no imaginário coletivo: em telenovelas da TV Globo, por exemplo, pastores-figurantes e igrejas com estética pentecostal passaram a ocupar um espaço antes exclusivo de padres e templos católicos.

Em números, os evangélicos passaram de 15,1% da população com 10 anos ou mais em 2000 para 21,6% em 2010, chegando a 26,9% em 2022. Isso representa um crescimento de 5,3 pontos percentuais nos últimos 12 anos — um aumento relativo de cerca de 24,5%. Apesar do intervalo de mais de uma década entre os dois últimos censos, o retrato atual revela uma expansão ainda consistente, mas mais moderada do que se previa.

Essas transformações devem acender uma luz amarela entre setores políticos e eleitorais mais alinhados ao campo progressista. Segundo pesquisa da Genial/Quaest, 66% dos evangélicos desaprovam o governo Lula, contra 30% que o aprovam. Entre católicos, a reprovação é de 53%, com 45% de aprovação. Ou seja, o crescimento evangélico precisa ser levado a sério, mas não de forma simplista.

As pessoas não são apenas religiosas. Ser evangélico não implica, automaticamente, rejeição ao governo atual ou a pautas progressistas. A atenção que se acende, portanto, é a da necessidade de compreender os evangélicos como uma força social ampla e diversa, que exige escuta e diálogo contínuos e, sobretudo, ir muito além dos ciclos eleitorais. Como têm alertado evangélicos progressistas: não basta buscar aproximação apenas em ano de eleição. O diálogo precisa ser constante e qualificado. Isso não significa ceder à chamada agenda moral conservadora, mas reconhecer a heterogeneidade interna do campo evangélico, no qual muitos fiéis estão mais preocupados com saúde, segurança e educação do que com pautas como o casamento homoafetivo.

Diferente dos católicos, os evangélicos não têm uma hierarquia institucional centralizada. Isso impõe dificuldades até mesmo práticas a quem deseja dialogar com o grupo. Quem representa os evangélicos? Um pastor de uma megaigreja? Um deputado da bancada evangélica? Ou um líder comunitário de uma igreja periférica? O campo evangélico é fluido, descentralizado e em constante disputa interna.

O catolicismo, apesar das perdas, continua sendo um campo religioso com grande capilaridade social e política. Sua influência permanece significativa, mesmo diante da redução no número de fiéis. Não se trata de um bloco homogêneo — apesar da hierarquia centralizada. Nas redes sociais, por exemplo, padres como Júlio Lancellotti e Frei Gilson mobilizam milhões de seguidores com visões sociopolíticas antagônicas, mas ambos reivindicam o mesmo pertencimento católico.

Vale perguntar: qual o peso do pontificado de Francisco nesse contexto? Desde que assumiu o papado, em 2013, com uma visita ao Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude, Francisco promoveu uma visão de Igreja “em saída”, voltada aos pobres, ao diálogo inter-religioso e às causas climáticas e sociais. Seu legado pode ter contribuído para a desaceleração da queda do catolicismo, mantendo-o relevante em meio a um cenário de transformações religiosas.

Por outro lado, a reação conservadora ao seu pontificado também se fortaleceu, aproveitando a onda autoritária que atinge diversas democracias ocidentais. A CNBB, principal organismo episcopal católico do país, enfrenta disputas internas e dificuldades em representar o conjunto dos fiéis. Já o clericalismo limita a visibilidade de outras expressões católicas, como as experiências do laicato, que poderiam ajudar a renovar a presença da Igreja na sociedade.

Nesse cenário, o crescimento do segmento “sem religião” se dá em um contexto de pluralização das formas de sentido e da diminuição do estigma social. Em outras palavras, dizer-se não religioso hoje já não causa tanto constrangimento. Resta saber se as categorias do Censo são capazes de capturar fenômenos mais difusos, como espiritualidades não institucionalizadas ou um cansaço com a religião organizada. Aqui, novamente, as ciências sociais qualitativas são fundamentais para complementar a análise.

Já o aumento dos adeptos das religiões afro-brasileiras acontece em meio à valorização das raízes africanas e ao fortalecimento da luta antirracista, mesmo com o avanço do ultraconservadorismo. As redes sociais, universidades e outros espaços de produção e difusão do saber têm contribuído para uma imagem mais positiva das religiões de matriz africana, o que pode ter incentivado maior autoidentificação no Censo. Esse crescimento é, em si, um dado importante e pode ser usado como ferramenta na incidência por políticas públicas de combate ao racismo religioso. O fato é que a diversidade religiosa fica ainda mais acentuada com os dados agora revelados.

Ainda sobre as religiões afro, vale registrar que o Rio Grande do Sul é a unidade da federação com o maior número de praticantes de Umbanda e Candomblé, com 3,2% da população. Um dado revelador que contrapõe narrativas que invibilizam a influência negra no estado.

Os dados do Censo não são apenas uma fotografia de pertencimentos religiosos. Eles também funcionam como termômetros das disputas por legitimidade, visibilidade e poder simbólico na sociedade brasileira. Por isso, será importante observar como as diferentes lideranças religiosas e políticas irão se apropriar desses números. Entender essas dinâmicas é essencial para pensar os rumos da política, da cultura e da democracia no Brasil.

 


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