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A meritocracia é um totem que culpabiliza a pobreza. Artigo de Tomaso Montanari

Foto: Nikko Balanial | Unsplash

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05 Outubro 2023

"A lógica do sucesso é o motor moral de uma economia monstruosa, que degrada os pobres, reduzindo-os a sub-humanos", escreve Tomaso Montanari, historiador de arte italiano, professor da Universidade Federico II de Nápoles, em artigo publicado por Il Fatto Quotidiano, 02-10-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Cada dia parece testemunhar um recorde de desumanidade abismal: leis monstruosas ameaçam trancafiar os mais pobres, aqueles que não podem pagar o resgate, em campos de concentração, violando seu corpo para verificar a sua idade. Nunca se sabe se um jovem de dezoito anos, em fuga da guerra ou da fome, nos engane para se salvar. Por que não nos rebelamos? É uma descida ao inferno que nos diz respeito: hoje como cúmplices mudos dos nossos governantes eleitos, amanhã como vítimas das práticas biopolíticas experimentadas nesses corpos de Série B. Em última análise, esta é a mensagem: os negros, os migrantes, os pobretões não são como nós. São menos. Pode-se fazer com eles o que nunca se faria com “pessoas como nós”. O que aconteceu conosco, afinal? Como chegamos aqui?

Parte da resposta se encontra nos chamados “valores” que governam a nossa sociedade: a sociedade da meritocracia, do sucesso “merecido”, do “salve-se quem puder” (quem puder economicamente, seja claro). A sociedade do passar por cima. É a fórmula que se destaca no belo livro que Enrico Mauro dedicou às ideias e palavras de Tonino Bello “Contro la società del sorpasso. Il pensiero antimeritocratico di don Tonino Bello” (Contra a sociedade da ultrapassagem. O pensamento antimeritocrático de Dom Tonino Bello, em tradução livre, San Paolo, 2023). Antonio Bello (1935-1993) foi bispo de Molfetta, e o Papa Francisco o declarou venerável, um primeiro passo no processo de canonização: a ele pertencia a voz mais radical e profética do episcopado italiano da segunda metade do século XX, uma voz que talvez só encontre termo de comparação adequado naquela de Dom Lorenzo Milani.

Enrico Mauro é um pesquisador em direito administrativo e é um leigo: seu interesse pela figura de Dom Tonino (além de alguns nexos totalmente pessoais) reside na frase de Martin Luther King que escolheu para abrir o livro: “Qualquer religião que professe uma preocupação com as almas dos homens, mas não esteja igualmente preocupada com as favelas a que eles estão condenados, é uma religião espiritualmente moribunda. Uma religião que termina no indivíduo, é uma religião que termina”. Como leigo, e sobretudo como ser humano que a vida levou a medir-se até o fim com as profundezas dolorosas da própria humanidade, Mauro busca (e encontra) nas palavras de Tonino Bello uma visão do mundo e das relações humanas espiritualmente viva. Aliás, revolucionária.

O radicalismo evangélico de Dom Tonino, que significa simplesmente a sua disposição para assumir para si as ideias e as palavras de Cristo, soube desmantelar, desmistificar, denunciar a lógica atroz do sucesso que fundamenta a nossa sociedade. Num dos seus escritos mais admiráveis, a carta de votos à diocese no Natal de 1985 (em plena “Itália para beber” de Craxi), escreve: “Deus que se faz homem faça vocês se sentirem vermes toda vez que a carreira se torna o ídolo da sua vida; o passar por cima […] projeto de seus dias; as costas do próximo […] instrumento das suas escaladas”. Como Mauro comenta: “não são exatamente as palavras que se imaginaria ouvir indo à igreja no Natal, antes de se empanturrarem.” Mas Dom Tonino sabia que precisamente isso, o sucesso, era o novo ídolo: “A carreira. Esta inescrupulosa profissão do carreirismo pela qual todo soldado francês, como Napoleão gostava de dizer, carrega em sua gibeira o bastão do marechal da França. A carreira. Essa idolatria escorregadia dos alpinistas sociais, diante de cujo altar tantas pessoas oferecem holocaustos.”

O bispo via que o culto ao sucesso era o motor moral de uma economia monstruosa, que degrada os pobres, aqueles que não conseguem sobreviver, reduzindo-os a sub-homens: “A economia desumana, a exasperação dos parâmetros econômicos reduzidos a critério supremo da convivência humana, as lógicas de guerra [que] passaram dos campos de batalha para as mesas de uma economia que penaliza os pobres, o domínio absoluto da lógica do lucro [que] é a verdadeira causa dos graves desequilíbrios do mundo contemporâneo, [...] que dá origem ao êxodo de milhões de 'condenados da terra' em direção às nossas sociedades opulentas”.

Como vê claramente Enrico Mauro, uma “consequência da chamada ‘meritocracia’ é a mudança da cultura da pobreza. O pobre é considerado um desmerecedor e, portanto, um culpado. E se a pobreza é culpa do pobre, os ricos são exonerados de fazer qualquer coisa. Essa é a velha lógica dos amigos de Jó, que queriam convencê-lo de que ele era culpado da sua desgraça. Mas não é a lógica do Evangelho, não é a lógica da vida”.

A lógica do Evangelho: aquela à qual Dom Tonino dedicou toda a sua vida e a sua inteligência.

Aquela que parece faltar completamente a quem diz querer defender Deus (!), ao mesmo tempo que despoja os mais pobres (ou seja, precisamente aqueles em quem Deus disse que voltaria a nós) de toda a dignidade humana. Quase como se o nosso verdadeiro sucesso conectivo – a nossa ultrapassagem – fosse ter nascido brancos e cristãos, alguns quilômetros mais a norte.

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