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Washington 1963. O desejo do sonho e a realidade do pesadelo

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29 Agosto 2023

"Ninguém falou de um sonho realizado quando Obama foi eleito. Pelo contrário, como Kareem Abdul-Jabbar escreveu após o assassinato de George Floyd por um policial, em 25-05-2021, nos Estados Unidos o racismo está em toda parte, é como 'a poeira atmosférica'”, escreve Bruno Cartosio, em artigo publicado por Il Manifesto, 27-08-2023. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo.

Em 28-08-1963, Martin Luther King acompanhou os negros estadunidenses aos guichês do “banco da justiça” para pedir o pagamento da promissória vencida que os Estados Unidos haviam emitido em nome de seu povo. E que até então apenas fingiram pagar, emitindo sempre “cheques a descoberto”. Os negros tinham razão ao exigir que os Estados Unidos respeitassem os elevados princípios que eles próprios haviam estabelecido. E imaginando que um dia pudessem fazê-lo, tornava-se possível “sonhar” com um mundo de igualdade e liberdade para todos. Irmãos.

Naquele dia, King foi o último a falar, apresentado pelo idoso ex-sindicalista negro A. Philip Randolph como “o guia moral do nosso país”. Ele falou como tal. A construção retórica de seu discurso foi perfeita. A denúncia inicial da vergonha histórica do racismo e das infinitas inadimplências do poder deviam suscitar a indignação moral dos presentes, mas também abrir finalmente as brechas à esperança, com a prefiguração do que poderia ser um futuro de harmonia entre as raças, em vez de prevaricação e opressão. A reiteração do “sonho”, em crescendo, com as diversas imagens que a cada repetição tinham que ilustrá-lo e torná-lo desejável, foi o ápice do discurso. Até à invocação final libertadora e profética: “Que de cada encosta a liberdade ressoe. E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra: Finalmente livres! Finalmente livres! Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente".

O sermão durou menos de meia hora. King teve muito cuidado ao prepará-lo, ao equilibrar as palavras e construir a linha. A certa altura abandonou a leitura, conta-se, e é certamente verdade que Mahalia Jackson, atrás dele, a certa altura o incentivou: "Martin, conte a eles sobre aquele sonho!" King foi de improviso, não por entusiasmo, mas porque sabia de cor o que queria dizer; ele já o havia dito outras vezes. E Mahalia pediu para falar do “sonho” porque conhecia tanto o seu conteúdo como a sua eficácia: King já havia empregado tal estratagema retórico algumas semanas antes em Detroit, em outra manifestação com mais de 100 mil participantes. Este “1963 é um começo”, disse King nas falas iniciais. Não era verdade, naturalmente. O movimento do qual ele próprio era testemunha viva já durava há quase dez anos. E também era testemunha A. Philip Randolph, o sindicalista que em 1941 havia convocado para um Marcha em Washington dos trabalhadores negros, que Roosevelt havia evitado pela emissão de uma Ordem Executiva com o qual bania as discriminações baseadas “em raça, credo, cor, origem nacional” nos empregos públicos e nas indústrias envolvidas na produção bélica. Na época e no pós-guerra a segregação racial e as discriminações nos locais de trabalho não cessaram na realidade. Em 1963, a grande manifestação “pela liberdade e pelo trabalho” dizia que era necessário um novo começo.

Dois anos mais tarde, após o assassinato de Malcolm X em fevereiro e após o Black Riot de Watts em Los Angeles, King reconheceu que o sonho havia se transformado em “um pesadelo”. Ele deu ainda momentaneamente confiança a Lyndon Johnson pelas suas políticas sociais, mas depois de seus fracassos e após o início da escalada no Vietnã, foi obrigado a admitir que estava errado: “Continuei pensando que as instituições atuais poderiam ser reformadas, uma pequena mudança aqui, uma pequena mudança ali. Agora penso de uma forma completamente diferente. Acredito que devemos ter uma reconstrução de toda a sociedade, uma revolução de valores”, com uma “redistribuição radical do poder econômico e político” e uma “reconstrução radical” da sociedade. Malcolm X havia se aproximado de King, e o King do fim havia se aproximado do Malcolm do fim. Mas já era tarde. Ele tinha contra si a grande mídia e Washington. Ele já não era mais reconhecido como líder moral do seu povo e, após as revoltas de 1967, o seu papel político era contestado por outros protagonistas, por outras forças.

No entanto, a raiva pelo seu assassinato em 1968 desencadeou a última grande revolta negra em todo o país. Em 2018, 50 anos depois, os trabalhadores do McDonald's de Memphis - onde foi morto após participar na greve dos lixeiros - entraram em greve no dia 4 de abril para lembrar o seu empenho pela "justiça econômica e racial". E agora, 60 anos depois, apesar das mudanças legislativas conquistadas pelo movimento dos direitos civis, a presença temporária de um afro-estadunidense na Casa Branca ainda teve o poder de despertar o racismo que parecia adormecido nas instituições e na sociedade.

Ninguém falou de um sonho realizado quando Obama foi eleito. Pelo contrário, como Kareem Abdul-Jabbar escreveu após o assassinato de George Floyd por um policial, em 25-05-2021, nos Estados Unidos o racismo está em toda parte, é como “a poeira atmosférica”. E como décadas antes, os herdeiros de Martin e Malcolm são obrigados a um outro novo começo, voltando às ruas para gritar que as vidas negras importam.

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