Papa Francisco permitiu que Nancy Pelosi recebesse a comunhão apesar de seu apoio ao aborto e afirmou que “há espaço para todos”

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30 Junho 2022

 

  • A Arquidiocese de São Francisco nega o sacramento à política americana por sua posição sobre a interrupção da gravidez.

 

  • A deputada democrata participou da missa celebrada por Francisco junto com uma delegação do Congresso dos EUA.

 

A disputa entre conservadores e progressistas da Igreja Católica acrescentou um novo episódio nesta quarta-feira, depois que o Papa Francisco permitiu que a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, recebesse a comunhão, apesar de seu apoio ao direito ao aborto.

 

A informação é publicada por Clarín, 29-06-2022.

 

Pelosi assistiu à missa matinal no feriado de São Pedro e São Paulo, durante a qual o pontífice impôs a estola aos arcebispos recém-consagrados. O político democrata sentou-se em uma seção reservada aos diplomatas e recebeu comunhão com os demais fiéis, segundo duas pessoas que presenciaram o momento.

 

Durante a missa, e quase como se antecipasse a polêmica que estava por vir, o pontífice afirmou que na igreja "há espaço para todos", mas lamentou as "muitas resistências internas" e a preguiça que o impedem de "conseguir indo".

 

"Não nos esqueçamos desta palavra, todos, vão às ruas e tragam todos. Os cegos, os surdos, os coxos, os doentes, os justos, os pecadores, todos, todos. Esta palavra do Senhor deve ressoar nas mentes e corações de todos Na igreja há lugar para todos", defendeu.

 

"Muitas vezes somos uma igreja de portas abertas, mas para demitir e condenar as pessoas", acrescentou.

 

Deve ser lembrado que Pelosi não pode comungar em sua arquidiocese. Salvatore Cordileone, o arcebispo de São Francisco, disse que não permitiria que ela recebesse o sacramento por causa de seu apoio ao direito ao aborto. A religiosa, uma conservadora, indicou que Pelosi deve retirar seu apoio ao aborto ou parar de falar em público sobre sua fé católica.

 

Nancy Pelosi, católica e a favor da legalização do aborto

 

Pelosi não fez nenhum dos dois. Ela chamou a recente decisão da Suprema Corte de retirar as proteções constitucionais para o aborto de "ultrajante e comovente" que atende ao "objetivo obscuro e extremista (do Partido Republicano) de privar as mulheres do direito de tomar decisões sobre sua própria saúde".

 

E ela falou abertamente sobre sua fé, inclusive em uma recepção na residência do embaixador dos EUA na Santa Sé na noite de terça-feira.

 

Em um discurso para embaixadores, funcionários do Vaticano e outros americanos que vivem em Roma, Pelosi falou sobre as virtudes católicas da fé, esperança e caridade, e o importante papel que desempenham na missão diplomática americana.

 

“A é um dom importante, nem todos a têm, mas é o caminho para muitas outras coisas”, disse.

 

Pelosi se encontrou com Francisco na quarta-feira antes da missa e recebeu uma bênção, de acordo com um dos participantes da Eucaristia.

 

Embora o papa presidisse a missa, ele não distribuiu a comunhão, então Pelosi recebeu o sacramento de um dos muitos padres encarregados da tarefa. Desde seu tempo como arcebispo de Buenos Aires, Francisco nunca negou a comunhão para evitar transformar o momento em um ato político.

 

O presidente Joe Biden, outro católico que apoia o direito ao aborto, disse após uma audiência com Francisco no ano passado que o pontífice lhe disse para continuar recebendo o sacramento. Mais tarde, Biden recebeu a comunhão durante uma missa em uma igreja em Roma que está sob a autoridade do papa, que também atua como bispo de Roma.

 

A participação de Pelosi na comunhão dentro de uma missa papal no Vaticano é ainda mais significativa e um sinal da relutância de Francisco em negar o sacramento. O papa descreveu a Eucaristia "não como um prêmio para os perfeitos, mas como um remédio poderoso e alimento para os fracos".

 

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