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Por que a comida saudável não faz parte da rotina da maioria das brasileiras e dos brasileiros?

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22 Dezembro 2021

 

Livro aponta a relação direta entre a concentração de terra, a inflação dos alimentos e o que chega à mesa das famílias.

 

A reportagem é de Nara Lacerda, publicada por Brasil de Fato, 19-12-2021.

 

Ouça o áudio.

 

Nos últimos 15 anos, o preço dos alimentos no Brasil vem subindo initerruptamente e em níveis superiores aos índices de inflação registrados no período. Esse movimento é ainda mais perceptível na análise dos valores cobrados por comida saudável no país, cada vez menos presente nas mesas das famílias brasileiras, principalmente as de renda mais baixa.

Os dados estão reunidos na livro eletrônico Dinâmica e Diferenças dos Preços dos Alimentos no Brasil, de autoria do economista e pesquisador Valter Palmieri, publicado pela ACT Promoção de Saúde. Ele apresenta um relatório completo e detalhado sobre a evolução dos preços dos alimentos no país e explicita o peso que questões como a concentração de terra e a superindustrialização da produção de comida têm na qualidade e na quantidade de nutrientes que brasileiros e brasileiras conseguem consumir.

Entre a década de 1980 e o ano de 2006, os valores cobrados pela comida no Brasil tiveram queda em relação ao Índice Nacional de Preços ao consumidor (IPCA), que mede as tendências da inflação. A partir de então, o sentido se reverteu. Até abril de 2021, os alimentos aumentaram 38% em relação ao IPCA. A publicação alerta para o caráter sistemático dessa alta, que pode indicar continuidade do movimento pelos próximos anos.

 

Preço dos alimentos cresce acima da inflação. (Foto: Reprodução da obra original com autorização do autor | Brasil de Fato)

 

O cenário teve agravamento ainda mais considerável em períodos mais recentes, especialmente na pandemia. De janeiro de 2020 a março de 2021, o IPCA geral foi de 6,44%. Alimentos e bebidas subiram 26,59%. Palmieri destaca que a conjuntura atual piora a situação. Desemprego, informalidade, queda na renda e insegurança alimentar fazem com que o peso dos preços da comida seja ainda mais sentido pela população do que há alguns anos.

"De 2006 até 2014, o salário mínimo teve ampliação em seu valor real em um ritmo muito superior ao aumento do preço dos alimentos, além de outros aspectos positivos em termos de políticas sociais e resultados econômicos, como a queda do desemprego e ampliação da formalização na economia (...) fatores positivos foram interrompidos a partir de 2015, e por força contrária o preço dos alimentos continuou subindo", pontua o autor.

O valor cobrado pela alimentação subiu no mundo todo por causa da crise sanitária. Nas nações desenvolvidas foram aplicadas medidas para resolver o problema. Já em países como o Brasil, com menor índice de desenvolvimento e exportadores líquidos de alimentos, a questão se agravou. O livro traz dados que mostram aceleração mais intensa justamente no preço da comida in natura. Nos últimos anos, até mesmo o arroz e o feijão - que historicamente ficavam de fora dessa dinâmica - entraram na equação.

Um exemplo dessa discrepância está no custo das frutas, que subiu 89% a mais que o IPCA. Na comparação com o grupo de açúcar e derivados, que inclui açúcar refinado e cristal, balas, chocolates em barra, bombons, sorvete e achocolatados, a diferença foi de 114%.

"Preocupa principalmente quando relacionamos essa diferença à elevada desigualdade de renda e o desemprego no Brasil. Basta pensar que quanto menor é a renda básica de uma família mais ela vai depender do preço do alimento para escolher o que comer", alerta o livro.

A situação das frutas ilustra os impacto de uma prática histórica e que faz parte das bases da economia brasileira: a concentração de terras e o uso do solo unicamente para fins exploratórios. Desde a colonização, o país utiliza grandes espaços com culturas poucos diversificadas, que atendem muito mais à demanda internacional do que às necessidades da população.

Essa realidade se aplica não só às monoculturas de soja, açúcar e milho, mas também a alimentos in natura, que ficam escassos no mercado nacional.

 

Gráfico do livro mostra evolução dos preços de diferentes tipos de alimentos. (Foto: Reprodução da obra original com autorização do autor | Brasil de Fato)

 

Entre 2006 e 2009, produtos vegetais tiveram um salto de 286% nas exportações e os de origem animal cresceram 106%. No mesmo período, o aumento nas vendas de produtos processados para o exterior foi bem menor, ficou em 22%. "O Brasil é o maior exportador total líquido dos alimentos processados e de origem vegetal e o segundo de origem animal, tendo totalizado US$ 68 bilhões de saldo líquido em 2019", pontua a publicação.

Palmieri adverte que o título "tem consequências na produção e nos preços dos alimentos no Brasil, pois quando exportamos demais, temos incentivos internos para produção, que se refletem no valor da terra, no grau de monopólio, logo na produção de alimentos menos lucrativos".

Em 1980, havia 6,24 milhões de hectares destinados à produção de arroz no Brasil. Em 2019 a área caiu para 1,71. No caso do feijão, o país saiu de 4,64 milhões de hectares para 2,61 milhões de hectares nesse mesmo período.

O espaço dedicado ao cultivo das quatro frutas mais consumidas no país diminui 31% entre 1999 e 2019. Foi observada estabilidade nas culturas de legumes, mas elas ocupam um lugar tímido entre o que é produzido nacionalmente. O Brasil ocupa o 21º lugar na lista dos que mais plantam esse tipo de alimento, atrás de nações como o Irã e o Japão, que têm cinco vezes menos terras aráveis do que nós.

Em paralelo, crescem os hectares destinados à soja, ao açúcar, ao milho e à criação de gado, para atender principalmente o mercado externo. A agricultura familiar encolhe, perde políticas de incentivo e tem cada vez menos condições de garantir a soberania alimentar das famílias brasileiras. Entre 2006 e 2017, houve queda de 9,5% nas unidades de produção e declínio de mais de de 17,6% na área ocupada.

 

 

Em entrevista ao programa Bem Viver, Valter Palmieri afirma que a grande indústria dos ultraprocessados se beneficia da produção de commodities, "ela cria, a partir desses poucos produtos, milhares de novos sabores artificiais e consegue baratear cada vez mais para ampliar o mercado. É para ampliar o mercado e ter o monopólio cada vez maior, reduzindo cada vez mais os custos em relação ao alimento que precisa da terra".

O impacto dessa realidade é sentido no bolso, no desenvolvimento e na saúde de milhões de famílias no Brasil. Com menos dinheiro para adquirir comida de verdade, cresce o consumo de itens que são comprovadamente ligados ao desenvolvimento de doenças crônicas e ao aumento da desnutrição. 

"A questão é que o monopólio nunca foi desfeito, ele se amplia. Tudo isso fez com que o preço das commodities subisse bastante, provocou uma hipervalorização da nossa terra e expulsou o pequeno produtos, que é o que mais produz alimento de verdade, para produzir mais ainda soja, milho e açúcar. O fato mais grave é esse: terra dedicada a produzir o alimento que a gente consome todos os dias está cada vez caindo mais", alerta Palmieri.

 

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