Digitalização, Mercado e bens simbólicos: a transformação dos atores sociais em produção e recepção

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Por: Guilherme Tenher Rodrigues | 04 Novembro 2020

Os processos de digitalização, acelerados pela pandemia, revelaram algumas tendências que já permeavam o mundo das comunicações online, especialmente aquelas realizadas nas grandes plataformas sociais, transformando o papel dos receptores, criadores de conteúdo, bem como os processos de comercialização de produtos, signos e diferentes serviços. Os Cadernos IHU Ideias número 305 trazem o estudo intitulado “A transformação dos atores sociais em produção e recepção: trajeto empírico-metodológico de uma pesquisa” de Aline Weschenfelder, doutora e mestra em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos.

Bens simbólicos

No artigo, Aline escreve que a transformação dos/nos atores presentes nas plataformas sociais “está nas novas condições em que produção e recepção se articulam entre oferta e consumo de bens simbólicos. Se isso já se mostrou forte em tempos anteriores, com o advento da internet esse lugar de observação chama ainda mais atenção para a tensão que envolve estratégias complexificadas entre produtores e receptores de conteúdos [...]". Ademais, a autora relata que:
“A expansão tecnológica, e o amplo acesso que se tem a ela, tornou possível transformar os receptores em um tipo de coprodutores. Os conteúdos chegam até eles que, por sua vez, desenvolvem diferentes formas de manter a produção em circuitos comunicacionais e, principalmente, dando ao produto novos sentidos. Por um lado, a produção adere às lógicas da recepção para garantir, e/ou melhorar, seu posicionamento no mercado midiático; por outro, a recepção se engaja nas estratégias de oferta conduzindo o conteúdo para diferentes espaços (dentro e fora da internet) que podem ser traduzidos em resultados positivos ou negativos para a produção, uma vez que se trata de efeitos impresumíveis”.

Consumo digitalizado e individualizado

Quando questionada sobre o impacto da pandemia nos processos de digitalização, em especial nos processos de comercialização (e-commerce), Aline relata entender “que esses processos já estavam em andamento e que a chegada da pandemia evidenciou a digitalização. Por exemplo, quem já comprava via internet ampliou o consumo por esta modalidade. Mas, além disso, penso que o isolamento social acentuou a exclusão de muitos coletivos, principalmente em relação à falta de acesso e/ou domínio tecnológico. O campo da comunicação foi muito afetado nesse sentido”.

O artigo analisa os processos comunicacionais a partir da plataforma YouTube. Desta forma, quando questionada sobre a influência das plataformas na midiatização, produção e consumo de bens simbólicos, a autora comenta que estas “disponibilizam estratégias de envolvimento que se transformam na medida em que as pessoas – tanto sujeitos em produção como em recepção – fazem uso delas. São produtos de um processo evolutivo da sociedade que se midiatiza cada vez mais e, acredito, que pensar sobre prós e contras ainda possa estar numa esfera muito subjetiva, ou talvez indo além de um pensamento que estaria voltado especificamente para o campo comunicacional”.

Capa de "A transformação dos atores sociais em produção e recepção: trajeto empírico-metodológico de uma pesquisa". Artigo de Aline Weschenfelder. Cadernos IHU Ideias 305

 

O texto está estruturado da seguinte forma:

Midiatização: origem e cenário de um objeto de pesquisa

Narrativa da transformação de uma blogueira em celebridade

Táticas de observação

Considerações finais

O texto integral pode ser acessado aqui.

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