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Será a doutrina da Igreja uma arma usada contra a comunidade LGBT?

Imagem: Wikimedia Commons

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13 Setembro 2016

Semanas após o massacre de Orlando e do pedido de desculpas do Papa Francisco a gays e lésbicas, eu ainda me deparo com artigos e comentários sobre estes dois incidentes. Por motivos completamente diferentes, ambos os eventos certamente trocaram profundamente nas emoções de inúmeras pessoas.

A opinião é de Francis DeBernardo, diretor-executivo da New Ways Ministry, organização católica de gays e lésbicas, publicada por Bondings 2.0, 13-09-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa. 

Por estar lendo sobre os dois casos quase simultaneamente, quero aqui relatar uma pequena estranheza linguística que encontrei.

Em 22 de junho, o padre jesuíta Russell Pollitt, diretor do Instituto Jesuíta da África do Sul, refletiu sobre o caso ocorrido em Orlando, observando que a religião organizada – e o catolicismo em particular – tem de assumir parte da responsabilidade pela violência ocorrida na boate de Orlando. Pollitt conclui sua reflexão com o que eu considero a observação mais poderosa e contundente que já li:

“A religião má, que inclui uma linguagem ruim, é uma arma – e esta é em geral utilizada. Alguns púlpitos são armas também. Precisamos de um debate urgente em nossa igreja sobre a maneira como falamos e tratamos as pessoas homossexuais. Precisamos de uma conversão do espírito, do coração e da linguagem”.

Em 26 de junho, poucos dias depois o Papa Francisco proferiu o seu agora famoso pedido de desculpas a gays e lésbicas. Provavelmente no interesse da brevidade jornalística, em geral somente a principal frase de sua entrevista foi destacada: “Eu creio que a Igreja não só deve pedir desculpas (…) a essa pessoa que é gay, que ofendeu, mas também deve pedir desculpas aos pobres, às mulheres e às crianças exploradas no trabalho”.

Relatos posteriores igualmente notaram a frase que se segue imediatamente destas palavras:

“[A Igreja] deve pedir desculpas por ter abençoado tantas armas”.

Essas expressões envolvendo “armas” seriam coincidências?

Honestamente, acho que não. Admito que na primeira vez que li a citação completa do papa, antes de ler o artigo de Pollitt, achei que Francisco se referia ao fato de que as igrejas, historicamente, haviam realizado rituais de bênção a armamentos de guerra. Depois de ler o texto de Pollitt, me perguntei se havia uma maneira diferente de interpretar o que o papa dissera. Será que ele queria dizer que parte da linguagem e das mensagens da Igreja sobre os gays, os pobres, as mulheres, as crianças exploradas pode ser comparada a armas?

Reconheço que posso estar forçando um pouco a barra aqui. Afinal de contas, sou da área de Letras e somos conhecidos por às vezes encontrar significados onde eles não existem. Porém o Papa Francisco é um jesuíta. É forçado demais pensar que, poucos dias antes de manifestar o seu pedido de desculpas, ele poderia ter lido a reflexão de Pollitt na internet, também é um jesuíta e chefe de uma influente agência da congregação? Mesmo se Pollitt não estivesse envolvido com a linguagem empregada pelo papa, a pergunta permanece sobre se ele quis dizer “armas” em sentido literal ou metafórico.

Pode ser impossível discernir as intenções de Francisco a partir das marcas linguísticas, e eu não quero levar a reflexão para além do bom-senso. O que eu sei, porém, é que muitas pessoas LGBTs – e muitas mulheres – têm experimentado a linguagem e a mensagem católicas como verdadeiras armas. Para alguns, a experiência tem mostrado que esta arma não é apenas uma metáfora. Pollitt descreve um incidente:

“Quando eu trabalhava numa comunidade paroquial, lembro que certa noite fui chamado a uma sala de emergência de um hospital local. Um jovem havia dado entrada, ele estava dificilmente reconhecível, pois havia sido espancado. No início daquela noite, ele tinha ‘saído do armário’. O seu pai justificou a agressão dizendo que era contra a sua religião ter um ‘veado’ na família. A família era profundamente envolvida com a Igreja Católica".

Embora a religião e a linguagem religiosa não possam ser empregadas como o fator motivacional básico para esse crime, parece adequado que os fiéis se perguntem sobre as palavras que empregam e as posturas que assumem no dia a dia. As posturas religiosas e a linguagem empregada contribuem para um coquetel onde a homofobia é encubada e alimentada. O tipo de linguagem, por exemplo, que é usado nos textos oficiais da Igreja modelam poderosamente as percepções, atitudes e ações. Afinal de contas, não é isso o que a doutrina religiosa se esforça em conseguir fazer – modelar percepções, atitudes e ações –, em princípio para o bem? Frases como ‘[pessoas] objetivamente desordenadas’ não são úteis”.

Gostaria de pensar que a metáfora da linguagem religiosa imprópria como uma arma usada para violência é um exagero, mas já ouvi tantas histórias dolorosas ao longo dos anos – histórias de violência física, emocional e espiritual – a ponto de me convencer de que, de fato, ela faz sentido. Da mesma forma, eu gostaria de pensar que o dizer do Papa Francisco de que a Igreja “abençoou tantas armas” pode indicar que o pontífice estava fazendo uma declaração extremamente forte sobre os danos que Igreja causou às pessoas, porém não tenho provas suficientes aqui.

O que eu tenho certeza, no entanto, é que, independentemente do que o papa quis dizer com estas palavras, ele convidou a Igreja a se desculpar, e agora cabe aos nossos líderes começar este processo de pedido de desculpas antes que mais pessoas saiam prejudicadas e feridas desnecessariamente.

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