04 Outubro 2016
Se acompanhamos uma viagem do papa a partir de casa, podem nos escapar muitas coisas. Mas não entendemos por que escapam daqueles que estão entre os jornalistas que acompanham o pontífice. Nestas horas, aconteceu justamente isso em relação à viagem do papa à Geórgia, ao menos com alguns dos operadores da comunicação. Eles não contam o que veem, mas sim o que têm na cabeça de modo preconcebido.
A reportagem é de Luis Badilla, publicada no sítio Il Sismografo, 03-10-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Foi o que aconteceu com o primeiro encontro entre Francisco e o patriarca no momento da chegada no aeroporto e, depois, no caso do segundo, quando o Santo Padre visitou o patriarcado ortodoxo. Algumas crônicas desses eventos eram apenas fruto dos seus próprios preconceitos (dos autores) e não respeitavam a realidade, as imagens da "verdadeira realidade"; das imagens, dentre outras coisas, vistas por milhões de pessoas.
Embora essas imagens nos faziam ver entre os dois respeito, afeto e diálogo, alguns nos falaram do contrário: frieza, distância, irritação e suspeita. Tudo falso. Depois, após o terceiro encontro desse domingo à noite, na Catedral Patriarcal, nenhuma correção. Não se quis ajustar a pontaria. Continuou-se a escrever sobre supostos tapas, rejeições, separações, e até mesmo alguns falaram de "desastre" sobre esse momento relevante do diálogo ecumênico.
Agora, depois do quarto encontro entre Ilia II e o papa, que surpreendentemente foi se despedir de Francisco (não estava previsto!), o que vão escrever esses especialistas vaticanos que, obviamente, nem sequer analisaram os quatro discursos, dois do Santo Padre e dois do patriarca?
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Os quatro encontros do Papa Francisco com o Patriarca Ilia II: aquilo que alguns não querem ver e contar - Instituto Humanitas Unisinos - IHU