06 Março 2012
No L'Osservatore Romano, o neopurpurado brasileiro João Braz de Aviz corrigiu as estimativas equivocadas que ele havia fornecido durante uma entrevista com o jornal vaticano no dia 2 de fevereiro.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada em seu blog, Sacri Palazzi, 04-03-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Braz de Aviz havia afirmado que, na França, em dez anos, o número de religiosas havia diminuído em seis vezes: "Recentemente, recebemos um relatório dos bispos franceses que nos causaram um pouco de sofrimento: em dez anos, as religiosas francesas passaram de 36.000 para 6.000".
As afirmações do "ministro" vaticano para os religiosos provocou a reação da Conferência dos Bispos da França e da Conferência dos Religiosos e Religiosas da França (Corref), que documentaram que o número das religiosas de vida apostólica, de 2000 a 2010, passou de 48.412 para 28.678 membros.
"Uma queda alarmante – comenta o L'Osservatore Romano – embora não nas proporções dramáticas que os números referidos em um primeiro momento pelo próprio cardeal prefeito na entrevista ao nosso jornal levavam a entender".
"Unindo-me a à mensagem de Quaresma para todos os religiosos do mundo – disse Braz de Aviz – aproveito também esta ocasião para fazer uma pequena penitência. Na entrevista, eu havia indicado outros números. Confiei apenas na minha memória. Embora as proporções da queda ainda continuem sendo significativas em comparação com os dados que eu fornecera na entrevista, por amor à verdade preciso fazer a minha penitência, porque acredito firmemente que a transparência e a correção são valores a ser respeitados".
Seria possível comentar a notícia dizendo que sempre seria melhor verificar números e dados. Mas acredito que a "penitência" do cardeal, principalmente nestes tempos e particularmente no Vaticano, é um sinal muito bonito: o que há de mais verdadeiramente cristão do que reconhecer os próprios erros?
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Cardeal brasileiro pede desculpas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU