Arquidiocese de Seattle aponta 77 pessoas como abusadoras de crianças

Mais Lidos

  • Lira mensageira. Drummond e o grupo modernistamineiro é o mais recente livro de um dos principais pesquisadores da cultura no Brasil

    Drummond e o modernismo mineiro. A incontornável relação entre as elites políticas e os intelectuais modernistas. Entrevista especial com Sergio Miceli

    LER MAIS
  • Indígenas cercados: ruralistas contra-atacam. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS
  • O papel da mulher na Igreja continua sendo uma questão delicada que o Vaticano não consegue resolver. Artigo de Christine Schenk

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

21 Janeiro 2016

A Arquidiocese de Seattle publicou uma lista com 77 abusadores sexuais de crianças que trabalharam ou viveram na região leste do estado de Washington durante várias décadas passadas.

A reportagem foi publicada por The New York Times, 16-01-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Dom J. Peter Sartain pediu desculpas pelas ações cometidas pelas pessoas cujos nomes compõem a lista, praticamente toda por sacerdotes, irmãos e diáconos e por, pelo menos, uma irmã abusadora de menores. Em carta divulgada semana passada, ele disse que estava divulgando os nomes “no interesse de uma maior transparência e responsabilização” e para continuar incentivando as vítimas de abuso sexual clerical a denunciarem os abusadores.

“O nosso trabalho nessa área não estará completo até que todos os que foram prejudicados tenham recebido assistência na cura, e até que o mal dos abusos sexuais infantis tenha sido erradicado da nossa sociedade”, disse o arcebispo.

A lista baseia-se em casos nos quais as acusações de abuso sexual infantil foram admitidas, estabelecidas ou determinadas como credíveis. A lista levou quase dois anos para ser concluída com a ajuda de consultores independentes e de um conselho de profissionais que assessoraram Sartain ao longo desse tempo.

As 77 pessoas cujos nomes foram listados viveram ou atuaram na região leste de Washington entre os anos de 1923 e 2008.

O arcebispo disse que a arquidiocese tem se esforçado em responder às vítimas desde meados de 1980 e agradeceu aos sobreviventes de abusos que vieram a público denunciá-los.

Um advogado de Seattle, Michael T. Pfau, e seu colega de escritório, Jason P. Amala, levantaram mais de 150 alegações contra a Arquidiocese de Seattle e outros que trabalhavam em escolas e paróquias dentro e ao redor da cidade. Muitas das alegações envolviam pessoas presentes na lista divulgada.

Pfau disse que a lista poderia ajudar os sobreviventes a resolver os efeitos dos abusos que sofreram.

“Muitos dos nossos clientes acreditam que eles foram os únicos, ou pensam que as pessoas não acreditarão neles caso venham a público denunciar”, disse ele em nota à imprensa. “Esta lista vai ajudar as pessoas a perceber que elas não estão sozinhas, o que é em geral um primeiro passo em direção à cura."

Pfau também falou que a arquidiocese, “para fins de transparência verdadeira”, deve divulgar os arquivos secretos em que se citam os nomes das pessoas presentes na lista, dizendo que outras dioceses já fizeram o mesmo.

“A divulgação destes arquivos permite que os sobreviventes dos abusos sexuais comecem a entender como tudo aconteceu, o que pode ser um outro passo importante em direção à cura e superação”, disse. “Essa divulgação ajuda o público geral a compreender a magnitude do problema e a certificar-se de que algo desse tipo jamais vai acontecer novamente."