Syriza e pequeno partido de direita anunciam coalizão na Grécia

Mais Lidos

  • “Os israelenses nunca terão verdadeira segurança, enquanto os palestinos não a tiverem”. Entrevista com Antony Loewenstein

    LER MAIS
  • Golpe de 1964 completa 60 anos insepulto. Entrevista com Dênis de Moraes

    LER MAIS
  • “Guerra nuclear preventiva” é a doutrina oficial dos Estados Unidos: uma visão histórica de seu belicismo. Artigo de Michel Chossudovsky

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

Por: Cesar Sanson | 26 Janeiro 2015

Gregos Independentes, que também se opõe às medidas de austeridade, declara apoio ao partido de Alexis Tsipras. Nova coalizão soma 162 da 300 cadeiras do Parlamento.

A reportagem é da agência de notícias Deutsche Welle, 26-01-2015.

O líder do partido nacionalista de direita Gregos Independentes, Panos Kammenos, disse nesta segunda-feira (26/01) que formará uma coalizão com o radical de esquerda Syriza, vencedor das eleições parlamentares de domingo.

"A partir deste momento há um governo, nós daremos um voto de confiança ao novo primeiro-ministro", declarou Kammenos depois de uma reunião com o líder do Syriza, Alexis Tsipras. Os dois partidos se opõem às medidas de austeridade que fazem parte dos bilionários pacotes de ajuda à Grécia.

"Hoje [segunda-feira], Tsipras, líder do Syriza, vai se encontrar com o presidente e vai anunciar que há governo", acrescentou Kammenos. "O objetivo é fazer com que os gregos avancem unidos para recuperar a soberania nacional", afirmou ainda o líder dos Gregos Independentes, à saída da reunião com o vencedor das eleições.

O Syriza por muito pouco não conseguiu a maioria das cadeiras no Parlamento. Com cerca de 36% dos votos, conquistou 149 das 300 cadeiras no Parlamento, duas a menos do que o necessário para a maioria absoluta. A coalizão com os Gregos Independentes garante uma maioria de 162 assentos.

Tsipras também deve se encontrar com os representantes do partido de centro To Potami e do comunista KKE para conseguir pelo menos apoio, mesmo que eles não se unam formalmente à coalizão.

Pela primeira vez em mais de 40 anos, o partido Nova Democracia, do atual primeiro-ministro, Antonis Samaras, e o partido de centro-esquerda Pasok – as duas forças que dominam a política grega desde 1974 – estarão fora do poder. O Nova Democracia terminou as eleições em segundo lugar, com quase 28% dos votos e 76 assentos.

O resultado das eleições é um claro sinal de que grande parte dos gregos está insatisfeita com as medidas de austeridade econômica exigidas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional em troca dos pacotes de resgate no valor de 240 bilhões de euros.

Resultado decisivo

Com a vitória, o Syriza se tornou o primeiro partido contrário às políticas de austeridade a vencer uma eleição na Europa. Já Tsipras, de 40 anos, deverá ser o primeiro-ministro mais jovem da história da Grécia.

O resultado das urnas é visto como decisivo para a futura política social e econômica do país, altamente endividado. O líder do Syriza exige um corte da dívida, algo que os credores da chamada troica – União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu – rejeitam categoricamente.

Em pronunciamento feito no domingo em Atenas, Tsipras afirmou que o país vai trabalhar junto a seus credores em busca de uma saída "viável" para a dívida de cerca de 300 bilhões de euros, mas que está determinado a deixar para trás o "desastroso programa de austeridade".

Após os primeiros resultados, a cotação do euro em relação ao dólar despencou e atingiu o menor patamar dos últimos 11 anos nos mercados asiáticos. A bolsa de valores da Grécia abriu em queda de 2,04%.

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Syriza e pequeno partido de direita anunciam coalizão na Grécia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU