18 Dezembro 2014
"Enquanto em Nova York o Prefeito Eduardo Paes é anunciado como novo presidente do C40 de Liderança Climática das Cidades, a falta de saneamento básico emporcalha rios, lagoas e praias e ameaça a saúde dos cidadãos", escreve Márcia Pimenta, jornalista com especialização em gestão ambiental, em artigo publicado no portal EcoDebate, 17-12-2014.
Eis o artigo.
O cidadão carioca já se acostumou com os maus tratos infligidos por seus políticos à nossa cidade ainda maravilhosa (até quando?). A cidade, que é linda por natureza, não aguenta mais tanta irresponsabilidade, incompetência e hipocrisia.
Enquanto em Nova York o Prefeito Eduardo Paes é anunciado como novo presidente do C40 de Liderança Climática das Cidades, a falta de saneamento básico emporcalha rios, lagoas e praias e ameaça a saúde dos cidadãos.
Hoje acordamos com mais esta novidade; o Instituto Oswaldo Cruz alerta que bactérias resistentes à maioria dos antibióticos disponíveis foram encontradas num dos principais rios da cidade, o Carioca: “Um dos locais contaminados fica próximo à Praia do Flamengo e é frequentado por banhistas e pessoas que gostam de pescar”. Segundo o estudo, os micro-organismos saíram do universo hospitalar, é resistente á remédios e pode causar infecção urinária e pulmonar.
Se meio ambiente saudável e qualidade de vida dos cidadãos não sensibilizam mais nossos governantes, apelamos para a parte mais sensível do corpo humano; o bolso! De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em saneamento gera uma economia de quatro dólares em tratamento de doenças de veiculação hídrica.
Segundo a ONG Instituto Trata Brasil ”o custo de uma internação por infecção gastrintestinal no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2013, o foi de cerca de R$ 355,71 por paciente na média nacional. Isso acarretou despesas públicas de R$ 121 milhões no ano. A universalização do saneamento traria uma economia anual de R$ 27,3 milhões.
Obras de mobilidade urbana para desafogar o trânsito e diminuir a asfixia gerada pelas emissões veiculares são necessárias, mas há muito mais a fazer. O Rio não merece completar 450 anos “afogado” em coliformes fecais e bactérias.
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Superbactéria ameaça banhistas no cartão postal do RJ - Instituto Humanitas Unisinos - IHU