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15 Dezembro 2014

Entenda a cúpula do clima, em Lima, a partir de um pequeno glossário de sua peculiar linguagem.

A nota é publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 12-12-2014.

"Meios de implementação" - Dinheiro, bufunfa, faz-me-rir

Países ricos querem um acordo só com metas de CO2. Já países em desenvolvimento pedem também 'meios de implementação' --ou seja, financiamento dos ricos

"Vinculante" - Com força de lei, obrigatório, sem choro

Pelo andar da carruagem, o acordo não terá sanções contra quem não cumprir as metas. Assim as metas serão ambiciosas (caberia à opinião pública cobrar depois)

"Círculos concêntricos" - "Este filho é (mais) de vocês"

É a proposta do Brasil: um círculo imaginário de responsabilidade. No núcleo, mega-emissores históricos como os EUA; no meio, países intermediários; na borda, as nações mais pobres

"Autodiferenciação" - "Não me venha apontar o dedo"

É a proposta americana: cada país é autônomo para assumir a obrigação que quiser -assim, ricos poderiam ter metas mais brandas. "Autodiferenciação não é opção", rimou a ministra Izabella Teixeira 

"White paper" - "Se colar, colou"

Quando um país quer testar uma proposta, solta um 'white paper'. Tais relatórios tendem a vazar para ONGs e imprensa --o sonho é que a ideia ganhe a opinião pública e vira fato consumado

"Limiar consensual" - Até onde dá para continuar a emitir

Cientistas estimam que, se a Terra aquecer mais de 2°C, haverá muitas secas, furacões e enchentes. Isso exige emitir de 1 trilhão de toneladas de CO2. Já foram 600 bilhões