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16 Junho 2014

Existe o julgamento e o Inferno que dele pode derivar? Ou seja, existe uma lógica do mundo à qual a liberdade deve prestar contas? Ou esse dia não virá e não haverá julgamento, porque não existe lógica maior do que o homem, e o mundo é apenas dos poderosos e dos astutos?

A análise é do teólogo italiano Vito Mancuso, professor da Universidade de Pádua, em artigo publicado no jornal La Repubblica, 13-06-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Existe o inferno? E, se existe, quais são os critérios para ser nele encerrado ou dele escapar? São essas as duas grandes questões levantadas pelo poderoso discurso do Papa Francisco no dia 11 de junho, quando levantou alto a sua voz contra quem "vive no mal, blasfema contra Deus, explora os outros, tiraniza-os, vive apenas para o dinheiro, a vaidade, o poder"; quando alertou contra "colocar a esperança no dinheiro, no orgulho, no poder, na vaidade"; quando disse que os corruptos não serão felizes "do outro lado" e que para eles "será difícil ir ao encontro do Senhor"; quando trovejou contra aqueles que "fabricam armas para fomentar as guerras", dizendo que "são mercadores de morte e fazem mercadoria de morte". Contra esses operadores de iniquidade, o papa proclamou que "um dia tudo acaba, e terão que prestar contas a Deus".

Palavras que me recordaram a mão levantada de Frei Cristoforo na casa do Pe. Rodrigo e o seu célebre "virá um dia" do capítulo sexto de Os noivos. Mas realmente virá esse dia? Existe o julgamento e o Inferno que dele pode derivar? Ou seja, existe uma lógica do mundo à qual a liberdade deve prestar contas? Ou esse dia não virá e não haverá julgamento, porque não existe lógica maior do que o homem, e o mundo é apenas dos poderosos e dos astutos?

Bem longe de remeter a lúgubres e grotescos cenários com diabos e tridentes ardentes, a existência do Inferno remete ao sentido geral do mundo: se ele é, em última análise, governado por uma lógica do bem e da justiça à qual a liberdade deve responder (tornando-se responsável) ou não, porque há apenas o arbítrio e a vontade de poder dos indivíduos em competição entre si.

Platão já alimentava a convicção de que o além reserva "algo muito melhor para os bons do que para os maus" (b, 63 C), e Kant, por sua vez, afirmou: "Não encontramos nada que já desde agora possa nos fornecer informações sobre o nosso destino em um mundo futuro se não o juízo da nossa consciência, aquele que o nosso estado moral presente nos permite julgar de maneira racional" (O fim de todas as coisas).

Todas as grandes religiões ensinam que a alma será julgada: os egípcios, mediante a imagem da psicostasia ou da pesagem da alma (retomada também na Idade Média cristã); o zoroastrismo e o Islã, mediante o símbolo da ponte escatológica tão fina quanto um fio de cabelo, sobre a qual as almas sobrecarregadas pelo pecado precipitam sem escapatória; o hinduísmo e o budismo, mediante o conceito de karma, que determina as sucessivas reencarnações.

O cenário, portanto, é o mesmo: 1) há uma lógica que estrutura o fazer-se do mundo; 2) a liberdade humana é chamada a responder a ela; 3) a qualidade da resposta determina o juízo que lhe espera, quando a liberdade desaparecer diante da lógica cósmica; 4) o juízo pode ter um resultado negativo. O que o cristianismo chama de Inferno, laicamente, é o fracasso, no sentido de que a liberdade pode fracassar, e uma existência inteira pode se revelar desperdiçada.

Referindo-se a corruptos, traficantes de seres humanos, comerciantes de morte e, em geral, a todos aqueles cuja interioridade é habitada pela avidez e pela cobiça, o Papa Francisco nada mais fez do que reafirmar a soberania do bem e da justiça (que um cristão chama de Deus) neste mundo e a consequente responsabilidade que dela brota, a de configurar a vida à altura desse nobre ordenamento.

Naturalmente, disso não se segue absolutamente a segurança na existência do Inferno-Paraíso e de Deus; tudo isso continuará sendo sempre e apenas objeto de fé. Segue-se disso, em vez, uma pergunta para cada pessoa responsável: o amor pelo bem e pela justiça que, às vezes, se acende em nós é apenas um desejo personalíssimo ou é a manifestação de uma lógica maior à qual pertencemos originalmente?

Chego à segunda questão levantada pelo profético discurso do papa, a dos critérios que, no juízo final, determinam a perdição ou a salvação. A tradição cristã afirma, por um lado, que nos salvamos graças à fé, por outro, graças ao bem realizado. Mas a quem cabe o primado: à fé professada ou ao bem praticado? E quem irá para o Inferno: os não crentes ou os iníquos?

Ainda hoje, alguns cristãos defendem o primeiro polo da alternativa ressaltando a irrelevância da dimensão ética para o destino final, jogado inteiramente na adesão ao "escândalo" da fé de que falava São Paulo, exemplificada pelo conhecido ditado de Lutero, que convidava até a pecar, mas a acreditar ainda mais (pecca fortiter sed fortius crede).

O papa, no dia 11, disse exatamente o contrário: irão ao Inferno os iníquos, os corruptos, quem vive apenas para o dinheiro e faz mal ao próximo. É o pensamento de Jesus, que aparece no Evangelho com os critérios do juízo final baseados não na adesão doutrinal, mas na prática do bem: "Eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber..." (Mt 25, 35-42).

Essa também é uma convicção universal. Para me limitar à religião do antigo Egito, na pesagem da alma do defunto, o contrapeso era a pena da deusa Maat, personificação da Justiça. Mas ainda mais notável é a semelhança entre o trecho evangélico citado e uma passagem do Livro dos Mortos: "Eu satisfiz Deus com o que ele ama. Dei pão ao faminto, água ao sedento, vesti o nu, um barco a quem não tinha".

Essas palavras remontam a 1.500 anos antes de Cristo. De textos como esse emerge a verdade do cristianismo, verdade como universalidade que todas as religiões alcançar e que nunca faltou aos homens. E é falando essa linguagem que o Papa Francisco alcança todos aqueles que amam a justiça, independentemente da fé ou do povo a que pertençam.


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