O Consistório discute sobre a família, os divorciados e a nulidade matrimonial

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Por: André | 24 Fevereiro 2014

A possibilidade de conceder a comunhão aos divorciados recasados foi um dos temas discutidos no Consistório Extraordinário sobre a Família, que se realizou no Vaticano. Durante a discussão destes dois dias (20 e 21), “muito ampla e serena”, destacaram-se inclusive as “dificuldades da visão cristã da família no atual contexto cultural secularizado. O porta-voz vaticano, o padre Federico Lombardi, indicou em uma coletiva de imprensa que, após a exposição do cardeal Walter Kasper, na quinta-feira de manhã (a quem “muitíssimos padres” felicitaram”), intervieram até agora entre 42 e 43 cardeais dos mais de 150 presentes. Além disso, Lombardi explicou que estas discussões fazem parte de “um caminho sinodal de dois anos”, e não chegará a nenhuma conclusão definitiva.

 
Fonte: http://bit.ly/1dadqO7  

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi e publicada no sítio Vatican Insider, 21-02-2014. A tradução é de André Langer.

Durante o debate entre os cardeais na quinta-feira à tarde e na sexta-feira pela manhã, houve uma série de intervenções nas quais se “debateram do ponto de vista canônico e jurídico” os procedimentos para as causas de nulidade matrimonial e “como melhorar, simplificar e recolocar eventualmente” tudo o que se relaciona com este âmbito. Depois, continuou o diretor da Sala de Imprensa vaticana, falou-se sobre a “questão dos divorciados recasados e sobre a admissão aos Sacramentos; foi, destacou Lombardi, uma série de intervenções que se levou a cabo “ampla e serenamente”. A este respeito, o jesuíta destacou o “grande compromisso de conseguir conjugar da melhor forma possível o tema da fidelidade ao mandato de Cristo”, ao da misericórdia e do cuidado “pastoral das pessoas e das diferentes situações”.

Também, prosseguiu Lombardi, houve alguns cardeais que falaram sobre uma “perspectiva ampla da visão da família, na perspectiva da antropologia cristã” e sobre a “relação entre esta visão e o contexto da cultura secularizada, que promove visões da família, da sexualidade e da pessoa muito diferentes” e frente às quais “a visão cristã se encontra em uma situação de dificuldade”. Estas intervenções não tiveram nenhum tom de queixa, mas de “realismo”. Ao contrário, não se “tematizaram” questões como a contracepção ou os casais de pessoas do mesmo sexo, respondeu o porta-voz vaticano aos jornalistas. Em geral, indicou, o clima da discussão entre os cardeais não foi de “tensão ou ansiedade”, mas de “discernimento, sabedoria e de uma busca conjunta” para enfrentar os problemas.

No começo da reunião, o Papa anunciou que havia escolhido como presidentes do Sínodo Extraordinário sobre a Família, que acontecerá de 05 a 19 de outubro, os cardeais André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, e Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida. Nenhum deles é da cúria. Há alguns meses, ao contrário, foram nomeados o relator geral (o cardeal de Budapeste, Peter Erdó) e o secretário especial (o arcebispo de Chieti-Vasto, Bruno Forte). O padre Lombardi destacou, além disso, que “não se deve esperar deste Consistório uma conclusão ou uma orientação unitária” sobre os divorciados ou outros temas relativos à família, porque a reunião não “pretende prefigurar ou condicionar” seu desenvolvimento.

“Temos diante de nós – concluiu Lombardi – um caminho sinodal que dura dois anos, com uma ampla consulta: dois Sínodos que durarão algumas semanas, as respostas das Conferências Episcopais... Não pretendemos que em dois dias, nos quais nem todos os cardeais conseguirão falar, porque o tempo é limitado, se discutam todos os argumentos”.

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