MST propõe um novo modelo de luta para alcançar a reforma agrária no Brasil

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06 Dezembro 2013

Em reunião no Rio, da qual participaram intelectuais e integrantes de movimentos sociais, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra revelou que, doravante, abandona o modelo de luta por uma reforma agrária clássica por um modelo intermediário até a implantação de um Estado socialista, denominada reforma agrária popular. O novo paradigma na luta pela divisão da terra no país será o tema central do VI Congresso do MST, a se realizar em Brasília, no ano que vem.

A reportagem foi publicada pelo jornal Correio do Brasil, 30-11-2013.

Presente ao encontro, o economista João Pedro Stedile acrescentou que “hoje, o Brasil vive um novo momento na luta de classes, no qual o latifundiário exerce um papel menor, diante do capital internacional que controla o agronegócio”.

Sob o lema Lutar! Construir a Reforma Agrária Popular, a Coordenação Nacional do MST, composta por 280 dirigentes de 23 Estados e do Distrito Federal, encerrará o período de consultas às bases do movimento no congresso que reunirá milhares de militantes em fevereiro de 2014. O tema significa a síntese das tarefas, desafios e do papel do Movimento no período histórico que se abre depois do congresso. Desde o começo do ano passado, o MST está em período congressual, realizando o trabalho de base nos acampamentos e assentamentos para definir o programa agrário.

O lema do último congresso do Movimento, realizado em 2007, foi “Reforma Agrária: por Justiça Social e Soberania Popular”.

– O papel do MST é fazer a luta pela terra dos acampados e pela consolidação dos territórios já conquistados dos assentados, viabilizando a produção de alimentos saudáveis e educação para todas as famílias do campo – afirmou Gilmar Mauro, outro integrante da Coordenação Nacional do MST.

O Movimento tem construído em debates com a militância, as famílias acampadas e assentados, pesquisadores da agricultura e apoiadores o programa de Reforma Agrária Popular, que contém propostas para o meio rural que correspondem ao novo período histórico de hegemonia do capital financeiro e ofensiva do agronegócio.

Esse programa é considerado uma atualização da chamada Reforma Agrária Clássica, que foi realizada em outros países no contexto do desenvolvimento do capitalismo com base na indústria, que entrou em crise na década de 70 e com a implementação do neoliberalismo.