Índios fazem enterro simbólico de ruralistas e divulgam manifesto em Brasília

Mais Lidos

  • “Os israelenses nunca terão verdadeira segurança, enquanto os palestinos não a tiverem”. Entrevista com Antony Loewenstein

    LER MAIS
  • Golpe de 1964 completa 60 anos insepulto. Entrevista com Dênis de Moraes

    LER MAIS
  • “Guerra nuclear preventiva” é a doutrina oficial dos Estados Unidos: uma visão histórica de seu belicismo. Artigo de Michel Chossudovsky

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

Por: Cesar Sanson | 04 Outubro 2013

Gleisi Hoffmann, Luís Inácio Adams, Kátia Abreu e Ronaldo Caiado foram alvo dos protestos. Manifesto reforça reivindicação de arquivamento de propostas anti-indígenas e retomada de demarcações.

A reportagem e as fotos são publicadas pelo Comitê de Imprensa da Mobilização, 03-10-2013, vinculada à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que promove a Semana de Mobilização Nacional Indígena.

Os quase 1,5 mil indígenas, de mais de 100 diferentes etnias, que estão acampados em frente ao Congresso, em Brasília, promoveram, hoje (3/10), um enterro simbólico de parlamentares ruralistas, da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

Eles cavaram uma cova no gramado em frente à sede do Legislativo, enterraram um caixão com fotos e fixaram cruzes no local. Depois, entoaram cantos e dançaram. Entre os “enterrados”, estavam a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Hoffmann é uma das autoras da ideia de incluir, na análise das demarcações de Terras Indígenas, órgãos vinculados ao agronegócio, como o Ministério da Agricultura. Se concretizada, a ideia deve paralisar definitivamente novas demarcações. Há alguns meses, ela pediu ao Ministério da Justiça a paralisação das demarcações no Paraná e Rio Grande do Sul. Adams publicou, e depois suspendeu, a Portaria 303/2012 da Advocacia-geral da União, que restringe drasticamente os direitos dos índios sobre suas terras.

Pouco antes do enterro, os indígenas divulgaram e entregaram a um grupo de deputados um manifesto em que reforçam as reivindicações da Mobilização Nacional Indígena, que começou na segunda (30/9) e vai até sábado (5/10), quando a Constituição completa 25 anos. Eles exigem o arquivamento dos vários projetos contra os direitos indígenas que tramitam no Congresso, a revogação de medidas anti-indígenas do governo federal e a retomada das demarcações de Terras Indígenas, entre vários outros pontos.

Durante toda a semana, estão acontecendo protestos e atividades em defesa da Constituição, dos direitos de povos indígenas e tradicionais e do meio ambiente. Várias rodovias, em diversos pontos do país, são alvo de bloqueios.

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Índios fazem enterro simbólico de ruralistas e divulgam manifesto em Brasília - Instituto Humanitas Unisinos - IHU