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''O papa não quer mais ser monarca''. Artigo de Andrea Riccardi

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04 Outubro 2013

Francisco se apresenta como um cristão e como um bispo. O Anuário Pontifício dedicava uma página inteira aos títulos papais. Na última edição, Bergoglio fez com que todos passassem para o lado de trás da página, exceto um. Hoje, ao nome de Francisco, acompanha-se somente o título de "Bispo de Roma". Assim ele se sente. Ele despojou o papado do aspecto do monarca que o acompanhava há mais de um milênio.

A opinião é do historiador da Igreja italiano Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio e ex-ministro italiano, em artigo publicado no jornal Corriere della Sera, 02-10-2013. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O Papa Francisco fez do encontro um dos traços decisivos da sua existência. Ele não dosa as suas exposições. Ele escreveu uma carta a Eugenio Scalfari e, alguns dias depois, ele lhe telefonou convidando-o para encontrá-lo. Agradava-lhe vê-lo. Daí nasceu uma conversação de grande relevo, publicada nessa terça-feira pelo La Repubblica.

Scalfari é um interlocutor particular, um laico pensativo, conhecedor da história e dos problemas do cristianismo. Quando Bergoglio inicia um diálogo, ele quer continuá-lo. Diz ele a Scalfari: "Acontece comigo que, depois de um encontro, eu tenho vontade de ter outro, porque nascem novas ideias e descobrem-se novas necessidades". Qual papa se apresenta a Scalfari na simples salinha de Santa Marta?

Francisco se apresenta como um cristão e como um bispo. O Anuário Pontifício dedicava uma página inteira aos títulos papais. Na última edição, Bergoglio fez com que todos passassem para o lado de trás da página, exceto um. Hoje, ao nome de Francisco, acompanha-se somente o título de "Bispo de Roma". Assim ele se sente. Ele despojou o papado do aspecto do monarca que o acompanhava há mais de um milênio.

O Papa Bergoglio realizou uma reviravolta. Talvez lembre a crítica que São Bernardo de Claraval dirigiu ao Papa Eugênio III, no século XII: "Tu pareces não ter sucedido a Pedro, mas sim a Constantino". Francisco disse a Scalfari com decisão: "A corte é a lepra do papado". De fato, ele não gosta do séquito eclesiástico atrás dele. Não é populismo exibido. Ele não se sente soberano. Ele quer evitar o narcisismo do chefe: "Os chefes da Igreja muitas vezes foram narcísicos, lisonjeados e doentiamente excitados pelos seus cortesãos", disse a um Scalfari surpreso. Um Papa anticurial, então? Francisco não julgar o passado com os critérios de hoje. Ele não se deixa levar por simplificações: "Na Cúria, às vezes, há cortesãos, mas a Cúria no seu conjunto é outra coisa". É a "intendência" a serviço da Igreja. Por isso Francisco quer reformá-la. Justamente nessa terça-feira começou a reunião do conselho dos oito cardeais: a sua existência já é uma reforma.


A mudança não será somente estrutural. Há uma visão a mudar. A Cúria "vê e cuida dos interesses do Vaticano, que ainda são, em grande parte, interesses temporais. Essa visão Vaticano-cêntrica ignora o mundo que nos circunda. Eu não compartilho essa visão – conclui o papa – e farei de tudo para mudá-la". A Cúria está a serviço do "povo": não é um slogan.

Além disso, o Papa Francisco estabeleceu, desde os primeiros tempos, um laço forte de simpatia com o "povo", quase uma aliança com as pessoas. O papa certamente não nega o valor da hierarquia, mas insiste no diálogo em uma comunidade de povo, rica e complexa: com o diálogo "não é possível se equivocar..." . É a rejeição do clericalismo. A Scalfari que lhe dizia como os clericais o levavam a se tornar anticlerical, o papa responde: "Isso também acontece comigo...".

Um papa anticonformista? Talvez alguns pensem assim, preocupados que ele queira desmontar instituições seculares. Por que esse medo? Francisco certamente não é um "irresponsável" (é preciso usar essa palavra). Viu-se isso nos seis meses de governo. Mas ele interpreta o seu papel de papa com criatividade, dialogando, mas não se deixando condicionar. Acima de tudo, ele começou a se encontrar com as pessoas como elas são, crentes, às vezes crentes à sua própria maneira, não crentes... Mas ele cumpre até o fim com as suas responsabilidades e toma decisões. Na entrevista, ele diz com força: "Mas eu sou o Bispo de Roma e o Papa da catolicidade. Eu decidi...".

Francisco será papa de uma forma diferente. Mas plenamente. Ele é um homem que, desde jovem, foi provincial dos jesuítas, depois bispo na Argentina. Ele sabe o que significa governar e decidir. Mas nem tudo é estrutura: "Uma religião sem místicos é uma filosofia". Francisco emerge sobretudo como homem de fé do debate com Scalfari. Fala de Deus ("não existe um Deus católico"): "E eu acredito em Deus... Jesus é o meu mestre e o meu pastor...". A fala do papa é cheia de referências à experiência de Deus. Diz-lhe o jornalista: "Eu acredito no Ser, isto é, no tecido do qual surgem as formas, ou seja, os Entes". O Papa Bergoglio não adoça a distância entre duas concepções diferentes, mas leva a conversa a um terreno comum: o egoísmo aumentou, e os homens de boa vontade devem trabalhar para que "o amor pelos outros aumente até igualar e possivelmente superar o amor por si mesmos". O papa muitas vezes tem falado de uma sociedade narcisista: por isso, falta visão à sociedade, curvada sobre a pequena crônica e sobre modestos interesses.

Das palavras do Papa Francisco, surge um sonho mais do que um projeto: fazer fermentar o amor pelo próximo no nosso tempo. Isso significa coisas concretas. Vê-se isso quando ele condena o liberalismo selvagem, que enriquece os ricos e empobrece os pobres. Ele pede regras, intervenções do Estado. Há uma tarefa específica da política, que, para o papa, é laica, em cujo âmbito se comprometem também os políticos católicos, segundo os valores da sua consciência. Certamente, não é um papa temporalista. Mas ele quer mudar o mundo.

Mas ele pode fazer isso com a sua Igreja? Na entrevista, há uma longa reflexão sobre São Francisco, um modelo para ele que quer "uma Igreja missionária e pobre". Ele explica que missão não é proselitismo: ele deseja "missionários em busca de encontrar, ouvir, dialogar, ajudar, difundir fé e amor". Scalfari lhe lembra das dimensões reduzidas dos praticantes católicos e dos tantos não católicos. O papa não está assustado: "Pessoalmente, penso que ser uma minoria seja até uma força". O Papa Francisco não pretende fechar o seu rebanho entre muros seguros: "O Vaticano II (...) decidiu olhar para o futuro com espírito moderno e se abrir à cultura moderna". Não se fez muito – diz ele calmamente. Mas declara: "Eu tenho a humildade e a ambição de querer fazê-lo".

Sereno, simpático, com ideias claras: assim parece o papa a Scalfari. Que conclui: "Se a Igreja se tornar como ele a pensa e quer, uma época terá mudado". Ele tem razão. Pode mudar uma época. E não só para a Igreja.


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