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Por: André | 16 Setembro 2013

“É curioso que ultimamente tenha havido eloquentes gestos do Papa desalojando de suas poltronas bispos ou padres acusados de abuso sexual que colocam preto no branco a gravidade de tais ações que incompatíveis com a tarefa eclesial. Mas, ao mesmo tempo, chama a atenção que não haja ações concretas que apontem os culpados e os responsáveis pelas políticas que geram pobreza, miséria, violência, injustiça e que atingem milhões de pessoas”, escreve Marcelo Ciaramella, em artigo publicado no jornal argentino Página/12, 13-09-2013. A tradução é de André Langer.

 
Fonte: http://bit.ly/161Ym0i  

E conclui sua reflexão perguntando: “Quando a Igreja se separará em sua análise, seus gestos e ações proféticas de resistência, de um projeto de mundo que só produz pobres em fuga?”

Marcelo Ciaramella é membro do argentino Grupo de Sacerdotes na Opção pelos Pobres.

Eis o artigo.

A lógica do sistema hegemônico de acumulação capitalista, que obriga os seres humanos a viverem dentro da lógica absoluta da valorização do valor, provoca o surgimento da “humanidade sobrante”. Massas “inúteis” que não trazem um valor agregado que se converta em capital acumulado e que contam com um poder aquisitivo quase nulo. Periferias de um centro poderoso que, como uma centrífuga, os arremessa contra as paredes que limitam com o nada. Pessoas que vão daqui para lá perambulando pelo mundo, expondo-se a tremendos perigos, experimentando a sensação de terem nascido no planeta errado, culpabilizados por serem a periferia que não tem direito nem oportunidade de aceder ao lugar dos privilegiados, acusados com frequência pelo crime de serem visíveis, pelo desatino de existirem, e são condenados a uma fuga eterna buscando um esconderijo onde redimir o pecado da exposição pública. Por isso, existe uma enorme quantidade de acampamentos, casas de acolhida, refúgios que, como a edícula, escondem tudo o que não serve para o uso cotidiano ou o que se usa de vez em quando, para que não seja visto pelas visitas.

O Papa Francisco voltou a repetir um de seus fortes gestos solidários com os pobres da periferia, escondidos, neste caso, no Centro Astalli de Roma, o serviço dos jesuítas para os refugiados na Itália. Voltou a chamar de maneira eloquente de “carne de Cristo” os sofredores, neste caso os condenados a viver como párias neste mundo por diferentes situações. E desnudou a incoerência de tantos conventos vazios diante de tanta “humanidade sobrante” necessitada de um lugar para comer, vestir-se e ser atendida. Mas estes gestos – na minha opinião – perdem força e acabam confinados a um álbum de fotos ou a uma coleção de discursos quando não são acompanhados de uma análise que produza um diagnóstico que leva finalmente a uma interpretação, uma tomada de posição, uma ação dirigida a encurralar as causas destes males.

Lamentavelmente, a Igreja substituiu a análise pela ética. Os documentos sociais em geral – além de extemporâneos em relação aos fatos que analisam e que mudam com uma rapidez vertiginosa – propõem uma reflexão de princípios, sempre válidos mas necessitados de mediações que os convertam em ações eficazes contra as causas dos males que se enumeram. Fazer uma análise em que a perspectiva crente seja auxiliada pelas ferramentas das ciências sociais, gera a necessidade de elaborar ações, projetar um modelo de mundo, construir a fé histórica.

É curioso que ultimamente tenha havido eloquentes gestos do Papa desalojando de suas poltronas bispos ou padres acusados de abuso sexual que colocam preto no branco a gravidade de tais ações que incompatíveis com a tarefa eclesial. Mas, ao mesmo tempo, chama a atenção que não haja ações concretas que apontem os culpados e os responsáveis pelas políticas que geram pobreza, miséria, violência, injustiça e que atingem milhões de pessoas.

Lembro da minha visita a Chiapas – estando na casa religiosa que me hospedou, situada perto dos territórios autônomos zapatistas e com plena relação com eles: escutei uma canção composta pelas bases civis, profundamente crentes, lutando contra a violência paramilitar, que beirava a lamentação e se chamava “Não basta rezar”: “Não, não, não basta rezar, necessitamos de muitas coisas para conseguir a paz, não, não, não basta rezar. E rezam de boa fé e rezam de coração, mas também reza o piloto quando entra no avião para bombardear as crianças no Vietnã, para bombardear as crianças no Iraque”.

Os crentes zapatistas que visitei têm muito claro que a fé é para mudar o mundo e não para salvar a alma. Porque Jesus deu a vida por um projeto de mundo, querido pelo Deus da Vida, justo, solidário, fraterno, igualitário, próximo dos pobres e em luta contra as causas da vida indigna e injusta.

A Convenção de Refugiados de 1951 explica que um refugiado é uma pessoa que, “temendo ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, pertença a determinado grupo social ou opiniões políticas, encontra-se fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse país”. Segundo o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, os padrões globais de migração tornaram-se cada vez mais complexos nos tempos modernos, com a participação não apenas dos refugiados, mas também de milhões de migrantes econômicos. Os migrantes, especialmente os econômicos, decidem mudar-se com o objetivo de melhorar as perspectivas de futuro seus e de suas famílias. Os refugiados têm que se mexer caso queiram salvar suas vidas ou sua liberdade. Eles não têm a proteção do seu próprio Estado – de fato, é com frequência seu próprio governo que os está perseguindo. Se outros países não lhes oferecerem a proteção necessária e não os ajudarem uma vez dentro do respectivo país, então poderão estar condenando à morte ou a uma vida insuportável nas sombras, sem sustento e sem direitos. Às vezes, também os desequilíbrios ambientais provocados pela insaciável sede de recursos para produzir, expulsam muitos de suas terras que se tornaram desertos ou lugares inabitáveis.

O chanceler da Bolívia, David Choquehuanca, na reunião da Acnur, em 2011, em Genebra, defendeu que “...somente ultrapassando este cruel sistema capitalista é que vamos diminuir as vítimas dos deslocamentos forçados no mundo e vamos recuperar a dignidade de todas as pessoas evitando que devam que buscar refúgio em outras terras (...) hoje devemos solicitar à comunidade internacional para que seja responsável, para que, em vez de utilizar seus recursos econômicos na fabricação de armamentos, bombardeios, bloqueios, perseguições políticas e ataques armados, invista esses recursos na cooperação internacional, para mudar este sistema que só busca o consumismo e denigre o ser humano”.

A disputa vai ficando cada vez mais clara: um mundo para poucos versus um mundo para todos. A ideologia capitalista liberal nos impõe o mérito e a competição como a premissa para adquirir direitos de vida digna. A perspectiva cristã, defende claramente que o direito à vida digna neste mundo não consiste em ter méritos, mas no simples fato de ter nascido. Se há refugiados é porque há perseguidores que se arrogam o direito de decidir quem fica dentro do sistema, desrespeitando a liberdade de viver e morrer com dignidade de todo ser humano. Quando a Igreja se separará em sua análise, seus gestos e ações proféticas de resistência, de um projeto de mundo que só produz pobres em fuga?


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