Mulheres no mercado de trabalho

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10 Março 2013

A partir da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) é possível acessar dados sobre o trabalho formal de todo o País. O ObservaSinos socializa "A  Carta  Especial  Mulheres  no  Mercado  de  Trabalho" elaborada pelo  pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas.

Moisés Waismann é o pesquisador do Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas e professor do Centro Universitário La Salle .

Eis a análise.

A  Carta  Especial  Mulheres  no  Mercado  de  Trabalho  é  produzida  pelo Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, e apresenta nesta edição um olhar sobre a força de trabalho feminina no que diz respeito a sua participação (quantidade) e a sua renda. Este material é elaborado a partir dos dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). As informações dizem respeito ao ano de 2011, últimos dados divulgados. Como recorte metodológico escolheu-se os grandes setores econômicos do IBGE e seis regiões geográficas (Brasil, Rio Grande do Sul, Região Metropolitana de Porto Alegre e os municípios de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo) para realizar a pesquisa. Espera-se com este material auxiliar na visualização do papel das mulheres no mercado de trabalho no sentido de qualificar o debate sobre esta questão.

Na tabela 1 apresenta-se a quantidade de empregos femininos no mercado formal de trabalho, no ano de 2011, nos grandes setores econômicos, bem como no seu total nas seis regiões geográficas selecionadas.


Verifica-se na tabela 1 que no Brasil em 2011 existiam distribuídas nos diversos setores econômicos mais de 19 milhões de mulheres empregadas no mercado formal de trabalho, no estado do Rio Grande do Sul esta quantidade passa de 1.300 mil. Na região metropolitana de Porto Alegre, que agrega 32 munícipios, existem cerca de 628 mil postos de trabalho femininos. Dos três municípios selecionados Porto Alegre passa das 367 mil mulheres, e Canoas atinge mais de 33 mil e São Leopoldo fica com quase 28 mil mulheres no mercado de trabalho formal.

No sentido de apresentar a participação da força de trabalho feminina foi elaborada a tabela 2. Esta mostra a proporção de empregos femininos no mercado formal de trabalho por setor econômico no conjunto dos setores econômicos nas regiões geográficas selecionadas, no ano de 2011.


Analisando a tabela 2 pode-se observar que é no setor de serviços que estão concentrados a maior parte do trabalho feminino. Vale lembrar que é neste setor que estão as profissionais do ensino e da saúde. Nota-se também que o setor que desponta em segundo lugar na concentração do trabalho feminino é o de serviços em quase todas as regiões estudas, com exceção do estado do Rio Grande do Sul onde se destaca o setor industrial.

O gráfico 1 apresenta os dados da tabela 2 e ilustra a proporção de empregos femininos no mercado formal de trabalho por setor econômico e seu total nas regiões geográficas selecionadas, no ano de 2011.



Na tabela 3 é apresentada a proporção de empregos femininos sobre o total no mercado formal de trabalho por setor econômico e no seu conjunto nas regiões geográficas selecionadas para o ano de 2011.

Percebe-se na tabela 3 que no Brasil 41,9% do mercado formal de trabalho é composto por mulheres. No Rio Grande do Sul esta fatia é de 44,7%, na Região Metropolitana de Porto Alegre este valor sobe para 70.6%. O munícipio de Porto Alegre, das seis regiões pesquisadas é o que tem uma maior proporção de mulheres no seu mercado de trabalho com 49,5%. Chama a atenção que no munícipio de Canoas este percentual é menor do que o conjunto do Brasil, com 37,7%. Em São Leopoldo a participação do trabalho feminino no total passa de 45%. Com o auxílio do gráfico 1 que mostra a proporção de empregos femininos no mercado formal de trabalho por setor econômico e seu total nas regiões geográficas selecionadas, no ano de 2011, pode-se verificar que é no setor de Serviços e no Comércio onde esta concentrada a maior parte da força de trabalho das mulheres.

Na tabela 4 é apresentado o valor do salário médio feminino no mercado formal de trabalho por setor econômico e seu total nas regiões geográficas selecionadas, no ano de 2011.


Verifica-se na tabela 4 que no conjunto dos setores econômicos é no munícipio de Porto Alegre onde se encontram as melhores remunerações para as mulheres, com R$ 2.091,31. No munícipio de São Leopoldo é onde se encontra a menor remuneração, do conjunto das regiões estudas, com R$ 1.381,12. No estado do Rio Grande do Sul as mulheres recebem menos do que no Brasil. Em todas as regiões estudas verificou-se que é no setor de serviços onde as mulheres alcançam a melhor remuneração.

Na tabela 5 apresenta-se a proporção do salário médio feminino sobre o salário geral no mercado formal de trabalho por setor econômico e seu total nas regiões geográficas selecionadas no ano de 2011. A partir da tabela pode-se observar a diferença salarial das mulheres frente ao conjunto dos trabalhadores.

O gráfico 2 apresenta a proporção do salário médio feminino no mercado formal de trabalho sobre o salário geral no mercado formal de trabalho, nas regiões geográficas escolhidas, no ano de 2011.


Analisando a tabela 5 e o gráfico 2 em conjunto pode-se perceber que em todas as regiões estudas as mulheres percebem um rendimento pelo seu trabalho menor do que o conjunto dos assalariados. O município de São Leopoldo destaca-se por tem a mais lata diferença com 17,8%. No conjunto do Brasil esta diferença baixa para 10,4%. Esta informação aponta que as mulheres trabalhadoras ganham em média menos 10% do seu salário. É no setor da construção civil o local onde as mulheres ganham mais do que a média dos assalariados. Esta observação só não vale para Porto Alegre onde a diferença é negativa. No setor da indústria observa-se que a diferença salarial fica entre 24,9% e 37,1%, sendo então o setor onde se encontra a maior diferença.

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