Juiz manda prender e depois libera diretor do Google

Mais Lidos

  • Para a professora e pesquisadora, o momento dos festejos natalinos implicam a escolha radical pelo amor, o único caminho possível para o respeito e a fraternidade

    A nossa riqueza tem várias cores, várias rezas, vários mitos, várias danças. Entrevista especial Aglaé Fontes

    LER MAIS
  • Frente às sociedades tecnocientífcas mediadas por telas e símbolos importados do Norte Global, o chamado à ancestralidade e ao corpo presente

    O encontro do povo com o cosmo. O Natal sob o olhar das tradições populares. Entrevista especial com Lourdes Macena

    LER MAIS
  • Diante um mundo ferido, nasce Jesus para renovar o nosso compromisso com os excluídos. IHUCast especial de Natal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

27 Setembro 2012

O diretor-geral do Google Brasil, Fabio José Silva Coelho, foi preso pela Polícia Federal em São Paulo na tarde de ontem, em cumprimento a uma ordem judicial expedida pelo juiz Flávio Saad Perón, da 35.ª Zona Eleitoral de Campo Grande (MS). Após a repercussão do caso, o próprio juiz sul-mato-grossense enviou um alvará de soltura à PF para liberar o executivo. Coelho deixou a sede da PF em São Paulo por volta das 21 horas.

A informação é publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 27-09-2012.

A prisão de Coelho foi motivada pelo descumprimento de uma determinação da Justiça Eleitoral. O Google não retirou do ar vídeos e links postados no YouTube - site de conteúdo audiovisual mantido pela empresa - que foram considerados ofensivos contra o candidato do PP a prefeito de Campo Grande, deputado estadual Alcides Bernal.

Ele entrou com ação e obteve vitória na 35.ª Zona Eleitoral de Campo Grande. Perón determinou a suspensão dos sites Google e YouTube por 24 horas no Estado de Mato Grosso do Sul, assim como a prisão do diretor-geral da empresa, caso a ordem para remover os vídeos não fosse cumprida.

Recurso. O Google entrou com um recurso no Judiciário sul-mato-grossense. Relator do caso no TRE-MS, o juiz Amaury da Silva Kuklinski não aceitou as alegações da empresa e manteve a ordem de prisão. "Conquanto seja um espaço livre e democrático, o uso indevido da internet, na esfera eleitoral, deve ser coibido", escreveu o magistrado em sua decisão.

O Google alega que a responsabilidade pelo conteúdo dos vídeos postados no YouTube é dos usuários - o site é apenas um intermediário. Dessa forma, segundo a empresa, não seria possível cumprir a determinação da Justiça Eleitoral. O Google tentou recorrer da decisão de Kuklinski, mas não houve tempo hábil para evitar a ação da PF ontem.

Repercussão

Em nota, a PF afirmou que o crime de desobediência, previsto no Código Eleitoral, pode implicar pena de até um ano de detenção, mas que, como o crime tem "menor potencial ofensivo", Coelho não ficaria preso. A notícia da prisão do diretor-geral do Google repercutiu em todo o mundo, divulgada por sites como CNN, BBC e The New York Times.

Procurado ontem, o juiz Flávio Perón limitou-se a dizer que seguiu a lei ao "fiscalizar a propaganda eleitoral". Bernal manteve a versão de que "o episódio tenta prejudicar" sua campanha.