Paraguai. Comissão internacional constata que polícia atirou primeiro

Mais Lidos

  • Cristo Rei ou Cristo servidor? Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Dois projetos de poder, dois destinos para a República: a urgência de uma escolha civilizatória. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • “Apenas uma fração da humanidade é responsável pelas mudanças climáticas”. Entrevista com Eliane Brum

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

18 Setembro 2012

O primeiro tiro partiu de arma de fogo para matar o líder sem terra Avelino Espínola no massacre de Curuguaty, que resultou na morte de 17 camponeses e policiais em 15 de junho passado. A chacina foi usada para a destituição do presidente Fernando Lugo, uma semana depois.

A informação é publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 17-09-2012.

A conclusão consta em relatório preliminar preparado por missão internacional que se instalou, de 5 a 9 de setembro, em Curuguaty para ouvir testemunhas da chacina e apurar responsabilidades. O relatório será encaminhado à Organização das Nações Unidas e à Organização de Estados Americanos.

A representante da organização de mulheres Conamuri, que integrou a comitiva internacional, anunciou, em coletiva de imprensa na segunda-feira, 10, os fatos que levantaram na localidade.

"Diante da maciça presença de policiais e dos primeiros disparos, muitas pessoas fugiram do local para salvar suas vidas, escondendo-se", lê-se no relatório. Mais adiante, o documento destaca que os camponeses foram cercados em duas frentes, uma pela rota 10 e outra pela estância "La Paraguaya", de propriedade de um brasileiro, de onde decolou o helicóptero.

Sem indícios de provas, 54 camponeses foram indiciados judicialmente, acusados de cometerem sete crimes. Da lista de indiciados constam inclusive pessoas que sequer estavam no local da chacina.

Integraram a comitiva internacional representantes da Via Campesina, do Grupo de Investigação em Direitos e Sustentabilidade da Cátedra Unesco da Universidade Politécnica da Catalunha, da Rádio Mundo Real, e de organizações paraguaias.