Artistas e lideranças indígenas promovem Marcha pela Vida

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16 Dezembro 2011

No próximo dia 22 de dezembro será a vez do Estado do Amazonas fazer ecoar seu grito de guerra contra Belo Monte. Um grupo formado por artistas, professores, estudantes, intelectuais e lideranças indígenas estará realizando, a partir das 17 horas, a Marcha pela Vida, saindo do centro histórico de Manaus e percorrendo algumas ruas da cidade. A intenção é chamar a atenção da população sobre a construção da hidrelétrica no rio Xingu, nas proximidades da cidade de Altamira, no Pará.

A informação é do sítio Racismo Ambiental, 15-12-2011.

"A hidrelétrica nos incomoda em tamanho, falta de transparência dos recursos empregados e perda da biodiversidade", revela a jornalista e escritora Regina Melo, que considera a obra um acinte ao bom senso.  "Não é apenas a questão de Belo Monte que nos incomoda, mas as medidas que vêm sendo tomadas com riscos ambientais irreversíveis. O Brasil está dando passos para trás", disse a jornalista, que encampa o movimento.

Fazem coro a essa inquietação e insatisfação contra Belo Monte, o diretor Nonato Tavares e a atriz Koia Refkalefski, ambos da Companhia Vitória Régia. Eles enfatizam a importância de assumir uma postura de luta contra os que agridem a natureza e em defesa da vida.  O artista plástico Zeca Nazaré também é um dos que se juntaram ao grupo para realizar o movimento em defesa da vida, pois considera importante apoiar esse tipo de manifestação.

"Não podemos aceitar passivos que decidam por nós os nossos destinos", argumentou o ator e representante indígena, Fidélis Baniwa, que se posicionou contrário a essa forma de se conduzir o desenvolvimento do país.  Sônia Guajajara, líder indígena e vice-coordenadora da COIAB, disse que "defender a floresta é defender os direitos da humanidade". Para João Machado, Daniel Pìra-Tapuia e André Tukano, "todos serão afetados com a hidrelétrica, não apenas índios e caboclos".

A concentração da marcha será no Paço Municipal, de onde partirá em passeata em direção à avenida Sete de Setembro, até o final da avenida Eduardo Ribeiro, onde ocorrerá um show com a presença de vários artistas. Durante a passeata, diversas lideranças locais estarão se posicionando a respeito das situações que hoje movimentam o debate ambiental em Manaus e em todo o país.