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08 Janeiro 2011

"Jó nos parece ser de uma singular modernidade, em sintonia conosco, companheiro das nossas interrogações, do nosso ser marcados pela fragilidade pós-ideológica, enfeitiçados pela chamada `ontologia do declínio`, desafiados pelo silêncio e pela indestrutível nostalgia do Totalmente Outro".

A opinião é do teólogo italiano Bruno Forte, arcebispo de Chieti-Vasto, na Itália. O artigo foi publicado no jornal Corriere della Sera, 20-12-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Mario Luzi escreveu a introdução a três textos do Novo Testamento, o Evangelho segundo João, as Cartas de São Paulo e o Apocalipse, e a um do Primeiro Testamento, o Livro de Jó. Ele "sentiu" fortemente esses seus escritos, reunidos agora de forma cuidadosa e elegante em testemunho da inspiração da fé bíblica que alimentou a sua vida e o seu "pathos".

Se me disponho a falar a respeito, faço-o por força da mesma paixão pelas Sagradas Escrituras, além de me sentir motivado pela amizade, da qual Luzi quis me fazer um generosíssimo dono. Para Luzi, o que estava em jogo no Livro de Jó é a coisa mais alta, a única verdadeiramente decisiva (...). É a grande pergunta sobre a dor, sobre o seu sentido e a possível dignidade do humano que pode se mostrar nisso: por isso, é também e inseparavelmente a pergunta sobre Deus. "Si Deus justus, unde malum?" Jó não gosta do fato de os dois termos serem inconciliáveis, assim como Luzi não gosta: o raciocínio de Voltaire – um Deus que tolera o mal ou não pode evitá-lo, e assim é impotente, ou não quer, e portanto é malvado – é muito curto e muito breve. Não toca o abismo do mistério que envolve tudo o que existe e resolve todas as coisas em uma evidência tão rápida quanto insatisfatória.

Eliminar Deus quer dizer também negar a última consistência da nossa vida, o seu ancoradouro mais alto, a sua sede de eternidade. Com Deus ou sem Deus, tudo muda. No crinal da afirmação ou da negação d`Ele, está a luta entre a voracidade do nada e a esperança do tudo, entre a nulidade e o significado do existir. Por isso, a ideia de Deus na mente e no coração do apaixonado buscador do Seu Rosto, escondido sob as chagas do mal do mundo, incessantemente "se forma e se transforma": e, por isso, dessa ideia, só a necessidade é constante. Dela, "o amor tempestuoso e ardente que supera toda mudança de condição" é o eco: "Se aceitamos o bem de Deus, não devemos também aceitar o mal?" (Jó 2, 10). É isso que os entediantes consoladores de Jó não compreenderam: ele não busca respostas baratas, asserções consoladoras ou terríveis. Ele "quer" o Amado, o deseja com toda a paixão da Sua alma, e justamente por isso quer poder lhe dizer o seu protesto, protestar o seu amor ferido, fiel apesar de tudo, contra tudo.

"O binômio Deus-onipotência não seduz Jó verdadeiramente. A ele, ao seu desejo, dedica-se um Deus fraterno... Talvez um Deus que compartilha o sofrimento das suas criaturas, um Deus que prefigura o Cristo". Sob essa luz se compreende a ousada verdade transmitida pelo livro de Jó: diante da dor "o primeiro drama é o do Senhor". Inevitável é o risco para quem, por amor, criou e, por amor, respeita a liberdade da Sua criatura: criação é humildade, autolimitação do Eterno para que o ser criado exista e consista, dono da sua liberdade.

A grandeza de Jó não está, então, nas explicações que ele poderia ser capaz de apresentar analogamente aos que são seus amigos-inimigos, mas no abandono incondicionado ao Amado, de cuja fidelidade nunca conseguirá duvidar: "A devoção, a fidelidade – isso é, em essência, Jó".

Desafiado pelas duas forças cósmicas, certamente assimétrica, mas entre as quais se estende o arco de fogo da sua liberdade, "Jó está à altura desse grande combate, tendo do seu lado a firmeza da fé e a paciência... Ele rege a prova e se cala". A lógica da remuneração não serve para a enormidade do fato. Será preciso uma outra lógica, inquietante. (...)

"Não é o conhecimento que ilumina o mistério, mas sim o mistério que ilumina o conhecimento" (Pavel Evdokimov). Mario Luzi sabe disso: "A luz – confessa – me ocupou muito mais nos últimos anos em relação às minhas origens, em que a luz dá substância às cores. Depois, me dei conta de que a luz é um mundo por si só, autônomo, que cria o outro. Há uma espécie de radiosidade ou fulgor percebido como tal e percebido como mistério". A barragem em chamas de Viaggio terrestre e celeste, de Simone Martini (1994) é uma eloquente confirmação disso. (...)

A dúvida que se assenta no coração é bem compreensível em que, como Luzi, assistiu às aventuras desesperadas da embriaguez de luz, própria das presunções da ideologia moderna. Ele sabe que a consequência de uma equação muito forte entre a verdade e a luz alcançada pelo olhar da mente é a violência: se a verdade é ideia, se é visão, então a verdade constringe, porque é inseparável da posse da coisa vista, da necessidade de abraçar todas as coisas com o domínio do olhar.

A visão da verdade fundamenta a presunção de uma correspondência plena alcançável do objeto e da mente no ato onnicompreensivo da ideia: por isso pode ser "luminosa cilada". Essa concepção foi, de fato, a inspiradora da história do Ocidente, a mola da sua força, o segredo da sua violência, a expressão da sua alma sedenta de domínio.

Também por isso, Luzi se sente em sintonia com Jó: e o Jó de Luzi nos parece ser de uma singular modernidade, em sintonia conosco, companheiro das nossas interrogações, do nosso ser marcados pela fragilidade pós-ideológica, enfeitiçados pela chamada "ontologia do declínio", desafiados pelo silêncio e pela indestrutível nostalgia do Totalmente Outro. A crítica de Jó aos seus consoladores entendiantes é, portanto, a de Luzi, e é a nossa.


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