A Federação Luterana Mundial (FLM) condenou, em comunicado do dia 12 de outubro, “todos os ataques a civis em Israel e na Palestina”, apelou à libertação dos reféns e para que as partes em conflito cumpram a lei humanitária internacional. Ela condenou “os ataques brutais do Hamas aos cidadãos israelitas” e instou as Forças de Defesa de Israel a agirem de acordo com o direito humanitário.
A reportagem é de Edelberto Behs.
“Uma violação do Direito Internacional Humanitário por uma das partes não justifica novas violações da outra parte. As regras estabelecidas nas Convenções de Genebra devem ser respeitadas. Os ataques a civis nunca são justificados”, e são inaceitáveis quando dirigidos a escolas e hospitais.
O organismo ecumênico internacional apela às autoridades israelitas, palestinas e comunidade internacional para que garantam o acesso de intervenientes humanitários na região, para que possam fornecer assistência urgente e “salvar vidas de civis palestinos encurralados e indefesos presos na Faixa de Gaza”.
A situação em Gaza está crítica, com o deslocamento de milhares de pessoas, a destruição de instalações médicas. “Os civis que desejam sair da Faixa de Gaza devem ter uma passagem segura garantida e os corredores humanitários devem ser abertos imediatamente para que a população possa receber assistência”, defende a FLM.
No encerramento da 13ª Assembleia Geral, reunida em Cracóvia, Polônia, de 13 a 19 de setembro, a FLM já teve em vista a situação em Jerusalém. Emitiu, então, declaração pública manifestando preocupação com “a violência e a perda de vidas em Israel-Palestina”, e apelou à comunidade internacional e ao governo de Israel “para garantirem o acesso a locais sagrados às pessoas de fé cristã, judaica e muçulmana”.
Os luteranos lembraram, na declaração, que 2023 já é um dos anos mais violentos e mortais das duas últimas décadas na Cisjordânia, alimentado por políticas extremistas que violam os direitos humanos e a dignidade de todas as pessoas afetadas.
Frisaram que a situação dos cristãos na Terra Santa deteriorou-se nos últimos anos. “Tem havido um aumento nos ataques anticristãos por parte de extremistas judeus e grupos militantes, incluindo assédio ao clero e vandalização de propriedades da igreja”.
A declaração analisou ainda o contexto histórico. “À medida que o governo de Israel continua a apoiar a expansão de colonatos que são ilegais ao abrigo do direito internacional, um número cada vez maior de membros da comunidade palestina vê as suas casas serem demolidas e o seu acesso à terra, habitação, emprego e serviços básicos, como saúde e educação, restrita ou negada”, apontou a FLM.
Por isso, o governo de Israel “deve pôr fim às suas atividades de ocupação e expansão dos colonatos, e garantir direitos iguais para todos”. A comunidade internacional deve olhar com atenção para a região, e “responsabilizar o Estado de Israel pelas suas violações dos direitos humanos e do direito internacional, e encontrar uma solução duradoura que ponha fim à ocupação ilegal dos territórios palestinos”.
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Luteranos condenam ataques do Hamas e de Israel contra civis - Instituto Humanitas Unisinos - IHU