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Natureza, "o corpo cósmico de Cristo". Por uma espiritualidade ecológica. Entrevista especial com Marcelo Barros

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19 Março 2011

Defensor de uma espiritualidade ecológica, o monge beneditino Marcelo Barros nesta entrevista à IHU On-Line, concedida por e-mail, afirma que todas as tradições espirituais, com linguagens diferentes e acentuações próprias, ensinam uma contemplação da presença e da atuação divinas no mundo.

Para abordar a relevância da relação entre espiritualidade e ecologia, Barros estará presente em dois momentos do programa Páscoa IHU 2011, que inicia no próximo dia 30 de março. O primeiro deles é a palestra Diálogo Inter-Religioso e Ecologia, das 17h30min às 19h, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros - IHU, na Unisinos. E o segundo encontro é o painel das religiões Espiritualidade e Ecologia. Uma Perspectiva Inter-Religiosa, promovido em conjunto com o Programa Gestando o Diálogo Inter-Religioso e o Ecumenismo - Gdirec, das 19h30min às 22h, no Auditório Central da Unisinos.

Segundo ele, é importante saber-nos jardineiros do universo, e não seus donos. Em termos cristãos, é preciso "olhar toda a natureza como uma espécie de `corpo cósmico do Cristo`", ilustra. "O cuidado com a natureza é sagrado, como é a hóstia consagrada".

Além da presença de Marcelo Barros, a Páscoa IHU 2011 aprofunda a reflexão sobre o cuidado da vida na cultura contemporânea por meio da exibição dos filmes A Era da Estupidez, de Franny Armstrong (2009, 98 min.), no dia 30 de março, das 19h30min às 22h, e de Home – Nosso Planeta, Nossa Casa, de Yann Arthus-Bertrand (2009, 90 min.), no dia 26 de abril, no mesmo horário. Ambos serão exibidos na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros - IHU.

Marcelo Barros é monge beneditino, teólogo e escritor. Membro da Comissão Latino-americana da Associação Ecumênica de Teólogos/as do Terceiro Mundo - ASETT, assessora as comunidades eclesiais de base e movimentos populares. Tem 37 livros publicados, dentre os quais O Amor Fecunda o Universo (Ed. Agir, 2009), de coautoria de Frei Betto. Estão no prelo Dom Hélder Câmara, Profeta para os Nossos Dias (Ed. Paulus) e Espiritualidade Socialista para o Século XXI (Ed. Nhanduti).

Confira a entrevista

IHU On-Line – Em sua opinião, o que é e como pode ser vivida uma espiritualidade ecológica e ecumênica?

Marcelo Barros – A espiritualidade é o caminho de intimidade com o Espírito Divino. O evangelho fala em “se deixar conduzir pelo Espírito”. Isso é graça, é dom. Um modo de se viver isso é se exercitar no amor, na aceitação, no diálogo e no aprendizado com os diferentes – pessoas de outras Igrejas, religiões e tradições espirituais. Isso é a espiritualidade ecumênica. E viver a relação amorosa com todo ser vivo, como expressão da presença divina no universo – a espiritualidade ecológica.

IHU On-Line – Que aspectos da espiritualidade cristã, como vivenciada hoje, podem apresentar sinais “não ecológicos”? Como torná-la cada vez mais ecológica, individual e comunitariamente?

Marcelo Barros – A espiritualidade cristã surgiu do contexto cultural judaico, que teve de se libertar de antigas culturas que adoravam os astros e a natureza e legitimavam opressões, escravidão etc. Por isso, insistiu que Deus se revela na história e deu menos importância à presença divina na natureza. Uma coisa que temos de mudar é certa separação que parecia haver entre Criação e Salvação, natureza e história. Quando eu era pequeno, me ensinaram a orar fechando os olhos. Isso tem um valor – ajuda a nos concentrar –, mas, na espiritualidade ecológica, aprendi a orar abrindo os olhos para a beleza do mundo e da vida.

IHU On-Line – No debate ecológico, parece haver dois contrapontos: os que defendem que as mudanças climáticas não existem e que a natureza está ao dispor do desenvolvimento humano (antropocentrismo); e aqueles que a colocam acima das necessidades humanas (ecocentrismo). É possível encontrar um meio termo?

Marcelo Barros – Não me parece que se trata de meio termo e sim de superar essa noção de qual é o centro ou o mais importante, como se fosse concorrente – ou o ser humano ou a natureza, ou o desenvolvimento ou a preservação. Penso que o mais sagrado é a vida, e a comunidade da vida é o mais importante. De um lado, superar a noção do crescimento ou desenvolvimento como meta acima de tudo. Nem sempre crescer é o melhor. O câncer é o crescimento desorganizado das células e mata. Não é bom.

De outro lado, é certo que o ser humano tem uma missão no universo e não podemos advogar uma ecologia preservacionista que diz: "Se o homem desaparecer da terra, a natureza agradece". Essa não é a visão de uma espiritualidade nem bíblica, nem budista, nem afro ou indígena. O importante é a humanidade não querer ser dona de tudo e sim gerente ou jardineira do universo.

IHU On-Line – O que o relato bíblico da Criação pode nos inspirar acerca de uma espiritualidade ecológica?

Marcelo Barros – Na Bíblia, há vários relatos da Criação. Há alguns nos profetas (Isaías, por exemplo), outros nos livros da Sabedoria e há os dois do Gênesis. A ideia de Criação surgiu na Bíblia como argumento para dizer que Deus é libertador. Em épocas nas quais o povo estava oprimido, os profetas diziam: se ele criou com tanto amor, vai nos salvar. Creio que os relatos da Criação sublinham o amor divino que criou tudo, a missão humana de ser como Deus é para nós, e assim nós sermos para os outros, e a vivência da vocação de defender a vida e de sermos livres e felizes.

IHU On-Line – Que outras narrações religiosas nos ajudam a alimentar e fomentar a mística e a contemplação de Deus presente na natureza?

Marcelo Barros – A mística judaica – dos rabinos – fala em Deus como Mãe, e do universo como saído do útero divino (rabino Luriá, século XVI). A mística do Candomblé diz que Ododua ou Olorum criou nos tornando criadores. Os índios Maya dizem que o ser humano foi criado do milho para ser flexível e um ser alimento de vida para o outro crescer. Penso que todas as tradições espirituais, com linguagens diferentes e acentuações próprias, indicam essa contemplação da presença e da atuação divinas no mundo.

IHU On-Line – Você fala de uma "teologia ecológica da eucaristia", em que a presença de Cristo se dá pelos elementos fundamentais da natureza. Que implicações isso tem para a vivência da fé cristã?

Marcelo Barros – Ajuda a olhar toda a natureza como uma espécie de "corpo cósmico do Cristo". Assim como ele nos ensinou que quem dá um copo d’água a um pobre, é a ele que dá, e quem socorre uma pessoa necessitada, é a ele que socorre, assim também o cuidado com a natureza é sagrado, como é a hóstia consagrada.

IHU On-Line – "A criação geme em dores de parto": nos últimos dias, trágicos acontecimentos naturais, como as enchentes no Sul do Brasil e o maremoto do Japão, chocaram a opinião pública. Como analisar, teológica e ecologicamente, esses fatos?

Marcelo Barros – Em horas assim de sofrimento e nas quais temos muitos irmãos e irmãs chorando a dor de entes queridos e países como o Japão e o Haiti, precisando ser reconstruídos, não é justo tirarmos lições frias ou como quem diz: "A gente não tinha avisado?".

Nas enchentes e inundações em várias regiões brasileiras, são sempre os pobres que sofrem mais. Diante de tanta dor, vamos simplesmente nos mobilizar e ser solidários e sofrer com o outro. Todo mundo sabe que a natureza sempre teve esses fenômenos, mas nunca com tanta intensidade e tanta frequência como agora. É preciso mudar os padrões de civilização. Vários países estão se perguntando: podemos continuar a mesma política energética? Construir mais centrais nucleares apostando na segurança que uma vez ou outra falha?

Nada de leituras fundamentalistas – castigo divino ou fim do mundo – e nada de catastrofismo. Mas, sim, partir do sofrimento para nos organizar melhor e aprender a conviver melhor com a terra e com os seus ritmos próprios. Não podemos continuar a construir casas em lugares perigosos, a edificar cidades tomando o lugar do mar e assim por diante. O Apocalipse (capítulos 21 e 22) diz que, na Nova Jerusalém, natureza e técnica humana, construção urbana, têm de ser muito mais harmônicas e casadas.

(Reportagem de Moisés Sbardelotto)


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