24 Fevereiro 2022
Contrariando os principais órgãos de pesquisa, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, pastor Silas Malafaia, afirmou, em entrevista para o portal Metrópoles, que evangélicos que estão com Moro, Ciro e com Lula não representam 1%. “Sei quem é quem no mundo evangélico”. Os apoiadores desses candidatos “são famosos zé-ninguém. Fico dando gargalhada”, debochou.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Para chegar ao 1% dos evangélicos apoiadores de candidatos que poderão enfrentar Jair Messias Bolsonaro, Malafaia deve ter como fonte, quem sabe, um “datacéu” só dele. “Nós representamos 32% do eleitorado. Só que os sistemas e os meios que (presidenciáveis) estão usando não são meios para conquistar. Estão enganados e vão quebrar a cara”, assegurou.
“Você não conquista evangélicos com meia dúzia de palavras. Você conquista com sua história. Não adianta o Moro chegar agora, sendo que foi ministro da Justiça e nunca falou nada de aborto. Mesma coisa é o Ciro Gomes, que tem posturas ideológicas que não têm nada a ver com cristianismo. Mesma coisa é o Lula, que falou que igrejas eram responsáveis pelo aumento do coronavírus, cujo partido defende valores que vão contra nossos valores e princípios”, explicou Malafaia na entrevista.
Cabo eleitoral do presidente da República, Malafaia lembrou que há 20 anos Bolsonaro defende posicionamentos evangélicos, e por isso ele tem um grande número de eleitores nessa fatia de eleitores.
Nos Estados Unidos, o pastor Mike Huckabee, ex-candidato à presidência da República, alertou, em podcast, que o avanço das pautas ligadas à esquerda caracteriza “o distanciamento de Deus”. Ele entende que a transformação político-cultural que constata no continente americano vai muito além do embate ideológico entre esquerda e direita, mas envolve o relacionamento da sociedade com Deus.
A esquerda, analisou, enfatiza políticas coletivistas, o que norteia a ideologia comunista, onde o poder do Estado não é centrado nos indivíduos, mas nos grupos. “O que estamos vendo agora é um movimento rápido em direção à noção de que eu realmente não sou um indivíduo. Não sou uma criação específica de um Deus Todo-Poderoso, que me fez para um propósito. Sou apenas um pedaço da minha existência para o propósito de benefício do Estado, e minha existência é amplamente utilitária, e não pessoal”, justificou.
Um dos problemas do coletivismo, prosseguiu Huckabee, é que ele termina sendo usado como ferramenta de controle por parte do Estado, já que os indivíduos, incluindo os seus direitos, crenças e valores, se tornam apenas um pedaço da existência. Ou seja, ser de esquerda é pecado.
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Malafaia consulta “datacéu” para falar de voto evangélico - Instituto Humanitas Unisinos - IHU