Contra o clericalismo, o patriarcado e a corrupção: estas são as teses das católicas alemãs

Foto: Reprodução/Women's Ordination Worldwide

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

23 Fevereiro 2021

“Em nossa Igreja todas compartilham a missão. O poder é compartilhado”.

Estas são as teses coladas nas portas das igrejas por toda a Alemanha pelo movimento de mulheres católicas “Maria 2.0”.

As teses são reproduzidas por Religión Digital, 23-02-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

1. Em nossa Igreja todos os cultos estão abertos para todas as pessoas

Pois os direitos humanos e a Lei Fundamental garantem a igualdade de direitos para todas as pessoas – somente a Igreja Católica os ignora. Ser homem hoje em dia estabelece direitos especiais na Igreja.

 

2. Em nossa Igreja todos compartilham a missão; o poder é compartilhado

Pois o clericalismo é um dos problemas básicos da Igreja Católica atual e favorece o abuso de poder com todas suas facetas desumanas.

 

3. Em nossa Igreja, os atos de violência sexual são investigados exaustivamente e os responsáveis prestam contas. As causas são combatidas sistematicamente.

Durante muito tempo, a Igreja Católica foi um cenário de violência sexual. As autoridades eclesiásticas seguem mantendo em segredo a informação sobre estes crimes violentos e eludem sua responsabilidade.

 

4. A nossa Igreja mostra uma atitude de apreço e reconhecimento para uma sexualidade atenta e autodeterminada

Pois a moral sexual ensinada oficialmente é alheia à vida e discriminatória. Não se baseia na imagem cristã do homem e já não é levada a sério pela maioria dos crentes.

 

5. Em nossa Igreja o modo de vida celibatário não é um requisito para o exercício de um ministério ordenado.

Pois a obrigação do celibato impede as pessoas de seguirem suas vocações. Os que não podem cumprir com esta obrigação vivem frequentemente por trás de falsas fachadas e se veem sumidos em crises existenciais.

 

6. A nossa Igreja funciona segundo os princípios cristãos. É a administradora dos bens que lhes são confiados; não proprietária.

A ostentação, as transações financeiras duvidosas e o enriquecimento pessoal dos responsáveis da igreja sacudiram e diminuíram profundamente a confiança na Igreja.

 

7. Nossa missão é a mensagem de Jesus Cristo. Atuamos em consequência e enfrentamos os desafios sociais

Pois os líderes da Igreja esvaziaram sua credibilidade. Não conseguem se fazer escutados de forma convincente e nem trabalhar por um mundo justo no espírito do Evangelho.

 

Leia mais