O Papa afasta Enzo Bianchi da comunidade de Bose

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27 Mai 2020

O Vaticano decidiu afastar Enzo Bianchi do mosteiro de Bose, a comunidade que o antigo prior fundou na província de Biella em meados da década de 1960. O irmão Enzo Bianchi, 77 anos, é uma das vozes mais ouvidas do pensamento cristão e, três anos atrás, deixou a liderança da comunidade; em seu lugar foi eleito como novo prior o irmão Luciano Manicardi.

A reportagem é de Gian Guido Vecchi, publicada por Corriere della Sera, 16-05-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

É evidente que algo não funcionou entre as novas e as antigas hierarquias, porque seis meses atrás a Santa Sé enviou uma visita apostólica a Bose, ou seja, alguns inspetores, "no momento de uma passagem que não pode deixar de ser delicada e, sob alguns aspectos, problemática no que diz respeito ao exercício da autoridade, à gestão do governo e ao clima fraterno”. Em suma, tratava-se de permitir que o novo prior liderasse a comunidade sem interferência. Uma decisão difícil, considerando que o Papa Francisco tem um grande apreço por Bianchi.

Enzo Bianchi | Foto: Corriere della Sera

Agora o ex-prior terá que se mudar para outro lugar junto com dois confrades e uma coirmã. O nascimento de Bose remonta ao final de 1965, na conclusão do Concílio Vaticano II, quando Enzo Bianchi decidiu morar em Bose, um distrito abandonado do município de Magnano, na Serra di Ivrea, com a intenção de começar uma comunidade monástica inspirada nas comunidades dos primeiros séculos e aberta a todas as denominações cristãs e, portanto, também às mulheres. Hoje, é composta por cerca de noventa membros, incluindo irmãos e irmãs, de seis nacionalidades diferentes, quase todos laicos. O próprio irmão Bianchi nunca quis se tornar sacerdote como São Bento e São Francisco de Assis, "eu queria continuar sendo um simples cristão, laico como são os monges".

A última mensagem que ele deixou no Twitter parece uma amarga despedida: “O que é decisivo para determinar o valor de uma vida não é a quantidade de coisas que realizamos, mas o amor que colocamos em cada uma de nossas ações: também quando as coisas que realizamos terminarem, o amor permanecerá como sua marca indelével”.

 

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