Irmã Rose Bertoldo recebe reconhecimento na luta pela reforma da Igreja

Rose Bertoldo | Foto: Luis Miguel Modino

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05 Fevereiro 2020

A instituição Catholic Church Reform International´s, uma rede global com mais de uma centena de grupos, presente em 65 países, que tem sua sede nos Estados Unidos, tem reconhecido a Irmã Rose Bertoldo pelo seu trabalho incansável na luta pela reforma, especialmente no enfrentamento ao tráfico de pessoas e na equidade de gênero, na Igreja Católica.

A reportagem é de Luis Miguel Modino

Seguindo a doutrina do Concilio Vaticano II, que tem sido retomada pelo Papa Francisco, a instituição pretende fazer realidade um novo jeito de ser Igreja, uma dimensão cada vez mais necessária diante da situação atual que a sociedade e a Igreja católica está vivendo, com constantes ataques de grupos que pretendem retomar o modo pre-conciliar.

Rose Bertoldo com o prêmio (Fotos: Luis Miguel Modino)

Desde o trabalho em rede, que tem como fundamento a interação e colaboração dos diferentes grupos e pessoas que fazem parte da organização, pretende fazer realidade uma Igreja que tenha como base o amor e não as leis, sempre em interação com o mundo, que deve ser melhor para todos e todas.

Katia Bond, integrante da Rede Catholic Church Reform International´s, entregou na noite do dia 23 de janeiro em João Pessoa a placa onde confere em nível mundial o premio em segundo lugar a Ir. Rose Bertoldo, como reconhecimento do seu trabalho.

 

A religiosa da Congregação da Irmãs do Imaculado Coração de Maria, que trabalha na Amazônia desde fevereiro de 2012, foi uma das auditoras na assembleia sinodal do Sínodo para Amazônia, que aconteceu em Roma, de 6 a 27 de 2019. Esse sínodo tem sido considerado por muitos como um momento de grande importância dentro do processo de reforma eclesial. De fato, as vozes das mulheres e dos indígenas foram avaliadas como elemento fundamental nos debates desenvolvidos ao longo do processo sinodal.

O enfrentamento ao tráfico de pessoas, uma dimensão presente na reflexão sinodal, recolhida no Documento Final do Sínodo para a Amazônia, é uma das grandes problemáticas presentes na Pan-Amazônia, uma das muitas chagas que ferem os povos da região, especialmente os coletivos mais vulneráveis, dentre eles as mulheres e as crianças. O trabalho desenvolvido pela Rede um Grito pela Vida, da qual Rose Bertoldo faz parte, tem sido um forte impulso na conscientização e combate, também dentro da Igreja católica.

 

Segundo Irmã Rose Bertoldo, “é com muita gratidão que recebi esta premiação, um reconhecimento pelo trabalho que a Rede Um Grito pela Vida vem realizando ao longo destes anos, especialmente em todo o processo de preparação para a assembleia sinodal na Igreja da Amazônia, muitos passos significativos temos dados no cuidado com a vida, um longo processo de articulação e formação de lideranças em muitos espaços eclesiais, o que tem contribuído para que a Igreja assuma como missão a defesa da vida das pessoas que são vitimas do abuso, exploração sexual e o tráfico de pessoas”.

 

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